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Por:   •  5/2/2014  •  349 Palavras (2 Páginas)  •  279 Visualizações

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Sutherland, principal autor da teoria da associação diferencial, recebeu influência de Gabriel Tarde o qual afirmava que a verdadeira “escola do crime” era a praça, onde crescem as crianças. Então desenvolveu, na década de 30, na Universidade de Chicago, a sua teoria num esforço de explicar as razões pelas quais fatores como classe social, idade, raça, localização urbana, etc. se relacionavam com o crime. Para a associação diferencial, o comportamento delituoso não é intrínseco às condições sociais nem a personalidade do indivíduo, mas resulta do aprendizado, da interação entre pessoas, sobretudo íntimas. Sutherland foca sua visão a uma perspectiva social do criminoso, já que, segundo ele o homem aprende a conduta desviada e associa-se com referência nela. De acordo com ele os fatores mencionados propiciam a criminalidade porque aumentam a probabilidade de indivíduos que lhes apresentem argumentos favoráveis ao cometimento de delitos. Assim ninguém nasce criminoso, mas o delito decorre de uma socialização incorreta.

A partir do momento em que as teorias existentes não explicavam o fenômeno da criminalidade profissional das classes mais elevadas foi necessário que a teoria da associação diferencial se expandisse para explicar os delitos do colarinho branco. As pesquisas realizadas por Sutherland sugeriram que tais crimes são transmitidos pelo mesmo processo de aprendizagem aplicado aos crimes comuns. Ainda que tais contatos ocorressem em grupos de referência totalmente diferentes, as técnicas utilizadas são semelhantes.

Em ambas a principal forma de aprendizagem dos comportamentos delituosos é o contato do individuo com pessoas próximas, as quais definiam o ato criminoso como favorável e recomendável, no caso dos crimes de colarinho branco geralmente esta pessoa é bem-sucedida dentro de seu ramo profissional. Logo, percebe-se que o individuo passaria a se envolver com condutas ilícitas quando se convencesse de que as definições favoráveis sobrepunham-se às desfavoráveis. Embora tais indivíduos possam ter crescido em lares que consideravam a honestidade uma virtude, esses ensinamentos exercem pouca influência nos métodos de trabalho que adotam.

A associação diferencial, portanto, é a primeira teoria que adotando uma perspectiva microssosociológica, apresenta uma hipótese de explicação para o crime em sua totalidade, do ponto de vista da aprendizagem.

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