Alimentos Funcionais

1. INTRODUÇÃO

Proposto por Detskyet al., a avaliação global subjetiva (AGS) é uma ferramenta prática, fácil, não-invasiva, rápida, que quando realizada por um examinador bem treinado, propicia o diagnóstico de pacientes desnutridos com base em dados colhidos em sua história clínica e exame físico. A base teórica para a AGS fundamenta-se na avaliação da ocorrência de alterações na ingestão alimentar ou dos processos de digestão e absorção dos alimentos, e se há alterações associadas na função e na composição corporal de natureza aguda. Os autores sugerem que uma ingestão alimentar satisfatória relaciona-se com o baixo risco de deterioração da função e da composição corporal. Essa hipótese é sustentada com base nos dados que indicam que a restauração da função muscular antecede a restauração do nitrogênio corporal em pacientes sob realimentação (FAUSTINO, 2003).

Os guias alimentares são instrumentos que definem as diretrizes utilizadas na orientação de escolhas alimentares saudáveis para a população. Para ser um material efetivo de educação nutricional, um guia alimentar deve apresentar as seguintes características: simplicidade, praticidade, de fácil divulgação, permitir a utilização por indivíduos e profissionais de diversas áreas, e que as mensagens sejam baseadas na variedade, moderação e proporcionalidade dos alimentos que devem compor uma dieta balanceada (CGAN, 2006).

DRI são as recomendações que englobam quatro tipos de recomendações de nutriente para indivíduos saudáveis: ingestão adequada (AI), necessidade média estimada (EAR), nível de ingestão dietética recomendada (RDA) e os níveis superiores de ingestão toleráveis (UL). O objetivo dessas divisões é de atender casos específicos. AI é a recomendação de um nutriente por estimativa, baseado em levantamento de dados científicos sobre indivíduos saudáveis, quando a RDA não pode ser usada. EAR é utilizada para atender a uma população e não a indivíduos: é a quantidade de ingestão de um nutriente suficiente somente para metade da população. RDA tem a função de determinar a quantidade necessária de um nutriente adequada para ingestão individual. A UL é o nível máximo de ingestão alimentar que não causará efeitos adversos à saúde da maioria das pessoas (EARL, et al., 2002).

2. AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL

A Avaliação Subjetiva Global representa essencialmente o raciocínio clinico sobre a história nutricional. É composta por anamnese dirigida e exame físico simplificado para aspectos nutricionais. O doente é questionado sobre as mudanças do peso habitual, alterações de hábitos alimentares, presença de sintomas e sinais gastrointestinais, assim como distúrbios da capacidade funcional. A doença também é considerada no contexto geral e de acordo com o diagnostico de base do paciente, atribui-se grau de demanda metabólica leve, moderado e alto. Por ultimo, o paciente é submetido a exame físico simples, objetivando verificar mudanças da composição subcutânea, massa muscular e presença de edemas.

Essa técnica é eficiente, rápida, prática, de baixo custo, não invasiva e não demanda o uso de aparelhos, alem de ter sensibilidade e especificidade apropriadas. O formulário usado para a realização encontra-se a baixo.