Movimento Pela Qualidade

Como o conhecimento individual pode ser convertido em conhecimento organizacional?

Entende-se que conhecimento é a utilização de informações e de dados acoplados ao potencial das pessoas, suas competências, ideias e vivencia, é dividido em duas modalidades, o conhecimento tácito que é aquele adquirido pela experiência e o conhecimento explícito que é aquele que comunicamos por palavras e gestos, porém nem sempre é fácil adquirir e administrar tal conhecimento, pois o mesmo envolve diretamente a experiência e o contato com as pessoas.

Tendo noção disso , as empresas e organizações procuraram formas de captar esse conhecimento e após isso dissemina-lo visando melhores resultados para a empresa , mas também , com o foco no desenvolvimento humano , porém era primeiramente preciso buscar formas de adquirir esse conhecimento , foi ai que surgiram métodos para essa captação , como , a compra de outra empresa onde já se tenha o conhecimento desejado , a contratação de pessoas com um vasto conhecimento , ou até de formas não tão complexas , como treinamentos e cursos externos .

Porém do que adianta o conhecimento gerado ou adquirido na organização se não houver o compartilhamento, sabe-se que de alguma forma ele é compartilhado mesmo que não gerenciemos o processo, pois já há uma tendência natural das pessoas a procurarem alguém que já tenha mais conhecimento que os outros para a solução de algum problema.

Mas assim como para a aquisição , para a disseminação do conhecimento surgiram também diversos métodos que podem ser aplicados em qualquer organização , tais como , o rodizio de pessoas entre setores , pois ao assumir a nova função , esta pessoa estará mais apta a compreender melhor a forma como o trabalho do novo departamento impactará o outro e , tendo a abertura necessária , vai procurar melhorar as práticas do setor , visando uma contribuição mais efetiva , outra maneira seria o estimulo as conversas dentro da empresa , pois as pessoas descobrem aquilo que sabem e espontaneamente compartilham este conhecimento com os colegas , outra forma que vem sendo muita usada nos últimos anos são os chamados ambientes Ba , ou seja , espaços compartilhados que servem de base para a criação de conhecimento ( salas de reunião , sala de bate-papo , fóruns , etc. ) .

Enfim , através desses meios é possível transferir o conhecimento individual , em conhecimento organizacional , porém vários fatores podem levar à não utilização do conhecimento adquirido , entre eles estão a desconfiança quanto à fonte , o orgulho , a teimosia , a falta de tempo ou oportunidade e o medo de assumir riscos ( e isso é ainda mais claro nas empresas que punem erros ) , pesa também a autoestima das pessoas , que podem se sentirem desconfortáveis por lançarem mão de ideias que não sejam originalmente suas.

Cabe às organizações estarem atentas para esses pontos, que podem abortar

todo um esforço de disseminação de conhecimento, lembrando sempre que,

definitivamente, “saber não é o mesmo que fazer” ( Davenport e Prusak , 1998 : 123 ) .

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