Fazenda Sustentável
Trabalho Escolar: Fazenda Sustentável. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: dineicc • 27/10/2013 • 4.871 Palavras (20 Páginas) • 791 Visualizações
INTERTEXTUALIDADE
Pode-se definir a intertextualidade como sendo a criação de um texto a partir de um outro texto já existente. Dependendo da situação, a intertextualidade tem funções diferentes que dependem muito dos textos/contextos em que ela é inserida.
Evidentemente, o fenômeno da intertextualidade está ligado ao "conhecimento do mundo", que deve ser compartilhado, ou seja, comum ao produtor e ao receptor de textos. O diálogo pode ocorrer ou não em diversas áreas do conhecimento, não se restringindo única e exclusivamente a textos literários.
Na pintura tem-se, por exemplo, o quadro do pintor barroco italiano Caravaggio e a fotografia da americana Cindy Sherman, na qual quem posa é ela mesma. O quadro de Caravaggio foi pintado no final do século XVI, já o trabalho fotográfico de Cindy Sherman foi produzido quase quatrocentos anos mais tarde. Na foto, Sherman cria o mesmo ambiente e a mesma atmosfera sensual da pintura, reunindo um conjunto de elementos: a coroa de flores na cabeça, o contraste entre claro e escuro, a sensualidade do ombro nu etc. A foto de Sherman é uma recriação do quadro de Caravaggio e, portanto, é um tipo de intertextualidade na pintura.
Na publicidade, por exemplo, em um dos anúncios do Bom Bril, o ator se veste e se posiciona como se fosse a Mona Lisa deLeonardo da Vinci e cujo slogan era "Mon Bijou deixa sua roupa uma perfeita obra-prima". Esse enunciado sugere ao leitor que o produto anunciado deixa a roupa bem macia e mais perfumada, ou seja, uma verdadeira obra-prima (se referindo ao quadro de Da Vinci). Nesse caso pode-se dizer que a intertextualidade assume a função de não só persuadir o receptor como também de difundir acultura, uma vez que se trata de uma relação com a arte (pintura, escultura, literatura etc).
Pode-se destacar sete tipos de intertextualidade:
• Epígrafe - constitui uma escrita introdutória, a epígrafe é um pré-texto que serve de bandeira ao texto principal, por resumir de forma exemplar o pensamento do autor.Original do necrotório do rio San River.
• Citação - é uma transcrição do texto alheio, marcada por aspas e geralmente com o nome do autor deste.
• Paráfrase - o autor recria, com seus próprios recursos,um texto já existente,"relembrando" a mensagem original ao interlocutor.
• Paródia - é uma forma de apropriação que, em lugar de endossar o modelo retomado, rompe com ele, sutil ou abertamente. Ela muitas vezes perverte o texto anterior, visando a crítica de forma irônica.
• Pastiche - é definido como obra literária ou artística em que se imita abertamente o estilo de outros escritores, pintores, músicos, etc.
• Tradução - a tradução é a adequação de um texto em outra língua, a língua nativa do país. Por exemplo, um livro em turco é traduzido para o português.
• Referência e alusão - Na alusão, não se aponta diretamente o fato em questão; apenas o sugere através de características secundárias ou metafóricas
CITAÇÃO
Antes de conhecermos as características relativas ao assunto que ora nos propomos a discutir, analisemos as palavras asseveradas a seguir:
Textos técnicos e científicos devem lançar mão de citações por dois bons motivos. O primeiro é que, normalmente, citam-se autores de outros textos já publicados. Isto é, autores cujas ideias já foram publicamente expostas, submetidas ao juízo e reconhecimento da comunidade de leitores e da comunidade científica. Se as ideias permanecem (e da forma como permanecem), seu autor merece menção, como conhecedor do assunto exposto, como autoridade científica. Segundo, ao se referenciar certo autor, fazem-se, a um só tempo, um ato de justiça intelectual (atribuir-se a ideia a seu “dono”) e um ato de honestidade científico-acadêmica (o autor que cita e referencia reconhece que a ideia não é sua). (SANTOS, 2007, p. 121-122)
SANTOS, Antônio Raimundo. Metodologia científica: a construção do conhecimento. 7 ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2007.
Tais palavras vêm tão somente confirmar a importância da credibilidade que seu discurso deve repassar ao interlocutor. No sentido de fazê-lo acreditar que suas ideias possuem fundamento, o ato de citar as ideias de outrem comprova que todo o trabalho foi resultante de uma investigação, que envolveu seriedade e comprometimento. Além disso, sem nenhuma dúvida, as citações aprimoram a qualidade científica da atividade em questão, bem como possibilitam ao leitor comprovar a fonte em que esta ou aquela ideia foi extraída, permitindo, também, que o investigador aprofunde ainda mais seu conhecimento acerca do assunto/tema em discussão.
Cientes de tais pressupostos, passemos agora a conhecer as características que norteiam um dos passos que regem o trabalho científico: as citações, visto que elas se encontram submetidas a critérios predefinidos, regidos, sobretudo, pela ABNT (Associação Brasileira de Normas e Técnicas). Assim sendo, vejamos:
* Citação direta
Trata-se de uma citação que, conforme a NBR 10520 (2002, p.2) revela ser a “Transcrição literal da parte da obra do autor consultado”. Nesse sentido, o recomendável é que todos os elementos textuais, tais como a ortografia, sinais gráficos, pontuação, entre outros, sejam rigorosamente respeitados, funcionando como uma espécie de cópia fiel das ideias reveladas pelo autor em questão.
* Citação direta curta
Tal modalidade deve obedecer ao limite máximo de três linhas, bem como deve ser inserida entre aspas no interior do parágrafo. Vejamos, pois, dois exemplos:
- Quando inserida no parágrafo: sobrenome do autor (ou dos autores), acompanhado da data e do número da página consultada:
Para Teixeira (1998, p. 35), “A ideia de que a mente funciona como um computador digital e que este último pode servir de modelo ou metáfora para conceber a mente humana iniciou a partir da década de 40”.
- Quando expressa no final da citação: SOBRENOME DO AUTOR (OU DOS AUTORES) seguido da data e do número da página em referência:
“A ideia de que a mente funciona como um computador digital e que este último pode servir de modelo ou metáfora para conceber a mente humana iniciou a partir da década de 40”. (TEIXEIRA, 1998,
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