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AS EMPRESAS E AS MULHERES NO RETORNO AO MERCADO DE TRABALHO

Por:   •  28/11/2017  •  Artigo  •  4.328 Palavras (18 Páginas)  •  420 Visualizações

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EMPRESAS E AS MULHERES NO RETORNO AO MERCADO DE          TRABALHO

Aline Aires, Fernanda Teixeira, Jéssica Medeiros, Kelly Duarte, Meiriane Almada.

RESUMO

Este artigo tem como objetivo identificar de que forma as empresas brasileiras auxiliam as mulheres no retorno ao mercado de trabalho. Os objetivos específicos definidos foram: Verificar as ações realizadas para a inclusão das mulheres após a licença maternidade, analisar as principais dificuldades encontradas pelas mães e por fim, apresentar boas práticas realizadas em empresas brasileiras, com base nos artigos estudados. Referencial teórico: Inclusão social, inclusão das mulheres no mercado de trabalho, licença maternidade, a empresa Dell, o grupo Boticário e o papel do RH dentro das empresas. A metodologia utilizada foi de pesquisa bibliográfica, assim permitindo um aprofundamento a respeito do assunto, com base em artigos.  O tema licença maternidade é um assunto onde se deve ser bastante abordado, pois nem todos os empregadores têm a mesma visão, infelizmente muitas mulheres ainda passam por constrangimentos, não sendo visto de bom grado, porém em outras empresas, há práticas em que ajudam a mulher no retorno ao trabalho. O resultado com este estudo mostrou que o setor RH pode auxiliar as mães, conciliando esse momento, elaborando programas que favorecessem no retorno ao trabalho, possibilitando um apoio social e emocional a todas essas mulheres.

1 INTRODUÇÃO

Desde a década de 80 a relação entre maternidade e trabalho vem sofrendo constantes mudanças (RVSILVA,2016).

Percebe-se que as mulheres já são um grande número atuante no mercado de trabalho, sejam em atividades formais, ou informais, e vem se destacando mesmo que em proporções menores, na carreira pública, e em diversas áreas que até então não eram muito comuns de se ver as mulheres ocupando; contudo, além de profissional, elas também têm uma vida pessoal da qual precisam saber gerenciar tarefas domésticas, filhos, casa e tudo que envolve os seus cuidados (RVSILVA,2016).

Fala-se muito em qualidade de vida, em todos os tipos de mídia, porém, este conceito se perde quando aplicado na prática, e as mulheres, por sua vez, ao optarem por estar no mercado de trabalho, seja por uma necessidade financeira, seja por uma satisfação pessoal, o fato é que essas ao decidirem por serem mães, não abrem mão de sua profissão para terem o seu momento de gestação, não deixando de trabalhar mesmo grávidas. (TESKE, SANTOS, 2003).

Sabe-se que nesse momento em que é de extrema importância a vida da mulher, que ela precisará de todos os cuidados necessários para que tenha uma gestação saudável, com isso terá de se ausentar ao trabalho por horas ou talvez dias, para que possa manter sem complicações esse processo (TESKE, SANTOS,2003).

Ao aderirem a licença maternidade, assim que seu filho nasce, a fase da amamentação se faz indispensável, porém, os empregadores nem sempre tem essa mesma visão, mesmo havendo leis que garantem esse direito, em muitos locais as mesmas sofrem algum tipo de constrangimento; lembrando que as mulheres não precisam deixar seus trabalhos para terem seus filhos; somente que hajam condições adequadas, cargas horárias respeitadas, pois, como se sabe a mulher quando está amamentando tem um período diferenciado para que possa atender seu bebê, e se não lhe é garantido esse direito, além de prejuízos físicos, porque elas terão de alguma forma esvaziar a mama, também tem a questão psicológica, que afeta muito as mulheres, e em especial as mães, fazendo com que percam o foco do trabalho (TESKE, SANTOS,2003).

Analisando todo esse contexto, este trabalho terá como problema de pesquisa: De que forma as empresas brasileiras auxiliam as mulheres no retorno ao mercado de trabalho?

Além disto, esta pesquisa tem como objetivo, identificar de que forma as empresas brasileiras auxiliam as mulheres após a licença maternidade no retorno ao mercado de trabalho. Como objetivos específicos este trabalho conta com: verificar as ações realizadas para a inclusão das mulheres após a licença maternidade, analisar as principais dificuldades encontradas pelas mães e apresentar boas práticas realizadas em empresas brasileiras.

Segundo Molina (2006) é fato que nos tempos atuais a maternidade não é mais tão bem vista, como antigamente.

Contudo, as mulheres conseguem  se encontrar em diversas situações, onde ser mãe não é o unico foco de vida, sendo sociável, tendo outras vivências, se conhecendo e conhecendo outras pessoas (MOLINA,2006).

A intenção deste trabalho é mostrar como o mercado de trabalho mudou desde as décadas passadas, e de como as mulheres foram sendo incluídas na sociedade buscando   outros interesses e ainda assim realizar o sonho de ser mãe. 

Trazendo-nos uma reflexão sobre o cumprimento das leis específicas para que possam ser garantidos os direitos da licença maternidade, e nos fazendo crer que ainda há muito que mudar principalmente na visão dos empregadores; que muitas vezes também são mulheres.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste segmento serão abordados os conceitos de inclusão social, inclusão das mulheres no mercado de trabalho e a licença maternidade.

2.1 INCLUSÃO SOCIAL

Entende-se por inclusão social que é preciso ser feito o acolhimento e a inclusão de todos os gêneros de pessoas. Essa não é uma atitude somente de familiares ou amigos, mas sim de uma comunidade por inteiro, todos precisam ter essa atitude ativa (SALLES, BARROS, 2012).

 Quando uma pessoa se sente valorizada pelo outro, ela tende a acreditar muito mais em si, e nessa forma de valorizar o outro, é importante acreditar em suas habilidades e sonhos, aceitar e compreender as versões de seus fatos, e orientá-lo a alcançar um objetivo na vida. Para que seja construído um futuro, é preciso ter confiança em si, e muitas vezes para que haja essa confiança é preciso que se seja valorizado pelos outros (SALLES, BARROS, 2012).

 Perante a lei todos são iguais, indiferente de raça, sexo ou opção sexual, todos tem direito de serem incluídos de uma mesma forma em uma sociedade, cabe também o direito de cada um poder ter a sua forma de lidar com seu corpo, com sua vida, de ter acesso a todos os direitos de um ser humano, como por exemplo de se ter um salário, uma boa saúde, uma boa educação, um lugar para morar, o livre arbítrio de poder expressar-se diante ao mundo, de poder participar de ações sociais, entre outros, pois o direito de se ter uma vida humana todos têm (CERQUIER, MANZINI, 2010).

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