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O Estudo Sobre o Preconceito por Bruno Henrique

Por:   •  16/9/2019  •  Dissertação  •  867 Palavras (4 Páginas)  •  229 Visualizações

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O estudo sobre o preconceito

O preconceito sempre esteve enraizado na existência humana. Com a evolução do pensamento de igualdade, liberdade e fraternidade iniciado na França em 1789, o tema passou a ser mais bombardeado com tentativas de minimizar na sociedade o seus efeitos. A legislação é o suficiente para minimizar o preconceito? Qual a via possível para minimizar?

        Antes de apontar potenciais vias para sua redução é importante entender o que é o preconceito e como psicologicamente funciona. Segundo o dicionário Michaelis, o preconceito é a atitude emocionalmente condicionada, baseada em crença, opinião ou generalização, determinando simpatia ou antipatia para com indivíduos ou grupos[1].

        Analisando psicologicamente temos duas vertentes interessantes. A primeira foi desenvolvida pelo Adorno (1950) onde conceitua que o preconceito advém de uma personalidade autoritária ou intolerante, ou seja, personalidade que gosta e transmite a tradição utilizando a hostilidade para com aqueles que ultrapassem uma determinada linha. Outro conceito importante é de Allport(1954), para este o preconceito é o resultado de das frustrações que podem se transformar em hostilidade. Essa hostilidade pode ser direcionada a determinado grupo ou uma característica específica.[2]

        A iniciativa de instaurar leis para a diminuição de preconceito no mundo (Declaração Universal dos Direitos Humanos) ou legislação brasileira (Constituição Federal de 1988), o qual é total receptiva os direitos estabelecidos pela ONU em 1948, não é suficiente para a solução desse problema tão pautado ultimamente. Se a solução de problema na construção sociológica cultural do local fosse baseada em leis, não teríamos crimes, marginalização e também o funcionamento de um local ideal, como a ideia de Platão em “A República”. Para problemas como tal os investimentos em desconstrução de ideias de centenas de anos devem ser extintas e reconstruídas como um barro nas mãos do oleiro.

        Em nossa constituição temos a seguinte disposição para a tentativa de proteção desses direitos:

“Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.”[3]

        Assim como temos a lei 7.716 a qual define sanções para crimes de preconceito de cunho racial. E tendo em vista receptividade da legislação brasileira a Declaração Universal dos Direitos Humanos podemos apontar também:

Artigo I - Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.

Artigo II 1 - Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.”[4]

        A educação infantil, hoje alvo de vários boicotes de investimentos e atenção, é um ótimo ponto a ser trabalhado para um resultado de longo prazo que afetará diretamente nosso futuro. O trabalho familiar, acompanhamento psicológico e a nas escolas deixam a desejar nesse quesito, seja por dificuldade de investimento como na própria cultura familiar. O trabalho na educação infantil poderia ser focado em trabalhos psicologicamente pensado pra o desenvolvimento de consciência de conjunto (de equipe) e a forma de lidar com o novo, sendo aberto o ideal para respeito e aceitação do “diferente”.

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