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Dimensões Integradoras Da Agroecologia

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Por:   •  19/10/2014  •  1.298 Palavras (6 Páginas)  •  870 Visualizações

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A agroecologia surge como um novo paradigma de vida paradigma de vida para a atual sociedade. Assim, ela integra várias dimensões (sociais, econômicas, culturais e ambientais.) e também a segurança e soberania alimentar, comercialização justa, não esquecendo a preservação das águas, ar, solo, uso adequado do lixo e o manejo dos agroecossistemas em geral.

Neste sentido, entende-se que a agroecologia não é somente mais uma ciência ou disciplina científica, assim como também não é só uma mudança nas técnicas e práticas agrícolas ou na forma de se trabalhar na agricultura. A agroecologia, além disso, é uma nova forma de vida, , respeitando-se os direitos das pessoas independente de gênero, cor, idade ou classe social. Desta forma, procura a participação de mulheres e jovens em todos os setores, busca-se a igualdade. Entender a agroecologia não é somente saber como produzir sem a utilização de agroquímicos nas lavouras, mas sim entender todo o contexto social das pessoas.

De maneira geral, a mudança que se propõe coma agroecologia é por um mundo melhor onde todos possam ter uma alimentação e uma vida com melhor qualidade, seja o produtor ou o consumidor, que os direitos sejam iguais.

PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

Segundo Caporal et al. (2005):

“A Agroecologia é ‘uma ciência para o futuro sustentável’ (Caporal e Costabeber, 2004), pois, a partir de uma abordagem transdisciplinar, integra conhecimentos de diferentes ciências e permite a compreensão, análise e crítica do atual modelo de desenvolvimento e de agricultura industrial, assim como o desenho de estilos de agricultura sustentável e de estratégias para a promoção do desenvolvimento rural. Como ensinam Guzmán Casado et al (2000), os elementos centrais da Agroecologia podem ser agrupados em três dimensões: a) ecológica e técnico-agronômica; b) socioeconômica e cultural; e c) sócio-política, as quais não são isoladas, mas se interpenetram e interagem, de modo que estudá-las e entendê-las, assim como propor alternativas requer uma abordagem inter, multi e transdisciplinar. Por essa razão, a Agroecologia apoia-se em ensinamentos de distintas disciplinas científicas, como a Física, a Economia Ecológica e Ecologia Política, a Agronomia, a Ecologia, a Biologia, a Educação e Comunicação, a História, a Antropologia, a Sociologia e os Estudos Camponeses, apenas para citar alguns exemplos. Como matriz disciplinar, se encontra no campo do ‘pensar complexo’, em que ‘complexus significa o que é tecido junto’, que se esforça para unir operando diferenciações (Morin, 1999). Trata-se, então de reconhecer que estamos diante de uma realidade complexa, cujo entendimento requer um enfoque paradigmático capaz de unir os conhecimentos de diferentes disciplinas, com abrangência socioambiental (Redclift e Woodgate, 2002). O novo paradigma em construção reconhece que a insustentabilidade da agricultura moderna pode ser compreendida desde diferentes campos do conhecimento. No limite deste texto, como exemplo, citamos a Física que, ao estudar a Lei da Entropia, permite identificar a agricultura industrial como altamente dependente de energia e materiais “de fora” do agroecossistema (combustíveis fósseis, fertilizantes químicos de síntese, agrotóxicos), dependência esta que se mostra tanto maior quanto mais simplificado for o agroecossistema. A redução da eficiência energética acompanha a artificialização dos processos produtivos, como demonstram os estudos pioneiros de David Pimentel. A Agroecologia, por sua parte, preconiza uma otimização dos ciclos biogeoquímicos, de modo a reduzir a introdução de inputs, bem como lançar mão de fontes de conhecimento pouco estudadas (interações complexas entre vegetais, animais, solo, água e populações humanas). Na perspectiva da Economia Ecológica reside a preocupação com a questão do “valor” (mais que de“preços”) e com a “distribuição”, tornando os estudos sobre externalidades ou os conceitos de “pegada ecológica” e “mochila ecológica” importantes ferramentas do enfoque agroecológico. A “mochila ecológica” ajuda a compreender que o consumo de energia e materiais para a produção de determinado bem “carrega” consigo um “peso ambiental”. Já a “pegada ecológica” indica até onde se foi buscar os recursos naturais para subsidiar sistemas pouco sustentáveis e os danos causados para “sustentá-los desde fora”. A agroecologia –stritu senso– pode ser definida como uma (re) aproximação entre a Agronomia e a Ecologia, ao estudar os sistemas agrícolas desde uma perspectiva ecológica, de modo a orientar o redesenho de agroecossistemas em bases mais sustentáveis. Em que pese a importância fundamental da compreensão dos processos ecológicos na agricultura, a Agronomia e a Ecologia seguiram, na maior parte das vezes, por caminhos paralelos. Mais recentemente, enorme esforço vem sendo feito por agroecólogos com o propósito de resgatar conceitos e processos ecológicos. Neste sentido, a Agronomia deveria orientar a aplicação de princípios ecológicos no manejo de agroecossistemas, tendo como horizonte a longevidade

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