Microbiologia
Seminário: Microbiologia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: romiki • 21/11/2014 • Seminário • 440 Palavras (2 Páginas) • 244 Visualizações
Os fungos são geralmente reconhecidos, primeiramente, pela sua capacidade de decompor a matéria orgânica. Relativamente poucos fungos são suficientemente virulentos para serem considerados patógenos primários. Estes são capazes de iniciar uma infecção em um hospedeiro normal, aparentemente imunocompetente. Eles são capazes de colonizar o hospedeiro, encontrar um nicho micro ambiental com substratos nutricionais suficientes, a fim de evitar ou subverter os mecanismos de defesa do hospedeiro, e se multiplicar dentro do nicho micro ambiental. Entre patógenos fúngicos primários conhecidos se encontram quatro fungos ascomicetos, os patógenos dimórficos endêmicos Blastomyces dermatitidis, Coccidioides immitis (e C. posadasii), Hstoplasma capsulatum e Paracoccidioides brasiliensis. Cada um destes microrganismos possui fatores de virulência que lhes permitem romper ativamente as defesas do hospedeiro e que habitualmente restringem o crescimento invasivo de outros microrganismos. Quando um grande número de conídios desses quatro fungos é inalado por humanos, mesmo se esses indivíduos forem saudáveis e imunocompetentes, habitualmente ocorre infecção e colonização, invasão tecidual e disseminação sistêmica do patógeno. Como ocorre com a maioria dos patógenos microbianos primários, estes fungos podem também agir como patógenos oportunistas, uma vez que as formas mais severas de cada uma destas micoses são vistas mais frequentemente em indivíduos com comprometimento das defesas imune inata e adquirida. Geralmente, indivíduos saudáveis e imunocompetentes apresentam alta resistência inata à infecção fúngica, apesar de serem constantemente expostas às formas infecciosas de diversos fungos presente como parte da microbiota endógena (endógenos) ou no ambiente (exógenos). Os patógenos fúngicos oportunistas, como Candida, Cryptococcus spp. e Aspergillus spp., somente causam infecção quando ocorrem quebras nas barreiras protetoras da pele e membranas mucosas ou quando a falhas no sistema imune do hospedeiro. Entretanto, mesmo nas infecções oportunistas, há fatores associados ao organismo, e não ao hospedeiro, que contribuem para a capacidade do fungo causar doença. Além dessa função, algumas espécies são capazes de provocar infecções, tanto em plantas quanto em animais e em humanos. Em humanos, as infecções fúngicas não costumam evoluir para quadros mais sérios de complicação. Entretanto, quando se trata de alguém com a imunidade comprometida, como portadores do vírus HIV, diabéticos, transplantados, etc., podem ser devastadores e, inclusive, provocar a morte em curto espaço de tempo. Muitos fungos vivem, de forma harmoniosa, em nosso corpo. Entretanto, situações que propiciam sua superpopulação podem provocar problemas. A candidíase e a pitiríase versicolor (pano branco) são alguns exemplos. Ambas são micoses, que é o resultado da proliferação demasiada destes organismos na pele. Em alguns casos, os mesmos agentes de infecções cutâneas, ou outras espécies, podem colonizar regiões diferenciadas, como o aparelho respiratório, sistema nervoso, genital e gastrointestinal. Para agravar o quadro, algumas liberam toxinas: as chamadas micotoxinas piorando ainda o quadro.
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