Negocio Televisivo

A televisão está inserida na esfera capitalista, e assim privilegia a incessante busca pelo lucro por meio de programas que reproduzem valores padronizados e desprovidos de senso crítico. Consequentemente, está introduzido como hábito de seu público o consumo de entretenimento de baixa qualidade, única categoria televisiva realmente investida por esse meio de comunicação.

O mundo televisivo é sustentado pelos comerciais publicitários, o que comprova a grande carga destes nos intervalos entre a exibição de seus programas. Com isso, a televisão sofreu um desvio de seu objetivo inicial, que era informar seu público, podendo caracterizar esses comerciais como a verdadeira programação.

Este nada promissor instrumento tem um poder de influência gigantesco, uma vez que reproduz estereótipos de comportamentos dos indivíduos, como por exemplo, os padrões de beleza. Além disso, a recorrente apresentação de cenas de violência, consumo, sexo em horário inapropriado e drogas pode ser ainda mais nociva a aqueles ainda em formação de sua opinião crítica.

Como instrumento de massa que é, e monopolizado pela classe dominante, a televisão pode ser considerada um meio de assegurar a dominação dos detentores de bens sobre os despossuídos, uma vez que estes tomam para si valores que não são seus. Essa configuração potencializa e acentua a desigualdade existente na realidade, como também demonstra a sua capacidade de manipular o comportamento e costume de seu público.

Dessa maneira, é preciso filtrar o conteúdo apresentado na televisão, não tomando como verdade tudo o que oferecido por esse instrumento, demonstrando argumentos críticos e questionadores acerca da realidade transmitida, tendo em visto o seu caráter de deformação.