Liderança Era Instantaneidade FGV
Por: jonatascabral • 13/10/2021 • Trabalho acadêmico • 1.491 Palavras (6 Páginas) • 303 Visualizações
[pic 1][pic 2]
Atividade individual
Matriz de atividade individual | |
Disciplina: Liderança na Era da Instantaneidade | Módulo: do 1 ao 5 |
Aluno: Renata | Turma: MBA LI – 0821-1 |
Tarefa: Para ajudar o Gustavo, elabore um texto dissertativo comentando como fatores tradicionais e modernos influenciam o cotidiano de um líder brasileiro. Escolher pelo menos dois fatores, incluir exemplos e, fazer interligações entre os temas e o conteúdo da disciplina. |
Introdução |
Exercer o papel de líder é bastante desafiador. Diversas pessoas querem assumir esta função, porém não fazem ideia do impacto que um líder pode ter em sua equipe assim como os desafios encontrados em sua caminhada. A capacidade de percepção e atitudes diante de determinados problemas, assim como a capacidade de planejar e de antever diferenciam os líderes bons dos líderes ruins. Fatores tradicionais, modernos e ainda culturais influenciam significativamente o cotidiano de um líder e, sendo assim, o presente trabalho abordará como esses fatores influenciam o cotidiano de um líder brasileiro. |
Desenvolvimento |
Definir a liderança de uma empresa sempre foi um fator que demandava uma seleção mais criteriosa. Desde muitos anos até os dias atuais, esta definição sempre requereu especificidades mais definidas, porém cada época com suas ideias de perfil ideal para assumir a função. As ideias tradicionais a respeito de um líder eram baseadas em perspectivas de traços pessoais e nas aptidões inatas, que serviam apenas para selecionar pessoas da sociedade que tinham qualidades naturais para assumir cargos de liderança. Porém o cenário moderno e de frequente evolução contestou essa perspectiva que era então seguida. Na perspectiva de traços pessoais, peso, altura, aparência, capacidade de se expressar, fluência, autoconfiança, inteligência, iniciativa, controle emocional, entre outros, eram características buscadas em pessoas para assumir a função de líder. Os líderes antigamente assumiam uma postura formal e autoritária, o que tornava os colaboradores apenas parte de um processo produtivo, porém sem valor. Este papel que antes era chamado de líder, anos depois percebeu-se na verdade que se tratava de um chefe e não uma liderança. Com o passar do tempo, essa forma de enxergar e selecionar um líder foi se modificando, alguns estudos foram sendo realizados em diversos âmbitos da vida e a visão de liderança passou a ser composta por novas perspectivas. Profissionais que ressaltavam atenção tanto à tarefa quanto a pessoas passaram ter este comportamento valorizado e enquadrado para a função de líder. Percebeu-se que um contexto situacional ao qual um líder estava inserido seria de capaz de alterar o seu comportamento, e que o estilo de liderança iria resultar de um processo de desenvolvimento pessoal. Além disso constatou-se que um líder com carisma gera liderados favoráveis à obediência e ao consentimento, então o autoritarismo já deixava de ser um padrão ideal e dava espaço a esta nova forma de liderar. Pessoas que buscam transformar a organização, reativar os sentidos de motivação e maiores propósitos, além de relacionar a forma da pessoa agir e interagir com os outros, passou a ser peças importantes para um líder de sucesso, que valoriza também os bens intangíveis. Nos dias atuais, em ambientes de constante mudança atrelado ao contexto da era da instantaneidade, os líderes são cada vez mais dinâmicos. Circular em cenários diferentes e com distintas perspectivais globais conduzindo toda equipe em um contexto tão mutável, torna ainda mais desafiador o papel do líder. Tratando-se de líderes brasileiros, questões comportamentais e tradicionais da nossa cultura devem ser bem analisadas. O personalismo, por exemplo, no qual as pessoas buscam uma relação mais próxima e ambientes de trabalho mais “amigável”, apesar de favorecer à um melhor ambiente de trabalho, o líder precisa estar atento para que a produtividade e o foco não sejam comprometidos pela relação entre os colaboradores e não impactem negativamente nos resultados. Além disso, é bastante comum na cultura brasileira uma gestão mais informal, e cabe ao líder conduzir sua equipe de maneira que as regras, padrões e os processos sejam seguidos e cumpridos também com excelência. Outro ponto importante a ser analisado é a gestão do tempo. Planejar e acompanhar o que foi proposto para que tudo ocorra dentro dos prazos planejados e/ou acordados, “correr contra o tempo” para administrar demandas urgentes em curto espaço de tempo e garantir a qualidade do que precisa ser entregue também um fato delicado que necessita do líder para garantir que tudo aconteça no padrão necessário. Percebe-se também na cultura brasileira a centralização e a autoridade forte da liderança, na qual a alta hierarquia vê a participação de colaboradores de níveis mais baixos como algo fora da perspectiva idealizada, incompleta e com pobreza argumentativa, o que acaba fazendo com que grande parte dos brasileiros sejam condicionados a aguardar sempre decisões dos superiores, mesmo se tratando de decisões corriqueiras. Diante disso esses colaboradores se sentem presos nessa condição organizacional, desmotivados a ter iniciativas e muitas vezes até com sentimento de ausência de voz ativa. Cabe ao líder manter vivo nos colaboradores o comprometimento, o não esmorecimento profissional e a adesão ao que é proposto. Nem sempre ocupar a posição de líder é fácil. Ser um líder acessível e compreensivo, que atrai e cativa os colaboradores é um importante diferencial nos tempos atuais. Essa postura humanizada beneficia um bom líder. O ritmo atual, frenético e de constante mudança de trabalho, estimula novas atitudes e habilidades, entre elas uma intimidade maior com o uso da tecnologia, que acaba gerando novas oportunidades de trabalho e otimizando o tempo. Cabe ao líder considerar a tecnologia e valorizar também o trabalho humano. Ainda estamos vivendo num contexto de pandemia no qual a saúde mental e emocional de muitas pessoas está abalada. A insegurança de estabilidade profissional, as incertezas do futuro, o medo do novo momento, entre outras questões, são fatores que podem comprometer o rendimento de uma equipe. O líder atual preocupa-se tanto com a saúde física quanto mental dos colaboradores, importa-se com a felicidade do profissional no trabalho e o equilíbrio entre a emoção e a necessidade de impor pressão para que as atividades a serem desenvolvidas sejam excelentes. Além disso, a necessidade de se reinventar em meio à um distanciamento social tornou o trabalho retomo, por exemplo, como uma solução ao problema em questão, fazendo com que o líder tivesse que se adequar à um “novo normal” e adotar uma nova forma de conduzir sua equipe. O líder atual tem uma grande e representativa influência no ambiente de trabalho. Inspirar por meio de palavras, manter a inovação como algo constante, gerenciar pessoas, possuir um conhecimento multidisciplinar, um pensamento resolutivo, uma visão inovadora e proativa, possuir pensamento crítico, saber avaliar riscos, ter empatia, dar feedbacks, respeitar o próximo, entre outras características, são habilidades essenciais de um líder atual, das quais exercem influência no cotidiano de uma pessoa na função de liderança. O que antes era apenas algo mandatório e de uma rotina mais previsível, passou a ser algo mais estratégico, humano, dinâmico e mutável. |
Considerações Finais |
Ser um bom líder, em qualquer cultura, requer uma diversidade de habilidades, podendo assemelhar-se em algumas localidades e outras existir algumas perspectivas diferentes. É notória a existência de um cotidiano dinâmico e muitas vezes imprevisível na vida de um líder, faz parte também da sua rotina desenvolver na equipe o acompanhamento das mudanças do mercado e promover o bom relacionamento entre os colaboradores. De modo geral, no Brasil o tipo de líder que mais agrada é o paternalista, no qual o cotidiano é pautado principalmente em feedbacks, em desenvolver uma comunicação eficaz com seus liderados, na resolução de conflitos e em proporcionar uma relação harmoniosa entre a equipe. Atrelar isso à entrega de excelentes resultados, cumprimento de meta e prazos e ainda manter viva na equipe o censo inovador, é bastante desafiador para o líder brasileiro. Não apenas isso, se reinventar em meio à um cenário totalmente desconhecido em que a tecnologia passou a ser uma ferramenta totalmente necessária para que o modelo de trabalho home office fosse eficaz, como no atual momento de pandemia, impulsionou os líderes de todos os segmentos a inovar em sua forma de conduzir a equipe e manter a produtividade e excelência das atividades. O dia a dia do líder brasileiro passou por bastante mudança com o passar dos anos, no qual antes era apenas ditar ordens e cobrar a execução, enquanto hoje o cotidiano do líder vai além, incorpora a equipe cada vez mais à sua rotina, os aproxima, insere nas decisões, motiva, ensina, estimula a inovação e os auxilia a compreender e a se inserir num modelo de trabalho dinâmico e mutável. A caminhada do líder brasileiro, quando construída de uma forma que acompanhe a velocidade do mercado associada à condução plena da equipe, faz desse profissional uma referência. |
Referências bibliográficas |
MOTTA, Paulo Roberto. Liderança na era da instantaneidade. Conteúdo online disponível em: www.ls.cursos.fgv.br. Acessado em 04/09/2021. CHU, Rebeca; WOOD, Thomaz. Cultura organizacional brasileira pós-globalização: global ou local? Conteúdo online disponível em: . Acessado em: 19/09/2021. |
...