Alimentação Irregular e Obesidade no Brasil
Por: Annaaluizaah • 19/5/2019 • Dissertação • 335 Palavras (2 Páginas) • 287 Visualizações
“Eu acredito que podemos mudar o mundo através da alimentação”. A frase
é de Bela Gil, chef e nutricionista, fundamentando a escolha de sua dieta em
meio a tanto desequilíbrio nutricional. De fato, a sociedade atual, acelerada
e sintética, está recheada de problemas relacionados à má alimentação.
Apesar de haver programas contra o sedentarismo, e da facilidade de acesso a
informações sobre dietas saudáveis, ainda é notável a preferência da população
por práticas mais confortáveis e menos benéficas à saúde.
Primeiramente, é importante ressaltar que essa situação é um problema
bastante relevante atualmente. Após a Segunda Guerra Mundial, a ascensão do
capitalismo foi evidente e é perpetuada até hoje. Dessa forma, houve um grande
aumento na produção de alimentos industrializados, assim como a propagação
de redes fast-foods. Junto a isso, os indivíduos passaram a ter mais horas em sua
jornada de trabalho e, consequentemente, menos tempo para dedicar à saúde.
É possível, então, perceber que esses fatores, associados, contribuem para o
crescente número de pessoas com problemas relacionados à má alimentação.
Além disso, é imprescindível destacar a influência da publicidade nesse
cenário. Visto que a sociedade de consumo é estimulada, principalmente, pela
ação das propagandas, as indústrias alimentícias têm aumentado cada vez mais
os investimentos nesse setor. A ideia de comer uma comida saborosa – porém
pouco nutritiva – é associada ao prazer imediato, confirmando a análise do
sociólogo Zygmunt Bauman sobre o fato de vivermos em tempos líquidos, em
que o hedonismo e o imediatismo predominam sobre a preocupação com o
futuro. Dessa maneira, além de os preços dos alimentos saudáveis serem mais
elevados, é possível perceber que os indivíduos optam por refeições menos
nutritivas, porque, teoricamente, são mais apetentes.
Fica claro, portanto, que medidas são necessárias para estimular
a sociedade a consumir alimentos mais saudáveis e se tornar menos
imediatista. O governo deve oferecer programas que facilitem a compra de
alimentos orgânicos, financiando a produção de pequenos produtores e,
consequentemente, abaixando os preços desses produtos. Dessa forma, tornaria
mais acessíveis alimentos mais saudáveis à população. Além disso, a mídia
deveria
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