Fundamentos estéticos
Por: ddaniel_1404 • 5/4/2016 • Trabalho acadêmico • 1.541 Palavras (7 Páginas) • 184 Visualizações
Concorrência do celular faz GPS perder o rumo no país
Por Ivone Santana | De São Paulo – Adaptado para fins acadêmicos por Luis Alberto Figueiredo de Sousa
Por muito tempo os mapas impressos tiveram uma grande importância para ajudar as pessoas a localizar destinos e caminhos a seguir dentro das grandes cidades. Taxistas, motoristas, cidadãos em geral, antes de iniciar o seu percurso consultavam o mapa impresso para ter certeza que não errariam o caminho.
Era comum parar no meio do caminho para consultar o mapa e conferir se a rota estava correta e quais ajustes deveriam ser feitos, pois os mapas não indicavam com precisão qual o sentido de tráfego vigente em uma determinada via (ou seja não se sabia se era mão ou contra mão)
As empresas produtoras dos mapas impressos acompanharam a evolução tecnológica e adaptaram seu material impresso a mídias digitais que poderiam ser lidas em computador, como por exemplo o CD-ROM, que trazia a versão eletrônica dos mapas impressos.
Dessa forma os usuários ganhariam a agilidade do computador para encontrar os destinos, podendo imprimir seus mapas e riscar o trajeto sobre eles.
Ao final da década de 90 e início dos anos 2000 os mapas impressos ganharam um concorrente, totalmente diferente. Não se tratava de mais uma empresa que produzia mapas, mas sim de uma nova solução que ajudava a guiar o caminho, o GPS (GPS, na sigla em inglês para Global Positioning System).
Poucos anos depois de desembarcar no Brasil como uma alternativa prática aos mapas impressos, os sistemas de localização por satélite passam por uma transformação significativa no país. De janeiro a abril, as vendas de aparelhos caíram 63,6%, para 85 mil unidades, em comparação com igual período de 2014. Em valores, a retração foi de 61%, para R$ 25 milhões.
O resultado foi um banho de água fria para a indústria. Desde 2008, as vendas desses aparelhos evoluíram continuamente no país até atingir seu ápice, em 2013, quando foram quase dez vezes maiores que cinco anos antes.
A mudança de rumo aconteceu apenas um ano depois, como indica estudo da empresa de pesquisas Gfk.
As vendas recuaram 57,5% em 2014 em relação a um ano antes, para 493 mil unidades. Em valores, a redução foi de 55%, para R$ 141 milhões. Esse cenário engloba o desempenho dos aparelhos portáteis, que podem ser carregados pelo usuário e representam 98% do mercado, e os embarcados em veículos. São, ao todo, 25 marcas e 145 modelos. Os celulares com função de GPS não estão incluídos nesses números.
O estudo mostra que o usuário não quer mais saber simplesmente como chegar do ponto A ao B, mas quanto tempo levará para isso e como desviar dos congestionamentos. O levantamento da GfK inclui o equivalente a 80% dos canais de venda de GPS, disse Alex Ivanov, diretor de negócios da empresa. Para o executivo, não há dúvidas de que celulares e aplicativos causaram impacto nos fornecedores de GPS.
O crescente número de celulares com GPS embarcado e aplicativos de localização grátis são os principais vilões para os aparelhos de localização dedicados. Google Maps e Waze, por exemplo, fornecem informações de trânsito em tempo real, com atualização de mapa on-line. Já a maioria dos aparelhos GPS requer uma taxa anual para essa atualização, que pode variar de R$ 15 a R$ 60, e cobra pelo serviço de trânsito.
Para o presidente de uma operadora de telecomunicações, que prefere não ser identificado, o celular "matou" o GPS. Roni Wajnberg, diretor de tecnologia da informação para B2B da Oi, complementa: "O celular matou o aparelho GPS, sim. Mais de 95% das pessoas que usavam GPS agora usam celular."
Ivanov, da Gfk, discorda. "As empresas [tradicionais] têm que se reinventar para concorrer com essa convergência digital. Há nichos específicos em que podem trabalhar, mas de forma diferenciada", disse. "Não posso dizer que a câmara digital vai acabar por causa do celular. Há oportunidades nesse mercado."
Como um canivete suíço da era digital, o smartphone absorve cada vez mais funções, ocupando o espaço de câmeras digitais, filmadoras, gravadores, tocadores de MP3, tablets, TV portátil, sistema de navegação etc. Há uma preferência entre os jovens de ter um aparelho que reúna várias funções e deixe lá no passado a figura da pessoa que carregava câmera, telefone, marcador de corrida, tocador de música... enfim, parecia um soldado cheio de dispositivos.
Além de concorrer com os celulares, os fabricantes de GPS dedicados enfrentam uma competição feroz entre si. Não há fabricação local dos GPS e os dispositivos são importados da China e de Taiwan. Já os aparelhos de telefonia celular são feitos no Brasil sem cobrança de imposto, diz Claudio Ohashi, gerente-geral da Garmin Brasil. Criada nos EUA em 1989, com meia dúzia de empregados, a Garmin tem hoje mais de 9,5 mil colaboradores no mundo e atingiu receita de US$ 2,8 bilhões em 2014. A empresa aposta na venda de GPS embarcado para automóveis, instalados na linha de fabricação, como equipamento original. Este mercado é, atualmente, cativo da empresa. Ela se firmou como um fornecedor confiável e que consegue atender as demandas de adaptação que as montadoras exigem.
As quatro maiores marcas de GPS são Multilaser, Aquarius, Garmin e TomTom, nessa ordem, que respondem por 86% do faturamento do mercado brasileiro, diz Ohashi, com base em estudo da Gfk, com dados de fevereiro de 2014 a janeiro de 2015. Marcas com vendas eventuais estão deixando o país.
A predominância local tem sido de aparelhos de preço baixo. Mas a situação
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