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Fundamentos Historicos E Metodologicos Do Serviço Social

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Por:   •  25/3/2015  •  2.630 Palavras (11 Páginas)  •  284 Visualizações

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Introdução

O presente artigo visa aprofundar os conhecimentos sobre o Serviço Social, mostrando como é realizado o trabalho do/a profissional Assistente Social diante da questão social, nos diversos âmbitos de atuação, assim como, mostrar conceitos que persistem em acompanhar a profissão ao longo dos anos.

Apresentar a questão do Assistencialismo e Filantropia no contexto histórico e atual do Serviço Social, uma vez que o Assistencialismo nasceu da escassez de fontes de renda devido ao surgimento do capitalismo e do crescimento industrial, e que com o decorrer do tempo tornou-se uma cultura comodista a qual se introduziu na sociedade de tal forma que impede o cidadão/ã de lutar por sua própria dignidade, desencorajados na maioria das vezes pela falta de oportunidades e de estudos compatíveis às ofertas de trabalho.

Mostrar que as atividades filantrópicas, por sua vez, suprem as necessidades básicas de acordo com a capacidade de atuação de cada uma, são merecedoras de todo respeito, pois os voluntários que nelas atuam trabalham por amor ao próximo e sem essas instituições, muitas pessoas estariam no completo abandono.

Observa-se por fim que o leque de vagas de empregos para o exercício profissional do Assistente Social atualmente é amplo, os/as profissionais podem atuar no setor privado, na área do mercado; no setor público, nas três dimensões do Estado; e no terceiro setor, nas Instituições Filantrópicas e Religiosas, Organizações Sem Fins Lucrativos (OSFLs) e as Organizações Não Governamentais (ONGs).

Importância e reflexões acerca do Serviço Social

Falar sobre a importância do Serviço Social na atualidade é falar também de desafios e oportunidades no decorrer do exercício profissional, uma vez que o/a Assistente Social trabalha em meio às múltiplas questões sociais, sendo assim, mediante as condições impostas pelo sistema capitalista, o/a profissional passa a ser um mediador, e é nessa mediação onde vemos a enorme importância do Serviço Social.

A lei que regulamenta a profissão coloca que:

Art. 4º Constituem competências do Assistente Social:

I - elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares;

II - elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil;

III - encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população;

IV - (Vetado);

V - orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa de seus direitos;

VI - planejar, organizar e administrar benefícios e Serviços Sociais;

VII - planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a análise da realidade social e para subsidiar ações profissionais;

VIII - prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, com relação às matérias relacionadas no inciso II deste artigo;

IX - prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e sociais da coletividade;

X - planejamento, organização e administração de Serviços Sociais e de Unidade de Serviço Social;

XI - realizar estudos sócio-econômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades. (Lei nº 8.662, de 7 de junho de 1993)

A profissão de Assistente Social possui diversas áreas de atuação, o que possibilita a escolha para melhor execução do trabalho, visando sempre preservar, defender e ampliar os direitos dos usuários. Um profissional capacitado e consciente busca a justiça social, através de projetos, programas, ações e Políticas Sociais eficientes, onde haja uma orientação e possíveis resoluções para as situações enfrentadas pelos indivíduos. O processo de pesquisa e formulação de projetos é indispensável, uma vez que o objetivo para os resultados é assegurar a qualidade de vida dos usuários.

Diante das expressões das questões sociais, o/a profissional Assistente Social faz sua determinada intervenção quando formula e programa propostas para enfrentar as questões sociais, propiciando assim a plena cidadania e inserção dos usuários assistidos. A questão social é definida como o objeto de trabalho do Serviço Social, o que é confirmado nas palavras de Iamamoto:

Os assistentes sociais trabalham com a questão social nas suas mais variadas expressões quotidianas, tais como os indivíduos as experimentam no trabalho, na família, na área habitacional, na saúde, na assistência social pública, etc. Questão social que sendo desigualdade é também rebeldia, por envolver sujeitos que vivenciam as desigualdades e a ela resistem, se opõem. É nesta tensão entre produção da desigualdade e produção da rebeldia e da resistência, que trabalham os assistentes sociais, situados nesse terreno movido por interesses sociais distintos, aos quais não é possível abstrair ou deles fugir porque tecem a vida em sociedade. [...] A questão social, cujas múltiplas expressões são o objeto do trabalho cotidiano do assistente social. (IAMAMOTO, 1997, p.14)

Uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Serviço Social - CFESS traçou o perfil dos profissionais de Serviço Social no Brasil. No ano da pesquisa, em 2005, foi registrado o número de 74 mil Assistentes Sociais no país, mostrando o exercício da profissão é liderado por mulheres, sendo exercida apenas por 3% de homens.

O setor público é o que mais emprega, cerca de 80% dos profissionais, ou seja, o Assistente Social pode ser considerado um funcionário público, observa-se que esse setor é uma forte tendência de atuação. As empresas privadas empregavam um total de 10% da classe; e os profissionais de Serviço Social nas ONGs, representando o terceiro setor, somavam de 6% até 7%.

A carga horária semanal de trabalho fica entre 30 e 40 horas; a questão do salário é o que mais preocupa, pois os salários variam muito no Brasil, sem um piso salarial digno há uma intensa desigualdade em relação à remuneração, sendo assim, a questão

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