Marcelino Pão e Vinho
Por: Celso Ribeiro • 16/2/2016 • Resenha • 1.813 Palavras (8 Páginas) • 1.274 Visualizações
MARCELINO PÃO E VINHO
Ficha Técnica do Filme
- Diretor: Ladislao Vajda
- História: José María Sánchez Silva
- Roteiro adaptado: Ladislao Vajda
- Realização: 24 de fevereiro de 1955
- País: Espanha
- Música original: Pablo Sorozábal
- Edição: Julio Peña
- Decoração: Antonio Simont
- Desenho de costumes: Manuel Comba/ Eduardo de la Torre
- Maquiagem: Roque Millán (assistente)/ Carmen Sánchez (estilista de cabelo)/ José María Sánchez (maquiagem)
- Assistente de direção: Fernando Palacios
- Som: Alfonso Carvajal/ Jesús Moreno
- Câmera: Luciano Carreño/ Salvador Gil/ Antonio Luengo
- Assistente de produção: Federico del Toro
- Assistentes de religião: Antonio Garau/ Esteban Ibáñez
Sinopse
O filme Marcelino Pão e Vinho, de grande sucesso, é originário da Espanha e chegou ao cinema espanhol em 1955.
A história tem seu início no século XVIII num dia de festa numa pequena aldeia espanhola onde um frei franciscano vai visitar a uma menina que se encontra doente na cama.
Lá chegando o frei resolve contar para a menina doente a lenda de Marcelino, uma criança órfã de pai e mãe, que após a morte deles é abandonada à porta do mosteiro.
Certa manhã, quando os galos ainda dormiam, um dos frades teve uma grande surpresa ao abrir o portão principal do monastério. Ouviu um choro junto à porta, apenas encostada. Quase tropeça numa espécie de trouxa que se mexia. O frade então recolheu a criaturinha e entrou no convento.
Então o bom irmão chamou os seus companheiros para contar o que havia encontrado. Logo todos começaram a cuidar das primeiras necessidades da criança. Depois começaram a pensar em o que fazer com ela. Como naquele momento não havia nada a fazer resolveram provisoriamente ficar com a criança.
Logo trataram de batizar a criança com o nome Marcelino, o santo daquele dia. Depois o frade superior do Monastério encarregou a todos de procurarem discretamente nas redondezas se havia alguma criança desaparecida ou alguém que tenha dado a luz recentemente.
O tempo foi passando, mas nenhuma notícia sobre a criança foi descoberta. No monastério os padres faziam o que podiam para cuidar dela. Por dias e dias o choro da criança atormentou a todos, mas assim mesmo foram conseguindo cuidar da criança com a ajuda do pessoal da aldeia.
Os frades passaram a ter um carinho todo especial pela criança, que era a alegria do monastério, e logo chegaram à conclusão de que a mãe da criança provavelmente havia morrido. Assim, sabendo que eles não tinham condições de cuidar dela resolveram encontrar uma família boa para o pobre Marcelino.
Foram consultadas pelos frades muitas famílias, mas praticamente nenhuma tinha condições de ter mais uma boca para alimentar, pois eram tempos difíceis. O vice-prefeito aceitou ficar com a criança, porém ele era um homem mau e gostava de bater nos filhos. Os frades então resolveram não entregar a ele a criança, o que fez com que ficasse muito bravo.
Depois de várias tentativas infrutíferas na busca de uma família para o menino, o padre superior decidiu que Marcelino ficaria no monastério, onde todos os 12 frades se encarregariam da educação da criança.
O prefeito da cidade, um homem bondoso que sempre colaborou com os freis na manutenção do monastério e na criação de Marcelino morreu pouco tempo depois, e o ferreiro que era o vice-prefeito assumiu o cargo. E já no dia seguinte o novo prefeito foi até o monastério para pedir a guarda de Marcelino e novamente esta lhe foi negada.
Bastante irritado pela recusa na adoção de Marcelino, o Prefeito passou a ameaçar retirar os frades daquele local. Sem poder contar com o apoio dos moradores daquela aldeia, o novo prefeito por enquanto não realizou o que planejava.
Marcelino crescia fazendo travessuras e levando todos no convento à loucura com sua desobediência e imaginação; mediante a solidão e a falta de crianças de sua idade para brincar, se diverte inventando apelidos para os frades: Frei Blém-Blém, o sacristão, Frei Porta, o porteiro, ao fundador do Mosteiro que era enfermo e velhinho, “Frei Dodói”; ao que sugerira o seu batizado, para evitar que ele fosse retirado do convento, “Frei Batizo”; e ao irmão cozinheiro, “Frei Papinha”. Todos adoravam a criança e agora Marcelino já estava com cinco anos de idade. Sua vida no monastério era igual a de qualquer garoto, porém ele sentia falta de um amigo da idade dele para brincar.
Certo dia parou no monastério uma família que estava com sua carroça quebrada. Marcelino rapidamente correu para conhecê-los, e ficou encantado com a mãe e seu bebê, A senhora tinha também outro filho chamado Manuel, da mesma idade de Marcelino, o qual ele não conheceu. Quando a senhora perguntou sobre a sua mãe a Marcelino ele ficou sem jeito e também intrigado com isso. Apesar de Marcelino não ter conhecido Manuel pessoalmente, resolveu adotá-lo com um amigo imaginário.
Marcelino sempre perguntava a si próprio qual a sua origem e família, quem seriam sua mãe e seu pai, pois sabia que outros meninos, a exemplo de Manuel, seu amigo imaginário, possuíam mãe e pai. Ao perguntar a alguns frades, ouvia que sua mãe estaria no paraíso.
O pátio e a horta do convento eram os lugares privilegiados em que Marcelino encontra seus verdadeiros brinquedos: os animais. Sejam eles os rastejantes, como lagartixas, aranhas, escorpiões, ou os alados: moscas, libélulas, mariposas, besouros, gafanhotos. Começou a fazer travessuras de todas as espécies. O pátio e a horta, além dos espaços internos do convento, são lugares permitidos a Marcelino; há, entretanto, uma proibição: a de subir as escadas do celeiro e do sótão, muito estragadas e perigosas para uma criança.
Os frades o assustavam dizendo que, no sótão, se escondia um homem muito alto, que podia apanhá-lo e levá-lo para sempre. O sótão transforma-se desse modo em lugar de mistério e a palavra não subir as escadas atiçava ainda mais a curiosidade de Marcelino e sempre que podia tentava subi-las e também por diversas vezes acabava sendo flagrado tentando subir e levava uma bronca dos frades.
Depois de algum tempo, Marcelino desobedece aos freis, sobe as escadas e lá encontra um quarto cheio de ferramentas perigosas e depois dele existe uma porta que dá acesso a outro quarto, no qual ele acreditava estar o gigante que os freis lhe disseram. Com muito medo, mas com uma curiosidade ainda maior, Marcelino resolve dar uma olhada para verificar o que havia detrás daquela porta e lá avistou uma enorme e antiga cruz com Jesus Cristo, e, assustado com a visão ele sai correndo de lá.
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