Circuitos RLC
Exames: Circuitos RLC. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: BrunoRodrigues28 • 18/10/2013 • 2.019 Palavras (9 Páginas) • 850 Visualizações
Análise de Circuitos RLC
9.1 Introdução
Neste capítulo, serão estudados os circuitos RLC’s, ou seja, aqueles que possuem
resistores, indutores e capacitores. Em geral, a análise desses circuitos resulta em equações
diferenciais de ordens maiores ou iguais a dois. Porém, resolução de equações diferenciais
de ordens superiores a dois está fora do objetivo deste manual e, portanto, dois é a ordem
máxima aqui estudada.
Primeiramente, uma descrição analítica referente a equações de 2º ordem será
abordada e posteriormente os circuitos serão analisados aplicando essa abordagem.
9.2 Resolução de Equações Diferenciais Lineares de 2° ordem
A forma geral das equações diferenciais lineares de 2° ordem é:
( ) ( )
( ) ( )
1 0
2
2 a y t F t
dt
dy t
a
dt
d y t
a + + = (9.1)
Onde:
- t é a variável independente;
- y(t) é a variável dependente ou resposta;
- F(t) é a função forçante (ou excitação).
Se:
- F(t) 0 então a função é dita não homogênea
- F(t) = 0 então a função é dita homogênea
A equação homogênea deve possuir duas soluções diferentes e linearmente
independentes y1(t) e y2(t). A solução mais geral da equação homogênea é:
( ) ( ) ( ) 1 1 2 2 y t k y t k y t H = + (9.2)
Onde k1 e k2 são determinadas constantes tais que satisfazem as condições iniciais
do circuito. Só podem ser determinadas após se encontrar a solução completa da equação
diferencial.
A solução completa da equação diferencial não-homogênea será:
y(t) y (t) y (t) H P = + (9.3)
Onde yP(t) é qualquer solução da equação não homogênea e é chamada de solução
particular.
90
9.2.1 Solução da equação homogênea
Para solucionar uma equação homogênea se pode utilizar a solução da equação de
segunda ordem padrão (equação 9.4). Essa solução é deduzida a seguir.
( ) 0
( )
2
( ) 2
2 0
2
+ + y t =
dt
dy t
dt
d y t a w (9.4)
Admitindo que yH(t) = est seja uma solução da equação 9.4 então:
2 0 2
0
s2est + asest +w est = (9.5)
( 2 ) 0 2
0
est s2 + as +w = (9.6)
Para que essa equação seja satisfeita para todos os valores de t, é necessário que:
2 0 2
0
s2 + as +w = (9.7)
A equação 9.7 é chamada equação característica e é usualmente escrita por
inspeção direta da equação homogênea padrão. Obviamente para 9.7:
2
2 4 4 2
0
- a ± a 2 - w
s = (9.8)
2
0
s = -a ± a 2 -w (9.9)
Pode-se observar que existem quatro casos possíveis de combinações para a e wo.
Os quatro casos possíveis estão dispostos nos itens de ‘a’ a ‘d’ que se seguem:
a) a > wwo : CASO SUPERAMORTECIDO . No caso superamortecido as raízes
são negativas ( a -w 2 <a
0
2 ) e a solução da equação homogênea é a seguinte:
s t s t
H y t k e 1 k e 2
1 2 ( ) = + (9.10)
Onde, s1 e s2 são, de acordo com a equação 9.9:
2
0
2
1 s = -a + a -w
2
0
2
2 s = -a - a -w
Um esboço gráfico para o caso superamortecido é mostrado na figura 9.1.
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Figura 9.1: Gráfico para o caso superamortecido.
b) a = wwo : CASO CRITICAMENTE AMORTECIDO. No caso de amortecimento
crítico a solução mais geral s t s t
H y t k e 1 k e 2
1 2 ( ) = + , não dará a solução para
equação homogênea. Isto ocorre porque neste caso, pela equação 9.9, s1 = s2 = -a
e
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