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Cidade Jardim: formação e percurso de uma idea

Por:   •  15/6/2018  •  Abstract  •  1.742 Palavras (7 Páginas)  •  742 Visualizações

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OTTONI, Dacio. Cidade Jardim: formação e percurso de uma idea. In: HOWARD, E. Cidades – jardins de amanhã. São Paulo: Annablume/HUCITEC, 2002, p. 10-45.

- O autor parte da observação das péssimas condições de vida da cidade, o problema da superpopulação e suas consequências.

- A principal causa da superpopulação seria a migração das pessoas vindas do campo.

- O campo e a cidade, cada um tem seus “imãs” que atraem as pessoas para aquele local.

- A cidade seria o espaço da socialização, das oportunidades e dos empregos, porém, apresentava os problemas da superpopulação e da insalubridade.

- O campo era o espaço da natureza e da produção de alimentos, no entanto, haviam problemas como a falta de empregos e de infraestrutura.

- O autor propõe como solução a criação de um novo espaço, onde pudesse aproveitar o que há de melhor no campo e na cidade, ele chama esse espaço de cidade- jardim.

- O modelo proposto teria estrutura radial, com bulevares do centro até a periferia, um jardim central onde estariam edifícios públicos e culturais, uma grande avenida onde estariam as escolas, além disso a cidade-jardim teria baixa densidade de habitações.

Cymbalista, Renato. Estatuto da Cidade: Guia para implementação pelos municípios e cidadãos, 2001, p. 21-28.

- O autor inicia explicando o que é o estatuto da cidade, onde a instauração da função social da cidade se inicia durante o processo da Constituição de 1988.

- Mesmo com um capítulo específico na Constituição para a política urbana, o texto necessitava de uma legislação específica de abrangência nacional. Após mais de uma década de elaborações, a lei nº 5788/90 foi aprovada em julho de 2001 estando em vigência desde 10 de outubro de 2001.

- É um material de consulta que abrange um conjunto de princípios, que define a cidade ideal nos Planos Diretores de cada município.

- O rápido crescimento da população urbana no Brasil – entre 1960-1996 tem um aumento de 31m - 137m, passa a retratar as desigualdades da sociedade entre as áreas centrais e periféricas.

- Essa “desordem” urbana se dá muito por questões econômicas e políticas, onde as áreas centrais tem um valor elevado, como uma seleção de qual classe social estará presente nesse local, e na política, as trocas de votos eleitorais por uma infraestrutura melhor.

LEME, Maria Cristina. A formação do pensamento urbanístico no Brasil, 1895-1965. In: Urbanismo no Brasil – 1895-1965. São Paulo: Studio Nobel: FAUUSP: FUPAM, 1999, p. 20-38

- A autora inicia identificando três períodos para a formação do pensamento: De 1895 a 1930; 1930 a 1950 e 1950 a 1964.

- Observou-se técnicas distintas de resolução de circulação, saneamento, legislação urbanística. As cidades divulgaram de maneiras distintas suas ideias.

- No primeiro período havia uma pressão para solucionar problemas causados pela falta de saneamento básico. Também era necessário resolver a circulação.

- Utilizaram como referencias projetos bem sucedidos europeus do século XIX. Alargaram as vias, reformaram e ampliaram os portos para remodelar e embelezar as praças e avenidas.

- De acordo com a autora, os projetos valorizaram as áreas próximas aos centros tradicionais de comercio, iniciando uma descentralização. Questões como circulação já haviam sido pensadas para uma maior fluidez.

- O segundo período é caracterizado por planos que propõem uma interação entre os bairros, através de vias e transportes. De acordo com a autora: “Organizam-se os órgãos para o planejamento urbano como parte da estrutura administrativa das prefeituras das principais cidades.” P.26

- O plano de avenidas de Francisco Prestes Maia em São Paulo é utilizado como referência dessa nova forma de planejamento.

- A autora cita que, segundo Alfredo Agache: “...Entende-se por urbanismo, o conjunto de regras aplicadas aos melhoramentos das edificações, do arruamento, da circulação e do descongestionamento de uma cidade, levados a efeito, mediante um estudo metódico da geografia humana e da topografia urbana sem descurar as soluções financeiras.” P.29

- As novas avenidas abertas em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Recife possibilitaram a circulação de mercadorias e pessoas, permitindo preparar as cidades para a nova fase da industrialização.

- No terceiro período há um aumento na área urbana, um processo crescente de urbanização e uma consequente conurbação.

  1. De acordo com Benévolo, depois da metade do século XVIII, a revolução industrial muda o curso dos acontecimentos em todo o mundo, influenciando na ordem das cidades e do território.

Considere as frases a seguir:

  1. Modifica-se a distribuição dos habitantes no território, devido ao aumento do número de pessoas nas cidades (com a diminuição do índice de mortalidade), e ao aumento da produção.
  2. O período é marcado pelo desenvolvimento dos navios a vapor, único meio de mobilidade até o início do século XX.
  3. Ampliam-se as possibilidades de deslocamento e as pessoas de todas as classes sociais podem realizar longas viagens
  4. O crescimento das cidades na época industrial levou à formação de uma nova faixa construída ao redor do núcleo central das cidades: a periferia.

Assinale a correta:

  1. Apenas I correta
  2. I, II, III corretas
  3. II, III, IV corretas
  4. I, III, IV corretas
  5. Todas corretas

  1. Com a abolição da escravatura em 1888, a cidade do Rio de Janeiro recebe um enorme contingente de desempregados, miseráveis e analfabetos, que começaram a se aglomerar no centro da cidade, transformando suas ruas estreitas e tortas em cortiços sem fim. Essa nova configuração da cidade, com condições de higiene precárias acabaram favorecendo a disseminação de doenças como a malária, febre amarela e varíola. Sob o pretexto da higienização, que de fato ocorreu, o prefeito Francisco Pereira Passos levou o cabo a reforma urbana a partir de 1903 inspirado pelo(a):

  1. Reforma de Paris de Haussmann (criação de grandes avenidas, demolição de cortiços expulsando os pobres para a periferia);
  2. Movimento das cidades-jardim de Ebenezer Howard (idealiza uma comunidade perfeita e auto suficiente com significados sociais, defende o conceito de casa unifamiliar no verde com a tônica mais na privacidade que nas relações sociais);
  3. Pensamento de Camilo Sitte (despertar o interesse pelos ambientes das cidades antigas, extrair o que existe de mais significativo das obras antigas e adaptar às condições modernas)
  1. Sobre as medidas adotadas para tornar as cidades mais salubres durante o século XIX, assinale verdadeiro (V) ou falso (F):
  1. Existia uma percepção do ambiente a partir de componentes técnicos: esgotos, sistemas de drenagem, distribuição de agua, etc. V_
  2. É um período em que o Estado começa a intervir nas cidades e nos hábitos das pessoas. V
  3. A garantia de uma circulação livre do ar e da luz não era uma questão importante. F
  4. O espaço arquitetônico passa a considerar o que a medicina e a teoria dos fluidos definiam como princípios e normas. V
  5. As ameaças de epidemias foram importantes para uma preocupação com a salubridade. V
  1. A Carta de Atenas é um documento resultado do 4º Congresso CIAM, que teve como tema a “cidade funcional”, ou seja, a cidade que deve ser concebida de modo funcional, na qual as necessidades do homem devem estar claramente colocadas e resolvidas. É fruto do estudo de 33 cidades europeias e traz reflexões sobre os conflitos observados nas cidades e propõe soluções para os mesmos. Ela define praticamente o conceito de urbanismo moderno, traçando diretrizes e formulas que seriam aplicáveis internacionalmente.

Aponte quais das frases abaixo estão em acordo com a Carta de Atenas.

  1. O sol, a vegetação, o espaço são as três matérias-primas do urbanismo.
  2. O urbanismo é uma ciência de três dimensões. É fazendo intervir o elemento altura que será dada uma solução para as circulações modernas, assim como para os lazeres.
  3. O núcleo inicial do urbanismo é o bairro habitacional de proporções adequadas, que abriga além das moradias, serviços, escolas e centros de abastecimento.
  4. O interesse coletivo deve estar subordinado ao interesse privado.
  5. O alinhamento tradicional das habitações à beira das ruas só garante insolação a uma parcela mínima das moradias.

  1. I, III e V
  2. III e IV
  3. I, II e III
  4. I, II e V
  5. Nenhuma
  1. Henry Ford acreditava que a produção de automóveis em massa levaria ao consumo em massa e consequentemente a expansão da indústria automobilística. Esse ramo industrial tornou-se um dos principais eixos de desenvolvimento econômico de países capitalistas do século XX. A ascensão do capitalismo monopolista facilitou a influência e o poder dessas empresas na definição dos padrões de consumo e no atendimento de seus interesses. Robert Moses foi o grande difusor do rodoviarismo, reformulação urbana baseada na tríade vias expressas, automóvel e expansão residencial suburbana como política pública.

É correto afirmar que no Brasil a influência do rodoviarismo se expressa no:

  1. Plano de Avenidas proposto por Prestes Maia já nos anos de 1930.
  2. Facilidade de compra do automóvel e seu consequente uso intenso, que favoreceram deslocamentos mais rápidos sem prejuízo dos realizados por meio do transporte coletivo.
  3. Crescente oferta de condomínios fechados nas áreas periféricas da cidade.
  1. I
  2. II
  3. III
  4. I e III
  5. II e III

  1. Sobre o plano e a construção de Brasília, assinale verdadeiro ou falso:
  1. O plano é de autoria de Oscar Niemeyer ...F
  2. A ideia de construir uma nova capital federal no centro do país fazia parte da estratégia do Presidente Juscelino Kubitschek de dar maior segurança ao Estado. V
  3. O plano de Brasília levou como premissa os conceitos explorados nas cidades-jardins de Ebenezer Howard. F
  4. Brasília apresenta diversos aspectos presentes na Carta de Atenas, sendo o principal deles a importância da diversidade e das necessidades do indivíduo. F
  5. O plano de Brasília deu conta de abrigar a população que para ali se deslocava e constitui um dos planos mais bem sucedidos quanto a questão de habitação social.F
  6. A construção de Brasilia faz parte do contexto do desenvolvimento e de investimento no transporte rodoviário. V

  1. No fim dos anos 80, seis entidades nacionais e várias regionais encaminharam ao Congresso Nacional uma proposta de Emenda Popular a ser incluída na Constituição, a partir das reinvindicações das massas urbanas, sobre questões como a propriedade imobiliária urbana, habitação, transportes e gestão urbana, consolidando o Movimento Nacional pela Reforma Urbana. Parte das reinvindicações foram incorporadas à Constituição Federal de 1988, no Capítulo II. Assinale a correta
  1. De acordo com o art. 182 da Constituição, plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, torna-se obrigatório para cidades com mais de 20 mil habitantes.
  2. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende as exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
  3. A constituição antepõe aplicação de sanções aos proprietários que não derem destinação social a suas propriedades.

Assinale a correta:

  1. TODAS
  2. NENHUMA
  3. I e II corretas
  4. Apenas II incorreta
  5. II e III corretas

...

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