O Conflito De Interesses Entre Distribuidor E Fabricante
Artigo: O Conflito De Interesses Entre Distribuidor E Fabricante. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: KATIANNE • 7/11/2013 • 3.112 Palavras (13 Páginas) • 969 Visualizações
CONFLITO DE CANAL:
O conflito de interesses entre distribuidor e fabricante
Preparado pelo Prof. Ricardo D’Alò de Oliveira, da ESPM-RS.
Recomendado para as disciplinas de: Administração e RI.
Este é um caso fictício, cuja elaboração é de exclusiva responsabilidade do autor. Desenvolvido unicamente para fins de estudo em ambiente acadêmico. Eventuais semelhanças com fatos reais terá sido mera coincidência. Direitos autorais
reservados ESPM.
2007
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Central de Cases
CONFLITO DE CANAL:
O conflito de interesses entre distribuidor e fabricante
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RESUMO
O presente relato está baseado na experiência do autor. O caso fala sobre um conflito
entre um fabricante brasileiro de embalagens térmicas e seu distribuidor Argentino. O
desempenho estava aquém do esperado pelo fabricante que necessitava reformular
sua operação nesse mercado, encontrando forte oposição do distribuidor que se considerava
exclusivo.
PALAVRAS-CHAVE
Distribuição, negócios internacionais, exportação, cadeia de valor, internacionalização
de empresas, canais de marketing internacional.
| Central de Cases 4
Introdução
As relações comerciais são boas enquanto as partes envolvidas estão satisfeitas com
os resultados obtidos. No entanto, relações comerciais são dinâmicas, evoluem ou não
com o tempo, são afetadas por condições ambientais diversas, bem como pelas limitações
internas inerentes às partes que transacionam. Dentre as condições externas
podem ser citados fatores econômicos como juros, inflação, poder aquisitivo da população,
agressividade da concorrência, tamanho do mercado, etc. No que se refere
aos fatores internos, dentre outros, podem-se citar a rotatividade das pessoas, a capacidade
de financiamento das operações, o tamanho da equipe comercial, a forma
de comunicação e as diferentes percepções sobre mercados, margens e participação
de mercado, política comercial entre os gestores da organização.
Entende-se por canal de marketing, conforme Coughland et al. (2002), o conjunto
de empresas independentes envolvidas na disponibilização de produtos ou serviços
para o consumidor final. Para Rosembloom (2002), trata-se da contratação externa
de empresas para a execução dos objetivos de distribuição da organização. Os canais
de marketing, na visão dos autores, possibilitam maior cobertura territorial, podem diminuir
os custos de distribuição, pois comercializam outros produtos para os mesmos
clientes, compartilham riscos, facilitam a busca e obtenção dos produtos por parte
dos consumidores ou usuários finais. No entanto, por serem organizações independentes
que fazem a intermediação entre o produtor e o consumidor, também possuem
objetivos específicos, visões diferentes de mercado, interesse em parte e não na totalidade
dos produtos ofertados pelos fabricantes, bem como buscam maximizar sua margem
de lucro através de investimentos mínimos em promoção, concentração em itens
de maior giro e nos clientes de maior importância dentro de seus territórios. Tudo
isso leva ao inevitável conflito intracanal, ou seja, entre o fabricante, seus distribuidores,
representantes, etc.
Depreende-se que a manutenção da comercialização de determinado produto
em determinado mercado necessita uma contínua gestão dos processos e relações
envolvidas, que não são estáticas, mas sim dinâmicas e conflituosas, sendo profundamente
afetadas não somente pelas condições de mercado, mas principalmente pelos
interesses e objetivos daqueles que transacionam, ou seja, pelas pessoas envolvidas
e sua rede de relacionamentos.
Antecedentes
A empresa de embalagens térmicas, que chamaremos de EP Térmicos, é um fabricante
tradicional desses produtos no sul do País, operando em todo o território nacional
e no Mercosul. Por embalagens térmicas entendem-se garrafas, potes, caixas que possam
conservar a temperatura de alimentos e líquidos por determinado tempo. Essa
empresa, avessa a riscos, operava no Mercosul com um distribuidor em cada país,
vendendo na condição EXW, com pagamentos efetuados ou antecipadamente, ou com
carta de crédito, ou seja, não havia risco de inadimplência. Tal política comercial implicava,
porém, alguns entraves para o canal que necessitava ou dispor de capital de giro
suficiente para bancar as operações, ou de crédito para obtenção de cartas de crédito
com os bancos. Obviamente, o porte do distribuidor, devido às condições de comercialização,
mais do que o mercado propriamente dito,
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