Cavando Masmorras Ao Vício
Por: Antonio Marcos Carvalho • 3/6/2024 • Trabalho acadêmico • 891 Palavras (4 Páginas) • 42 Visualizações
À G∴ D∴ G∴ A∴ D∴ U∴
CAVANDO MASMORRAS AO VÍCIO
Resumo: O presente trabalho traz à baila inúmeros fatores dos quais formam um Homem de Bem, que vão muito além do que é o vício e/ou o viciado. A partir deste estudo, pode-se ver que o vício não é somente um ato ou costume que leva um homem à bancarrota. Além disso, o vício esconde características do ser humano que devem ser combatidas, e os prosélitos ao melhoramento íntimo, com o fito de auxílio aos demais segmentos sociais, devem combater tais sentimentos/ímpetos insalubres que levam ao vício. A partir do presente estudo, pode-se perceber que o viciado, além de estar atrelado àqueles hábitos ou costumes deletérios, necessita por aperfeiçoar pontos cruciais da sua própria personalidade, como por exemplo a força de vontade, para que a afirmação feita para nós enquanto Candidatos à Maçons em nossas iniciações não sejam um engodo, e que realmente nos tornemos livres e de bons costumes.
DESENVOLVIMENTO:
Na iniciação do Candidato à Maçom, pelo Ritual Escocês Antigo e Aceito, quando o Ven∴ questiona ao Ir∴ 1º Exp∴ como pode o candidato conceber a esperança de ingressar à Maçonaria, o Ir∴1º Exp∴ responde “Por que é livre e de bons costumes.”. Entretanto, e é essa indagação que nós enquanto Maçons precisamos fazer é: somos mesmo livres de bons costumes?
No quesito liberdade, se ampliarmos a visão sobre tal ponto, levantamos outro questionamento: o vício nos liberta ou nos prende? Como um mero A∴M∴ concluo pela segunda opção, posto que vício tolhe totalmente a nossa liberdade, pois moralmente reprovável, logo, não podemos explicitá-lo publicamente, ou por questões envolta à legislação profana, praticamo-los na maioria das vezes sozinho e às escuras.
Ao que se refere aos bons costumes, não poderiam ser boas as práticas de atos que nos desmoralizam, que tiram a paz e a tranquilidade de nossos lares, ou ainda, e o mais comumente conhecido dos vícios, que devastam a nossa saúde física, mental e espiritual.
É imperioso, para sermos Maçons de verdade, reconhecer os nossos próprios vícios, e sem hipocrisia, que beira atenta contra nosso próprio ingresso à Ordem Maçônica quando falsamente declaramos ser livres e de bons costumes, combate-los fortemente.
Com o vasto acesso ao conhecimento de quão maléfico são nossos vícios, é necessário termos a força de vontade para lutar contra os mesmos, para de fato lapidarmos nossa pedra bruta, no intuito de gozarmos de boa saúde, e determos, de fato, o título de Homem Livre e de Bons Costumes.
Ademais, antes de o Candidato à Maçom ser posto às três viagens, o Ir∴ Orad∴ vos alerta que “Se desejais tornar-vos um verdadeiro Maçom deveis primeiro morrer para o vício, para os erros, para os preconceitos vulgares e nascer de novo para a Virtude, para a Honra e para a Sabedoria”. Logo, em não havendo a plena adesão dessa premissa pelo candidato, não podeis tornar-vos um Maçom de verdade, posto que o ingresso à Ordem exige que morramos para o vício e renascemos para as Virtudes. Não aderindo plenamente a essa máxima, não poderíamos nos irmanar integralmente à Ordem.
Na Parte II, item 2.1 do ritual do Aprendiz, às folhas 48 o Ven∴ pergunta ao 1º Vig∴ “Para que nos reunimos aqui?”, e a resposta é a seguinte: “Para combatermos o despotismo, a ignorância, os preconceitos e os erros. Para glorificar a Verdade e a Justiça. Para promover o bem-estar da Pátria e da Humanidade, levantando Templos à Virtude e cavando masmorras ao vício.”. Logo, cavar masmorras ao vício é pauta dentro de Loja, entretanto, em não havendo essa separação entre o homem profano e o Maçom, visto que somos Maçons em todos os momentos de nossa vida, o combate aos vícios deve ser pauta diária do Maçom.
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