Memorial educadores e educandos: tempos históricos

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INTRODUÇÃO

A disciplina Educadores e Educandos: tempos históricos tem como objetivo compreender e conhecer o surgimento dos modos de educação, a criação das escolas, os movimentos que surgiram em defesa dos direitos sociais, conquistas educacionais ao longo do tempo. Estudar p processo histórico da educação permite enxergar nossas raízes, o que somos e como agimos em nossa cultura.

DESENVOLVIMENTO

Memorial apresentado no curso de Secretaria Escolar como requisito avaliativo da disciplina de Educadores e educandos: Tempos Históricos.

Aula 1 –A EDUCAÇÃO BRASILEIRA ONTEM E HOJE

Compreender a trajetória da educação permite entender os processos educativos na formação humana de homens e mulheres, possibilitando ler o mundo e agir sobre ele, melhor os processos de ensino assim nos ensinou Paulo Freire. Atualmente todos nós temos responsabilidades sociais que envolve ações, vivências, práticas pedagógicas, enfim, todos somos convidados a educar socialmente a nós mesmos e a sociedade. A escola contribui totalmente para a formação humana, pois ela transmite os conhecimentos já estabelecidos pela sociedade, mas também possibilita o estudante conhecer, questionar, interagir, inovar, participando das decisões e cria novas formas de cultura.

Aula 2- AULAS RÉGIAS E A EDUCAÇÃO APÓS A CHEGADA DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA

No início da colonização vieram para o nosso pais muitos religiosos com o objetivo de evangelizar, catequizar, difundir valores, dogmas e princípios cristãos aos nativos, ou seja, eles queriam introduzir toda a cultura europeia, desconsiderando que estes povos nativos já tinham um modo viver. Era por este motivo que a relação dos colonizadores com os nativos era turbulenta pois muitos se recusavam a aceitar essa nova cultura. Além disso tinham o objetivo através da educação propagar a ideia de que o trabalho dignificava o homem, contribuindo assim com a coroa portuguesa. A educação foi formalizada em 1959, mas destinava a educação das elites, filhos de portugueses e dos senhores de engenho, observamos que a educação ainda era privilégios de poucos. No ano de 1772 foram cridas as Aulas Régias, dirigidas por Marquês de Pombal e consistia numa educação com modelo europeu, os professores eram contratados e vinha de Portugal, mas também não mudou muita coisa essa educação também era para a elite.

Aula 3- A EDUCAÇÃO ESCOLAR NAS PROVINCÍAS E A DESCENTRALIZAÇÃO DO ENSINO

Dom Pedro I conduziu o Brasil num período denominado primeiro reinado de 1821 a 1831, nesse período a educação continuava destinada as elites, filhos de fazendeiros, ou seja, a educação era destinada aos ricos, em quanto a camada pobre da sociedade continuava sendo explorada e sem acesso à educação. Além disso surgiram muitos movimentos reivindicando melhorias nas condições de vida da população pobre. Em 1924 foi outorgada por Dom Pedro I a Constituição Federal determinava em seu no Art. 179 § 32 a instituição primária é gratuita a todos os cidadãos. Ressaltamos que cidadãos nessa época eram aqueles que possuíam propriedades, terras, bens e participavam do governo local. Na verdade, a educação continuava precária, as estruturas das escolas não eram boas, insuficientes, faltavam professores e material didático, nos dias de hoje ainda nos deparamos com escolas também nessas mesmas condições, infelizmente os nossos governantes não querem ver a educação como um meio para alavancar o desenvolvimento de nosso pais e a solução de muitos problemas que assolam nosso pais hoje. No segundo reinado criaram-se os liceus, as escolas normais, escolas paroquiais, as escolas domesticas ou particulares, os seminários, os colégios masculinos e femininos e os internatos. Essas escolas não admitiam escravos e os negro libertos maiores de 14 anos, só podiam estudar nos cursos noturnos e as despesas com a iluminação deveria ser do Ministério do Império. A grande Maioria continuava sem acesso à educação. Os Governantes negaram a população negra e pobre o direito a formação humana. As mulheres tiveram que lutar e enfrentar obstáculos contra as normas estabelecidas pela igreja católica e até mesmo a cultura machista de que mulher não precisava estudar e sim cuidar apenas do lar e dos filhos, assim não davam oportunidade para que a mulher frequentasse a escola. A partir da reforma do Ensino Primário em 1883 proposta por Rui Barbosa perceberam a necessidade de ter funcionários nas escolas como: diretor, secretaria bibliotecário, etc.

Aula 4 – A REPÚBLICA DOS CORONÉIS E AS PRESSÕES POPULARES PELA EDUCAÇÃO ESCOLAR

Em 1890, foi instalada a República Brasileira, onde se esperava alcançar a ordem e o progresso. Para alguns era a possibilidade de descentralização do ensino, já para os analfabetos e trabalhadores, não compreendiam o que isso significava. O Governo naquela época se endividava externamente e tinha muitos problemas sociais. A escola pública era privilégios de poucos. Os filhos da elite recebiam melhor formação escolar, e isso os colocava em melhores condições. Lendo sobre a história da educação do nosso país, percebo que a educação por muitos anos não foi levada a sério, nesse processo histórico negros, índios, trabalhadores pobres, permaneciam analfabetos, isso reflete em nossos dias de hoje e que traz inúmeros problemas ao país. Na República era preocupante a situação do analfabetismo, pois pregavam uma sociedade moderna um país industrializado e bem desenvolvido, mas não tinham mão de obra qualificada, então coube a escola fazer seleção e profissionalização daquela que serviam para serem mandados e aqueles que tinham maios poder aquisitivo eram preparados para serem dirigentes e burocratas. Hoje em pleno éculo XXI nos encontramos em uma situação bastante difícil em relação ao analfabetismo, pois agora temos uma nova classificação para estes, o analfabeto funcional, são pessoas que aprenderam apenas seu próprio nome ou sabem ler e escrever, mas não compreendem o que leem. Na minha vivência com junto à comunidade escola, percebo que a maioria das pessoas com baixo nível de escolaridade trabalham em serviços braçais, pesados em alguns casos até desumanos. Para mudar essa realidade em minha opinião os governantes precisam investir mais na educação, desenvolver projetos que busquem o compromisso firme entre escola e família, pois não adianta os professores estarem bem preparados e capacitados se não tem o apoio da família para incentivar os alunos a estudarem, ir para escola, ensinar os valores morais, etc. Acredito assim teríamos uma educação de qualidade com bons cidadãos e profissionais.

Aula 5 – MANIFESTOS DA EDUCAÇÃO AO POVO E AO GOVERNO

O Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova de 1932, regido por Fernando de Azevedo, representou a tomada de posição dos intelectuais liberais, que propuseram a reconstrução da Educação no Brasil, estes defendiam a universalização da educação, laicidade, gratuidade e obrigatoriedade para todos. No manifesto Mais Uma Vez Convocados de 1959, também defendiam a escola pública, laica, gratuita e obrigatória para todos. A educação sempre foi uma atividade voltada para o trabalho e o desenvolvimento cultural. Quando na verdade deveriam formar primeiro cidadãos críticos, sabedores de seus direitos, compreendidos quanto ao mundo em que vivem para depois desenvolverem suas habilidades trabalhistas. A educação foi desconsiderada por muitos anos pelas autoridades, o número de analfabetos se tornou visível, propondo a reconstrução da educação no Brasil, que foi pensada em função da necessidade da mão de obra qualificada para o desenvolvimento industrial. O Manifesto dos Pioneiros, propõe princípios bastante desejados ainda hoje, outros realmente já conquistados como gratuidade, laica obrigatoriedade, etc. Acredito que um dos principais problemas que ainda hoje permanecem em nossa sociedade seja o analfabetismo, agregado a isso surgem novos problemas como violência, indisciplina e drogas.

Aula 6 – A EDUCAÇÃO PÚBLICA NA DITADURA MILITAR

No período da Ditadura Militar em 1964 os militares usavam da crueldade para com aqueles que eram contrários a suas ideias. Para manter o controle moral nas escolas e universidades, os militares introduziam disciplinas como Ed. Moral e Cívica, Organização Social, etc. Além disso alunos e professores eram vigiados constantemente e punindo se fossem contrários ao regime. Nesse contexto os direitos políticos e sociais foram retirados de toda a população, imperando o autoritarismo dos governantes que indicavam diretores para as escolas. Podemos concluir que a ditadura influenciou na vida de muitas pessoas, desencadeou muitos movimentos contra esse tipo de regime, na educação teve até uma influência positiva que foi o surgimento das escolas profissionalizantes, hoje temos o ensino médio técnico, onde muitos jovens saem profissionais em alguma área, deixando-os preparados para o mercado de trabalho, ou até mesmo influenciando na decisão de cursar uma faculdade. Na Redemocratização os profissionais da educação foram representados através dos sindicatos, entidades científicas, associações, congressos, fóruns, movimentos populares, realização de greves, manifestos, elaboração de Projetos de Leis e o Plano Nacional de Educação: Proposta da Sociedade Brasileira, sempre com o objetivo de defender os direitos sociais em especial queriam uma educação pública, gratuita, laica, democrática e de qualidade. Depois de muitas lutas conseguiram os seus direitos, tornando a educação pública, direito de todos e o financiamento ficou por conta do governo. Além disso conquistaram também a cidadania.

Aula 7 IDENTIDADE PROFISSIONAL E PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Visando a democracia, muitas lutas foram efetivadas em 1985, ocorreram muitas manifestações populares, que almejavam vivenciar a cidadania. A educação passou ser um direito do cidadão e dever do Estado, muitos jovens e adultos procuravam a escola para se profissionalizar, pois percebiam que estavam perdendo lugar para a máquinas e para aqueles mais bem preparados, além disso as empresas exigiam cada vez mais queriam trabalhadores escolarizados. Com tantas mudanças a escola passou a ser questionada em relação seu fazer pedagógico e a sua organização, para esses questionamentos surgiu o PPP – Projeto Político Pedagógico que visa o fortalecimento das ações e da participação de toda a comunidade escolar, é um documento elaborado coletivamente em que todos assumem a responsabilidade da educação como um bem de todos, num contínuo exercício da democracia e justiça social.

Aula 8- POLÍTICAS PARA A EDUCAÇÃO PÚBLICA: DIREITO E GESTÃO

Neste momento a economia do país não ia muito bem, em 1989 Brasil participou de uma reunião sobre medidas adotadas para países que não desenvolviam, e na ocasião assinaram um documento com medidas a serem implantadas, exemplo dessas medidas foi permitir a entrada de bancos e liberar o comercio, privatização, etc. A estratégia que mais se fortaleceu em nosso país foi a privatização, pois acreditavam que dessa forma resolveriam os problemas da ineficiência e qualidade nos serviços públicos. Como método desse modelo econômico neoliberal a ser implantado pelos governos dos países devedores uma das mais significativa foi a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério - FUNDEF , No final de 2006 o FUNDEF foi substituído pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB, cada Estado tem um fundo de arrecadação proveniente de impostos e transferência dos Estados, Distrito Federal e dos Municípios. Na verdade, o que percebo ao longo desse período, foi a comercialização da educação, exemplo disso temos, a relação entre quantidade de alunos e recurso entregue a escola, quanto mais alunos mais dinheiro, as faculdades particulares, são muitas que não se comprometem com a educação em formar bons profissionais e sim com o dinheiro que cada aluno irá pagar. Na minha opinião temos conquistado muitos benefícios para educação no decorrer da história, mas ainda temos que nos preocupar principalmente com a qualidade da educação que é oferecida, passando para os alunos os valores sociais, como também conteúdos que serão exigidos a ele quando for prestar um vestibular, uma prova de seleção, uma prova de concurso, ou seja, prepararmos nossos alunos para conquistarem seu lugar neste mundo e não um simples certificado de conclusão.

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