Diabetes Melito

“ Diabetes Melito na Gestação ”

Resumo:

O objetivo da terapia nutricional para casos de DM é manter o normoglicemia, favorecendo o nascimento de concepto a termo, vivo, com peso adequando, com menor risco de distúrbios respiratório e malformações congênitas. Para tanto, o MS recomenda manter o adequado controle metabólico por meio da terapia nutricional, aumento da atividade física, suspensão do fumo, a insulinoterapia para alguns casos. Vale ressaltar que a equipe de saúde é fundamental para o sucesso do tratamento e a educação nutricional merece papel de destaque.

Cuidado Nutricional:

Na elabora do cuidado nutricional devem ser considerados os hábitos alimentares, a condição socioeconômica e os níveis glicêmicos maternos. Recomendações energéticas e ganho de peso: a dieta deve ser individualizada e permitir ganho de peso adequado segundo o IMC pré-gestacional, com o mesmo procedimento para gestantes sem diabetes adultas ou adolescentes. A gestantes devem ser orientadas quando à importância do fracionamento correto das refeições, para a prevenção de episódios de hiper/hipoglicemia. A ingestão de carboidratos deve ser feita ao longo do dia em três refeições moderadas e duas a quatro pequenas refeições, com menor volume e intervalos regulares. A ceia merece atenção, devendo ser estimulada para prevenção da cetose acelerada durante a noite. O sódio não deve ser restrito, visando à prevenção das síndromes hipertensivas da gravidez, pois tal prática não tem eficácia comprovada. A suplementação de ácido fólico no período pré-gestacional é benéfica para a prevenção de defeitos congênitos do tubo neural, especialmente nas mulheres com antecedentes desse tipo de malformações. A suplementação de ferro deverá seguir as mesmas recomendações para as mulheres não-diabéticas. Deve-se estimular a ingestão dos nutrientes antioxidantes devido ao aumento do estresse oxidativo que ocorre no DM, porém não há consenso sobre a recomendação de suplementos. A dieta deve ser adequada em potássio, magnésio, zinco e cromo, pois a deficiência destes nutrientes pode agravar a hiperglicemia. O consumo de bebidas alcoólicas deve ser desencorajado no período gestacional, não somente pelo risco de hipoglicemia materna, mas também pelo risco aumentado de Síndrome Alcoólica Fetal, resultado do uso crônico do álcool, cujas consequências variam desde sequelas neurológicas a restrição do crescimento fetal intrauterino e má-formações. A ingestão de cafeína deve ser moderada, minimizando o risco de aborto espontâneo, restrito desenvolvimento fetal ou má-formações congênitas associado ao consumo excessivo dessa substância. Entretanto, sabe-se que a ingestão excessiva de café dificulta a absorção de ferro em até 35%, pois no café encontram-se polifenois, que formam grandes complexos moleculares com o ferro, tendo sua absorção prejudicada. A restrição de sacarose para os indivíduos diabéticos tem sido discutida, e a ADA sugere que este alimento pode ser usado dentro do contexto da dieta saudável. Na prática clínica, a substituição da sacarose por adoçantes não-calóricos é útil nos casos de diabetes na gestação, podendo ser utilizados dentro das quantidades máximas permitidas. Os alimentos ricos em gordura saturadas

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