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Definição De Takt-time E Tempo De Ciclo

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Por:   •  7/7/2014  •  8.199 Palavras (33 Páginas)  •  379 Visualizações

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v.8, n.1, p.1-18, abr. 2001

TAKT-TIME: CONCEITOS E

CONTEXTUALIZAÇÃO DENTRO DO

SISTEMA TOYOTA DE PRODUÇÃO

Roberto dos Reis Alvarez

Grupo de Produção Integrada (GPI) da EP e do PEP/COPPE

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

C.P. 68.507 - Centro de Tecnologia da UFRJ – Ilha do Fundão

21945-970 – Rio de Janeiro – RJ

Fone/fax: (21) 562-7415

E-mail: alvarez@gpi.ufrj.br

José Antonio Valle Antunes Jr.

Produttare Consultores Associados

Rua 24 de Outubro 111 cjto. 1103 – Moinhos de Vento

90510-002 – Porto Alegre – RS

Fone/fax: (51) 346-5536

E-mail: junico@produttare.com.br

Centro de Ciências Econômicas da UNISINOS

Resumo

O presente trabalho tem como preocupação central esclarecer, o máximo possível, o conceito de

takt-time, na medida em que se pode observar um hiato na literatura que trata do tema em relação à

compreensão das diferenças conceituais entre esse e as definições de tempo de ciclo e tempo padrão.

Procura-se estabelecer uma conceituação rigorosa desses termos, tendo como referência básica os

princípios gerais do Sistema Toyota de Produção (STP). Enfatiza-se a importância crucial da variável

tempo para a gestão dos sistemas de produção, partindo-se da problemática da sincronização do

fluxo dos materiais ao longo do tempo e do espaço no STP. Nesse contexto, ressalta-se a centralidade

do takt-time na gestão da produção em diferentes aspectos do Sistema. Nuances relativas à flexibilidade

também são destacadas. Os pontos conceituais que marcam a lógica da utilização do takt-time,

a partir da ótica mais ampla da sincronização da produção, permitem identificar os limites de

aplicação da sistemática. Finalmente, é analisada a relação da sistemática de gestão baseada na

definição do takt-time com as lógicas da qualidade assegurada e da formação de recursos humanos.

Palavras-chave: takt-time, tempo de ciclo, sincronização da produção, Sistema Toyota de Produção.

1. Introdução

ste artigo deriva da percepção da importância

que a sincronização da produção com

base no takt-time tem dentro do Sistema Toyota

de Produção (STP). Além de aspectos operacionais,

esse elemento tem relevância nas

discussões de Estratégia de Produção relativas E

2 Alvarez & Antunes Jr. – Takt-time: Conceitos e Contextualização Dentro do Sistema Toyota de Produção

ao STP, especialmente com respeito à dimensão

flexibilidade.

O livro Sistema Toyota de Produção, de

Yasuhiro Monden (1984), cuja versão original

em inglês data de janeiro de 1982, apresenta um

dos primeiros modelos estruturados e abrangentes

do STP. Posteriormente, outros autores

trataram de interpretar e esquematizar o STP,

tornando-o palatável para o público ocidental e

disseminando os conceitos da ‘produção enxuta’,

bem como esse termo em si. Destacam-se os

trabalhos de SCHONBERGER (1982) e de

pesquisadores do Massachussets Institute of

Technology (MIT) no âmbito do International

Motor Vehicle Program (IMVP), especialmente

WOMACK, JONES & ROOS (1990). Em outra

frente, pesquisadores da escola francesa de

Sociologia do Trabalho se debruçaram sobre as

novas formas de organização do trabalho

observadas no Japão de forma geral e, particularmente,

na Toyota – um bom exemplo dessa

vertente é o trabalho de CORIAT (1994).

Os autores japoneses clássicos de Engenharia

de Produção e Engenharia Industrial, especialmente

TAIICHI OHNO (1996) e SHIGEO

SHINGO (1996a; 1996b), apresentam uma

leitura particular do STP. No Brasil, GHINATO

(1995) aprofundou a discussão a partir dessas

interpretações, pondo sob os holofotes o “pilar”

(OHNO, 1996) menos estudado do STP: a lógica

da autonomação – capacidade que o homem ou a

máquina têm de parar o processamento quando a

quantidade programada for atingida ou quando

surgir algum defeito nos componentes/produtos

fabricados. Outro entendimento conceitual do

Sistema Toyota de Produção é oferecido por

ANTUNES JR. (1998), que o situa dentro do

“paradigma das melhorias voltadas para o

processo”, juntamente

...

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