ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA – ESF
Por: s1o2n3ia • 6/9/2016 • Dissertação • 570 Palavras (3 Páginas) • 246 Visualizações
CONSTRUINDO ALTERNATIVAS DE ABORDAGENS EM SAÚDE MENTAL
Desde a implantação da ESF no município de Novo Hamburgo-RS, a partir de 2010, percebeu-se através dos atendimentos na USF, a necessidade de criar um dispositivo centrado na comunidade onde pudéssemos abordar assuntos relativos a questões de saúde mental.
Nesse sentido constituímos um serviço que atua com ênfase no vínculo com as pessoas, incorporando ações de promoção e educação para a saúde, a fim de melhorar as condições de vida da população.
A USF optou por utilizar os grupos de saúde como ferramenta para abordar assuntos relacionados à saúde metal.
Inicialmente, o grupo chamava-se Terapia Comunitária. Era composto pela Enfermeira e pelos Agentes Comunitários de Saúde: divulgar os encontros, utilizávamos panfletos e cartazes que eram entregues aos usuários da USF, nas escolas, nos estabelecimentos comerciais e nas visitas domiciliares. O objetivo do grupo era, através das dinâmicas de terapia, sugerir que fossem discutidas as situações que lhes causavam sofrimento.
Os encontros aconteciam na Igreja Católica, quinzenalmente. Com o passar do tempo, percebemos que o número de participantes diminuía. Trocamos o local dos encontros para o Centro Tradicionalista Gaúcho (CTG), pois as crenças e questões religiosas poderiam ser um dos motivos desta pouca adesão. No entanto, a troca do local não foi suficiente para mobilizar a comunidade. Então resolvemos utilizar outras formas de abordagem, tais como, convite no jornal da comunidade, panfletos, faixas e cartazes.
Mesmo assim percebemos que a comunidade apresentava resistência em falar sobre este assunto. Essas resistências estão associadas ao preconceito relacionado à visão estereotipada dos conceitos de saúde mental. Por esse motivo, o nome do grupo foi modificado para Roda de Conversas.
Em Maio de 2012, os profissionais do grupo participaram do Décimo Congresso Internacional Rede Unida, no Rio de Janeiro. Representando o município de Novo Hamburgo no evento e trazendo como bagagem novas experiências para compartilhar com a equipe. Dentre elas novas técnicas de escuta e abordagem em saúde mental, troca de experiências com profissionais de outros Estados.
Os profissionais responsáveis pela Roda de Conversas hoje são: Enfermeira e os Agentes Comunitários de Saúde .
Mantendo a mesma estratégia de divulgação, os convites continuaram a ser feitos através de panfletagem, cartazes e jornal. Para que o grupo tivesse maior adesão e os encontros ficassem mais interessantes foram feitas algumas mudanças, como por exemplo, pedir que os participantes trouxessem os assuntos de seu interesse para compartilhar com o grupo e discuti-los de forma que cada um emita sua opinião e se expresse através de suas experiências, traumas e conflitos ficando à vontade como se estivessem em uma conversa informal com amigos.
Também dispomos de uma biblioteca doada pela comunidade, onde os participantes retiram os livros de sua preferência, proporcionando mais informação, cultura e interação durante os encontros.
Portanto, sabemos que sempre teremos novos desafios, tais como a falta de formação dos profissionais da ESF direcionada a este grupo.
A atual gestão
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