Divisão Internacional do Trabalho
Por: Henmilly Vitoria • 2/10/2020 • Trabalho acadêmico • 420 Palavras (2 Páginas) • 158 Visualizações
- O QUE É A DIT?
A DIT (Divisão Internacional do Trabalho) é a distribuição da produção econômico-industrial internacional. Um de seus principais conceitos é que nenhum país consegue ser competitivo em todos os setores, e de fato, acabam por se direcionar suas economias . No fundo, o objetivo da DIT é o mesmo da divisão de tarefas numa fábrica, o de gerar um elevado grau de especialização para que a produção seja mais eficiente, exatamente como Adam Smith em sua Riqueza das Nações já afirmava no século XVIII. Nesse caso, os países emergentes ou em desenvolvimento, exportadores de matéria-prima, com mão-de-obra barata e de industrialização quase sempre tardia, para atrair investimentos e melhorar suas economias, oferecem aos países industrializados, economicamente mais fortes, um leque de benefícios e incentivos para a instalação de indústrias, tais como a isenção parcial ou total de impostos, mão-de-obra abundante, leis ambientais frágeis, entre outras facilidades.
Fases da DIT
A DIT passou por algumas fases, essas obedeceram à dinâmica econômica e política do período histórico em que elas existiram. O processo de DIT se expandiu na mesma proporção do capitalismo no mundo moderno, expressando as diferentes fases da evolução histórica do capitalismo: começando pela relação entre metrópoles e colônias - e chegando às relações em que países desenvolvidos se agregam a países subdesenvolvidos ou não industrializados.
1ª DIT
A primeira DIT corresponde ao final do século XV e ao longo do século XVI, no qual o capitalismo estava em fase inicial, chamada de capitalismo comercial.
Nesse período, o complexo de relações econômicas da economia colonial estava organizado, basicamente em torno de duas atividades: a extração de metais preciosos e a produção de bens tropicais.
Com isso, aqueles locais colonizados pelos países europeus exerciam a função de produzir, a partir da exploração de seus recursos naturais, os metais preciosos e as matérias-primas utilizados pelas metrópoles. Um exemplo é o do Brasil, em que Portugal extraía o Pau-Brasil para a produção de vários tipos de produtos.
O funcionamento desta economia colonial estava apoiado na existência de um mecanismo conhecido por exclusivo metropolitano: as metrópoles europeias através do sobre lucro obtido em regime de monopólio em suas relações com as colônias, transferiam uma ampla massa de excedente econômico que se destinava a financiar o desenvolvimento do sistema mercantil metropolitano.
Embora o desenvolvimento das metrópoles tenha sido estruturalmente diferente da evolução das colônias, ambos são determinados por um mesmo processo histórico. O impulso recebido pela manufatura europeia entre os séculos XV e XVIII foi ancorado no desenvolvimento da exploração extensiva e escravista nas colônias.
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