Historia da didatica

        2)  HISTÓRIA DA DIDÁTICA

Sua história está ligada ao aparecimento do ensino, no decorrer da sociedade, da produção e das ciências como atividades planejadas e intencionais à introdução. Desde os primeiros tempos já existiam indícios formais de instrução e aprendizagem.

Nas comunidades primitivas os jovens passam por um ritual de iniciação para ingressarem nas atividades do mundo adulto.

Na antiguidade clássica e medieval também se desenvolvia forma de ação pedagógica, em escolas, mosteiros, igrejas, universidades; entretanto, não se falava em didática como teoria de ensino. Esse termo só vai aparecer a partir do momento em que os adultos começam a interferir na atividade de aprendizagem das crianças e jovens através da direção planejada de ensino.

A partir do século XVII, um pastor protestante, João Amós Comênium, primeiro educador a formular a difusão dos conhecimentos e criar princípios e regras do ensino. Ele desenvolveu ideias avançadas para a prática educativa nas escolas, eram ideias inovadoras que desempenhariam uma influência considerável em desenvolver métodos de instrução rápidas e eficientes na aprendizagem.

Para Comêniun, a interação com a educação é conduzir à felicidade eterna com Deus. Dizia que todos os homens merecem a sabedoria, a moralidade e a religião; a educação nada mais é do que um direito de todos

 3)   A AÇÃO DA DIDÁTICA

Planejamento

Existe uma distinção entre planejamento e plano:

Planejamento é uma necessidade constante em todas as áreas da atividade humana, é um processo mental que supõe análise, reflexão e previsão; é uma atividade tipicamente humana e está presente na vida de todos os indivíduos em vários momentos.

Tipos de planejamentos

a)- Planejamento de um sistema educacional

b)- Planejamento geral das atividades de uma escola

c)- Planejamento de currículo

d)- Planejamento didático ou de ensino

Função do planejamento das atividades didáticas

• Atingir os benefícios desejados;
• Superar dificuldades;
• Controlar a improvisação;
• Prever as dificuldades que podem surgir;
• Evitar a repetição mecânica;

Adequar os conteúdos, as atividades e os procedimentos de avaliação aos objetos propostos

Planejamento de ensino

È a previsão das ações e procedimentos que o professor realiza junto com seus alunos, organizar as atividades discentes, experiência de aprendizagem visando atingir os objetivos educacionais estabelecidos.

Planejar

Analisar as características da clientela, refletir sobre os recursos disponíveis, definir os objetivos educacionais mais adequado para a clientela em questão, selecionar e estruturar os conteúdos a serem assimilados; prever e organizar os procedimentos do professor, escolher os recursos de ensino mais conveniente para estimular a participação nas atividades e prever os procedimentos de avaliação condizentes com os objetivos propostos.

Característica de plano de ensino

a)- coerência e unidade;

b)- continuidade e seguimento;

c)- flexibilidade e objetividade;

d)- funcionalidade, previsão e clareza.

4 )  PIAGET E SUA TEORIA

Piaget acreditava que o conhecimento humano se construía na interação homem e meio, pois o indivíduo está constantemente interagindo com o meio ambiente, usando corpo e pensamento; matéria e a capacidade de raciocínio.

Assim como o organismo biológico é um sistema vivo e organizado a inteligência é também um sistema vivo e organizado. A inteligência se organiza em esquemas, que se modificam com o desenvolvimento mental e que se tornam cada vez mais refinadas. Ela tem a função de permitir o equilíbrio entre a pessoa e o meio em que vive no decorrer da existência.

No decorrer da existência a pessoa constrói hipóteses a cerca do meio ambiente esperando que ocorra uma situação desarrumada e isso não acontece então há um desequilíbrio. Para se equilibrar novamente, a inteligência assimilar a nova informação e acomodá-la

O equilíbrio se dá através de dois processos: A assimilação e a acomodação.

Assimilação

È o processo cognitivo de classificar novos eventos em esquemas existentes, é a incorporação do meio externo a um esquema.

Acomodação

Modificação de um esquema em função das particularidades do que precisa ser assimilado.

Durante o desenvolvimento da Inteligência existem estágios ou etapas onde predominam certas características de pensamentos e a passagem de uma etapa para outra depende principalmente da maturação.

Se não houver maturação não acontece o desequilíbrio; não havendo desequilíbrio não há aprendizagem, mas não basta a maturação é necessário aprendizagem anterior. Assim se não haver o erro não haverá o processo de aprendizagem.

È, o erro, que pode levar a pessoa se dar conta e o desequilíbrio é necessário para o desenvolvimento cognitivo e permitir o entender de como a pessoa pensa.

Essa teoria de Piaget foi apropriada pela pedagogia dando origem ao construtivismo, um método de ensino trazendo implicações na organização da sala de aula, junto aos alunos, no papel de professor

Etapas do desenvolvimento mental.

Período sensório-motor-  0 a 2 anos

Caracteriza-se, pelos reflexos ou mecanismos neurológicos, a criança começa construir esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio

O bebê pega o que está em sua mão leva até sua boca organizando um esquema de ação para a percepção

Período pré-operatório- 2 a 7 anos

Caracteriza-se, pela interiorização de esquemas de ação construídas no estágio anterior ( sensório- motor).

É centrada em si mesma, não consegue se colocar no lugar do outro, tudo deve ter uma explicação, é a fase dos “por quês”. Possui percepção global sem discriminar detalhes.

Período operatório-  7 aos 11 anos

Nessa fase começa a desenvolver noções de tempo, espaço, velocidade, ordem;  já sendo capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade.