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FUNDAMENTOS

Por:   •  14/4/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  4.124 Palavras (17 Páginas)  •  190 Visualizações

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FACULDADE ANHANGUERA
POLO DE VITÓRIA – ES
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL II

INTRODUÇÃO

O presente trabalho se constitui de elementos que geram uma reflexão sobre os pressupostos históricos que refletiram no Movimento de Reconceituação do Serviço Social iniciado nos anos 60 e a desenvolver-se nas décadas seguintes.

Esse movimento de reconceituação do serviço social, que tem como origens laços estabelecidos da igreja católica e diversos de seus movimentos, tendo como ponto de vista a teoria marxista.

Houve pressões sociais e vários estímulos de grupos diversos para que houvesse uma construção real de um esforço crescente onde os profissionais buscassem uma renovação e valorização de suas atividades e igualdade de classes e direitos

Esse momento de mudança e melhoria se deu em um momento histórico em nosso país, onde além desta busca por um serviço social adequado a nossa realidade, havia também uma repressão política e cultural, onde o cidadão era podado de direitos e aspirações de ideias e ideais e a ditadura militar se fazia presente em todos momentos, não permitindo movimentos de ser realizar mudanças, mas mesmo assim se deu passos seguros e firmes rumo ao arcabouço teórico dando início a reconceituação do Serviço Social e conseguindo iniciar as mudanças tanto almejadas.

RELATOS DE UMA LUTA POR UM SERVIÇO SOCIAL RECONCEITUADO

O serviço social é oriundo da doutrina católica, tendo como prática histórica e de fundo humanitário diretamente ligado as práticas sociais da igreja onde fundada por grupos cristãos, os alunos de classe média e professoras primárias buscavam a gratificação social e exercício remunerado.

Em contra partida o serviço social reconceituado, ser propõe a mudar e atuar sobre a causa, provocando mudanças em relações as questões sociais.

O serviço social brasileiro tomou para si ideias metodológicas do trabalho americano, inserido nas escolas de serviço social de caso, grupo, organização social da comunidade e serviço social da comunidade que posteriormente gerou o desenvolvimento da comunidade.

Para dar início ao movimento de reconceituação do serviço social que foi movido pelos impactos, teorias e tentativas de práticas desenvolvimentistas, foi reconhecida a sua teoria frágil quanto a compreensão da dinâmica social, das relações de classes, de grupos sociais e instituições.

Do ponto de vista metodológico a ONU e OEA deu ênfase ao desenvolvimento comunitário, através de assistências técnicas a projetos, cursos e acesso a uma vasta literatura.

Esse processo de implantação da política em países da América latina, mostrou o que existia de verdade e realidade: Baixo desenvolvimento de renda da população, analfabetismo falta de infraestrutura e saneamento básico que afetava diretamente a vida e a saúde. Houve a necessidade de se dividir esse assunto com técnicos e a população em geral, saindo assim da esfera sociológica e econômica abrindo um leque de conhecimento mais especifico e orientando a introdução do marxismo nas universidades, no dia-a-dia de trabalho e também com liberdade, onde o resultado a princípio foi o serviço social recuado em relação ao desenvolvimento filosófico com grandes críticas e indagações ao serviço social tradicional, buscando assim novas ideologias.

No Brasil, a primeira manifestação grupal de crítica ao serviço social e ensaio para o ponta pé inicial de reconceituação foi no nordeste em 1964, onde profissionais e docentes, assumiram uma opinião em relação a métodos de intervenção ao subdesenvolvimento nordestino dando destaque ao processo de consciência e liberação da opressão dos grupos tradicionais.

Esse processo de renovação do serviço social no Brasil aconteceu em Araxá (1967) e Teresópolis (1970) que são consideramos como percussores na tentativa de adequar o serviço social as tendências políticas que a ditadura preferia que houvesse um regresso de um golpe dado em relação aos mentores que desejavam a sua elaboração.

O serviço social se caracteriza por ações de indivíduos com desajustes familiares e sociais oriundos de estruturas sociais e inadequadas, evidente que a dimensões corretivas e promocionais ressaltando que promover é capacitar.

Foi conduzido adequação da metodologia dos serviços sociais em dois níveis: macro e micro.

O micro é essencialmente operacional e o macro compreende as funções do serviço social ao nível político e de planejamento para o desenvolvimento da infraestrutura social, onde haja acesso aos programas básicos de saúde, educação, habitação, serviços sociais fundamentais onde os assistentes sociais não sejam meros executores destes programas e sim capazes de formulá-los e gerencia-los como profissionais consciente das necessidades dos usuários.

Houveram vários outros encontros em relação ao movimento de reconceituação, dentre eles o de Teresópolis que teve repercussão em toda América Latina onde oferece um serviço social voltado com a metodologia para prática profissional, com desenvolvimento do nível mínimo de cientificidade, com ação de prática-imediata.

E o encontro de Sumaré foi gerado um debate polemico para disputar seus espaços e predominâncias na organização e divulgação da categoria profissional. O desafio foi discutir a construção do objeto Serviço Social que incorpora um enfoque dialético: O da ciência e do modo de produção das formações sociais e conjunturas políticas.

Houve também o 1º Seminário Latino Americano de Serviço Social em Porto Alegre (1965) que é marcado pelo movimento de ruptura com o tradicionalismo. Visava enfrentar as tendências psicossociais da questão social, onde expressa o sofrimento das amarras capitalistas onde gerou mobilização das classes subalternas em defesa dos seus interesses.

Alguns autores reconhecem 5 enfoques diferentes no movimento de reconceituação: Cientifico, Técnico/Metodológico, Ideológico/Político, Ciência do cotidiano e a Luta pela profissionalização, esses elementos propiciam o movimento.

Reconhecesse que a prática do trabalhador social, encontra-se na contradição entre trabalho profissional e realizar-se nas suas lutas reivindicativas na organização da sociedade classista.

 O serviço social como uma prática precisa atuar para alcançar uma mudança. Não existe reconhecimento sem transformação e transformação sem conhecimento.

Quanto a elaboração de uma nova metodologia oferece contribuição indiscutível com desenvolvimento de propostas consistente e válidas.

No código de ética profissional no Brasil, o processo de reconceituação tem duas versões, uma vinculada direta com a classe trabalhadora e a outra para os trabalhadores na defesa de seus direitos.

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