Farmacoepidemiologia No Brasil,evolução E Perspectivas
Monografias: Farmacoepidemiologia No Brasil,evolução E Perspectivas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: AlannaSilva • 13/5/2014 • 735 Palavras (3 Páginas) • 753 Visualizações
Introdução
A percepção do risco relacionado ao uso de medicamento vem se desenvolvendo lentamente no pais. (Anônimo,1996). Podem ser considerados como pioneiros em alertar os profissionais de saúde para o risco relacionado ao uso de medicamento, Lacaz, Colbert e Teixeira, que publicaram no Brasil o primeiro livro sobre o assunto entitulado doenças iatrogênicas e promoveram cursos de extensão em farmacoterapia na primeira metade da década de 70.
Outra importante influencia para essa percepção foi o programa de formação de famacêuticos clinicos patrocinado pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) no Hospital Aguirre da Universidade do Chile, Santiago, onde alguns profissionais farmacêuticos tiveram contato com um programa de vigilância hospitalar intensiva nos moldes do Boston Colaborative Drug Surveillance Castro (1996).
Em consequência desse contato inicial,professores chilenos e espanhois, estiveram no Brasil, e foram desenvolvidos alguns trabalhos hospitalares enfocando reações adversas a medicamentos. Surgem tambem, na primeira década de 80, algumas teses de doutorado, na Universidade de São Paulo, usando o método epidemiológico para estudar problemas relacionados a medicamentos.
Entre os anos de 1985 e 1987, a Divisão de Medicina do Ministério da Saúde do Brasil (Dimed) tenta implementar uma nova política de vigilância sanitária de medicamentos e faz contato com o professor Juan Ramon Laporte, e mais tarde com o professor Gianni Tognoni. Por causa de problemas com a administração pública brasileira, migra para a Escola de Saúde Pública, no Rio de Janeiro. O resultado é bem representado pela tradução do livro Epidemiologia do Medicamento, de Laporte e Tognoni que ate hoje é a única coletânea de textos em portugês sobre o assunto. Nessa época há uma tomada de consciência que a prática fiscalizadora da vigilância sanitária de medicamentos é insuficiente para levar ao uso adequado dos mesmos pela população, e se inicia um redirecionamento rumo à farmacoepidemiologia (Rosenfeld 1989).
Em 1989, foi organizado a primeira oficina de trabalho nesse campo voltado para a necessidade do uso racional de medicamentos nos serviços da área da saúde. Um outro acontecimento relevante foi a criação da Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos (Sobravine) em São Paulo, em 30 de novembro de 1990.A Sobravine é uma sociedade civil sem fins lucrativos, constituída por pessoas físicas e jurídicas com interesse em estudos e investigações científicas sobre vigilância de insumos farmacêuticos e medicamentosos. Simultaneamente a criação da Sobravine surge o Grupo de Prevenção ao Uso Indevido de Medicamentos (GPUIM), esse grupo vem atuando na área de medicamentos em atividades de pesquisa e extensão voltadas para o uso racional de medicamentos.
Nos anos 90 são implantados no Brasil vários Centros de Informação de Medicamentos (CIM), que por suas características de trabalho permitem documentar como a população e os profissionais estão utilizando os medicamentos e a eventual ocorrência de reações adversas aos mesmos.
O Sistema de Farmacovigilância no Brasil vem sendo cogitado desde a Constituição de 1988, e é referido na Lei Orgânica de Saúde Brasil (1991), porém começa ser realmente discutido após a reunião que ocorreu em Buenos Aires, Argentina, com apoio da OPAS/OMS.
A Secretária Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde promoveu em julho de 1997, uma reunião técnica para a constituição do Sistema Nacional de Farmacovigilância.Foi discutido propostas que já vem sendo trabalhadas desde 1995, e elaboram um projeto de organização e implantação do Sistema Nacional de Farmacovigilâcia Brasil (1997).
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