MULHERES NO CRACK: O ABUSO E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Trabalho Escolar: MULHERES NO CRACK: O ABUSO E SUAS CONSEQUÊNCIAS. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Milenecluiz • 18/11/2014 • 2.137 Palavras (9 Páginas) • 267 Visualizações
RESUMO:
Nesse artigo vamos abordar quais são as motivações e as vulnerabilidades iniciais que rondam o usuário de crack. Em geral não se destacando a diferença de sexo, a problematização em torno desta nova questão social vem gerando discussões e mobilização acerca do assunto, onde autoridades médicas e governamentais buscam uma solução plausível, onde o interesse seja em como deve ser tratado e quais os métodos para curar tal doença. Muito se fala sobre o abuso do crack entre o gênero feminino, consequentemente não há o aprofundamento ideal em tal grupo especifico de dependentes, por isso iremos abordar com mais intensidade tal preocupação.
Palavras-chave: Mulheres – Crack - Sexo
1. INTRODUÇÃO
O artigo busca detalhamento em como é a vida dessas usuárias, suas motivações, as estratégias para conseguir o crack e as consequências que lhes foram causadas nesse ciclo vicioso. Nessa nova questão social é necessário entender o processo que levam mulheres ao abuso do crack e quais foram as motivações que levaram a tomar esse rumo da vida, e como seus familiares e a sociedade as veem.
O trabalho busca compreender especialmente as vulnerabilidades iniciais desse grupo, buscando verificar que o inicio do uso do crack pelo sexo feminino, não está ocorrendo apenas na adolescência, mas tem se iniciado também na fase adulta, onde na maioria das vezes, se julgam incapazes e frustradas com a vida que teve e que tem levado, sem oportunidades e compreensão de seus familiares principalmente, pois dentro dessa população de dependentes de drogas ilícitas, da população de excluídos, essas mulheres são vistas como as excluídas dentre os excluídos.
O trabalho busca mostrar que a diferença por gênero chama a atenção pelo o fator de demostrar uma acentuada vulnerabilidade da mulher nas questões de uso e abuso do crack.
2. DESENVOLVIMENTO
O crack é uma droga ilícita e passou a ser conhecido no Brasil nos anos de 1990. Também conhecido como pedra, a substância psicoativa é composta de cloridrato de cocaína, dissolvida em água e aquecido após o incremento de bicarbonato de sódio, nesse processo é formado uma película fina, uma espécie de “casca”, que é retirada, secada em papel, e assim, a substância passa a ser passível de consumo.
O nome crack deriva-se do som produzido pelo cloridrato de cocaína, que quando é queimado aproxima-se de uma temperatura de 95º C, que após a sublimação, os vapores são absolvidos rapidamente pelos pulmões, e em cerca de 8 segundos o crack alcança um prazer instantâneo, prazer mediado pelo transmissor dopamina, produzindo efeitos centrais mais rápidos do que outras vias de utilização da cocaína (intravenosa e nasal). Esse tempo curto de prazer faz do crack uma droga muito “atraente”, contudo muito perigosa. Devido à facilidade de ser encontrado e ao baixo custo, é atualmente a droga mais procurada para consumo.
Os efeitos iniciais produzem uma intensa sensação de êxtase, ilusão de onipotência e grande autoconfiança, mas após o término dessa rápida sensação de prazer, vêm os efeitos tipicamente acompanhados de disforia1, compulsão e fissura.
A fissura definida como vontade irresistível de usar a droga, torna o usuário agressivo, e isso o faz utilizar de qualquer estratégia para comprar a droga: rouba, vende seus pertences e de seus familiares, faz troca sexuais, e entre outros. Mesmo para o usuário que já fez tratamento e não depende mais da droga, a fissura o acompanha para a vida toda.
Além da fissura outros efeitos pode surgir acerca do abuso da droga, são eles: agitação, alucinação, paranoia, delírio. Entre esses efeitos causados pelo uso crônico da droga, a paranoia, se destaca pelo caracterização de um medo terrível, o que os torna, na maioria das vezes, desconfiados e violentos.
Com o passar do tempo, o usuário começa a aumentar a dose em busca dos efeitos agradáveis iniciais, o que os torna dependente direto da substancia, logo, o abuso e a falta de controle o faz aumentar a intensidade e frequência de uso, por
outro lado, em busca dos efeitos iniciais, vem consigo a ansiedade, depressão e sentimento de angustia.
A intensidade e o rápido início da euforia combinados com a forte compulsão de uso que os usuários desenvolvem, fazem do crack a droga devastadora do século, devastando a juventude e famílias brasileiras, problema esse, que assumi tal proporção e vem trazendo acerca da sociedade, mobilizações que coloca em questão como o usuário dessas drogas devem ser tratados. Seria uma questão de saúde ou de policia?
De um lado autoridades de saúde e outros especialistas dizem que o viciado em crack é uma pessoa doente e como tal deve ser tratado. Esta é, por exemplo, a opinião do médico e escritor Dráuzio Varella, para quem o problema não é um caso de polícia, mas de saúde pública. “O dependente de crack deve receber apoio social e ser tratado com critérios semelhantes aos que usamos no caso dos hipertensos, dos diabéticos, dos portadores de câncer, Aids e de outras doenças crônicas”, diz o médico.
Em questão, autoridades adversas, preferem tratar os usuários como problema de policia, no caso, jogando-os em cadeias lotadas, solução conservadora e ultrapassada, na qual foi rejeitada pela Legislação brasileira. Diante do exposto, o usuário passa a ser diferenciado do traficante, conforme pode ser visto no artigo 28 da lei 11.343/06:
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:
I. Advertência sobre os efeitos das drogas.
II. Prestação de serviços à comunidade.
III. Medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
Portanto, o que pode ser visto é que a dependência do crack é uma questão social e deve ser resolvido com dialogo, apoio médico e social, é importante ressaltar que a família tem papel fundamental na preservação e tratamento desses indivíduos.
O crack impõe um desafio para as politicas publicas, não só pela quantidade, uma vez que os números de casos de alcoolismo são bem maiores, mas porque é
preciso encontrar uma nova estratégia de atuação,
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