COMUNICAÇÃO E CIBERATIVISMO NOS MOVIMENTOS VEGANOS ABOLICIONISTAS
Por: cisilva_Sp • 28/7/2018 • Projeto de pesquisa • 4.555 Palavras (19 Páginas) • 148 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU - PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
Pré-Projeto
NOME COMPLETO
COMUNICAÇÃO E CIBERATIVISMO NOS MOVIMENTOS VEGANOS ABOLICIONISTAS[a]
São Paulo
2016
SUMÁRIO
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1.Tema[b]
Comunicação e ciberativismo nos movimentos veganos abolicionistas[c].
2.Problema
O projeto de pesquisa terá o intuito de conhecer como os movimentos sociais veganos abolicionistas utilizam as mídias sociais como estratégia de ação, ou seja, como a comunicação por intermédio da internet é capaz de mobilizar as pessoas em torno da causa animal. Nos movimentos sociais veganos abolicionistas, cuja existência muitas vezes está vinculada às mídias sociais, a estrutura de organização adquire características particulares. Nesse sentido, se faz necessário verificar como estes movimentos sociais iniciados nas mídias sociais se comportam. Portanto, esse projeto de pesquisa buscará responder: Qual a estrutura de organização[d] e de comunicação dos movimentos sociais veganos abolicionistas[e]?
3.Hipótese
Os levantamentos iniciais apontam que, por intermédio das mídias sociais, o número de adeptos a causa animal vegano abolicionista tem aumentado nos últimos anos e este trabalho buscará, através de pesquisas exploratórias, constatar que o ciberativismo (ativismo digital) é o grande responsável por tal acontecimento. Pretende-se ainda, verificar como ocorre o processo de articulação, estruturação e comunicação desses movimentos[f].
4.Justificativa [g]
O ativismo digital como também é conhecido o ciberativismo, assume papel de fundamental importância no sentido da democratização da comunicação, uma vez que por intermédio dos meios tradicionais isso não ocorre. Nestes, existe a elitização da comunicação e manipulação das informações de acordo com interesses de uma minoria. Sobre a democratização da informação, Castells (2003), enfatiza que a internet revolucionou esse cenário, por sua capacidade de traçar uma comunicação horizontal, onde o cidadão pode criar sua própria forma de interação. De acordo com Castells (2003, p. 286) “pela primeira vez há uma capacidade de comunicação maciça, não midiatizada pelos meios de comunicação de massa”.
- No âmbito dos movimentos sociais espalhados ao redor do mundo, a internet permite uma forma privilegiada de ação e organização.
- Assim, essa pesquisa também se justifica no sentido de entender como se efetiva o processo de mobilização dos movimentos sociais vinculados ao abolicionismo vegano, seus avanços e estrutura de ação.
5.Objetivo geral
O presente projeto de pesquisa tem o objetivo de analisar o papel da comunicação, por meio dos movimentos sociais na internet, identificando como o ciberativismo mobiliza as pessoas em torno de protestos e ações afins, muitas vezes não abordadas pelas mídias tradicionais de massa. [h]
6.Objetivos específicos
- Realizar uma discussão teórica sobre a internet, enquanto ferramenta de comunicação, suas especificidades e forma de atuação;
- Estudar o contexto dos movimentos sociais na esfera do ciberativismo;
- Analisar os movimentos sociais veganos abolicionistas, buscando compreender sua estrutura de organização;
- Identificar como se efetivam as estratégias de luta dos movimentos veganos abolicionistas por meio das mídias sociais. [i]
7.Metodologia
Essa dissertação será realizada a partir de uma discussão teórica com base em pesquisa bibliográfica, acerca do tema comunicação, sociedade e cibercultura. Pesquisas e artigos científicos publicados sobre ciberativismo e movimentos sociais na internet também serão utilizados como fonte de referência para consolidação do trabalho.
Para responder questões relacionadas aos movimentos sociais serão analisados alguns exemplos de ciberativistas e manifestações sociais existentes na área de atuação da causa animal, mais especificamente, o movimento vegano abolicionista. Pretende-se realizar um estudo de caso com base na análise do site da internet www.camaleão.org que é um projeto que procura abordar diversos assuntos relacionados aos direitos animais, bem como o grupo ‘CyberVoluntários Camaleão’, que é uma espécie de extensão do site www.camaleão.org, porém na rede social Facebook.[j]
8.Referencial teórico[k]
Para realização dessa dissertação será utilizado o referencial teórico de autores que discutem cibercultura, comunicação e ciberativismo, direitos animais, movimentos sociais e globalização tais como Boaventura de Sousa Santos, Milton Santos, Manuel Castells, John D. H. Downing, Maria da Glória Gohn, Michel Hardt e Antônio Negri, Gary Francione, Sônia Felipe, Maria Gohn, Peter Singer, Pierre Levy, entre outros que abordam as temáticas.
9.Bibliografia
CASTELLS, Manuel. Redes de indignación y esperanza. Los movimientos sociales em la era de internet. Madrid: Alianza Editorial, 2012.
DOWNING, John D. H. Mídia radical: rebeldia nas comunicações e movimentos sociais. 2. ed. São Paulo: Senac, 2002.
HARDT, Michael; NEGRI, Antonio. Multidão: guerra e democracia na era do império. Rio de Janeiro: Record, 2005.
MCCAUGHEY, Martha; AYERS, Michael D. (Eds.). Cyberactivism: online activism in theory and practice. New York: Routledge, 2003.
PAIVA, Raquel. O espírito comum: comunidade, mídia e globalismo. Petrópolis: Vozes, 1997.
PAIVA, Raquel (Org.). O retorno da comunidade: os novos caminhos do social. Rio de Janeiro: Mauad, 2007.
PAIVA, Raquel; SANTOS, Cristiano H. R. (Org.). Comunidade e contra-hegemonia: rotas de comunicação alternativa. Rio de Janeiro: Mauad, 2008.
SANTOS, Boaventura S. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. São Paulo: Cortez, 2005.
SANTOS, Boaventura S. A gramática do tempo: para uma nova cultura política. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
SANTOS, Boaventura S. Renovar a teoria critica e reinventar a emancipação social. São Paulo: Boitempo, 2007.
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2007.
SODRÉ, Muniz. As estratégias sensíveis: afeto, mídia e política. Petrópolis: Vozes, 2006.[l]
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