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O LÚDICO NA MATEMÁTICA PARA DEFICIENTES VISUAIS

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Por:   •  3/11/2014  •  2.838 Palavras (12 Páginas)  •  894 Visualizações

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O LÚDICO NA MATEMÁTICA PARA DEFICIENTES VISUAIS

Maria Neto

RESUMO

O presente artigo apresenta jogos e outras atividades lúdicas como forma de incluir deficientes visuais nas atividades de sala de aula de matemática, tem como objetivo melhorar a a auto estima dos educandos e os recursos metodológicos no ensino e aprendizagem da Matemática nas salas de aula das series finais do ensino fundamental . Para cumprimento de tal objetivo serão realizados estudos bibliográficos, aplicação dos jogos e sondagem com alunos, para avaliação do processo.

Palavras-chaves: Lúdico, matemática, deficientes e educação.

ABSTRACT

This article presents games and other recreational activities as a way to include the visually impaired in the mathematics classroom activities, aims to improve self esteem of students per year and the methodological tools in teaching and learning mathematics in the classrooms of the final series elementary school. To fulfill this objective bibliographic studies, application of games and probing with students to review the process will be conducted.

Keywords: Playful, math, disabled and education

INTRODUÇÃO

Os educandos com deficiência sofreram e sofrem com a exclusão das atividades lúdicas em sala de aula, talvez pela falta de formação dos educadores para trabalharem com crianças e jovens com quaisquer necessidades especiais.

Esse artigo mostra uma experiência em sala de aula em que foram adaptados alguns jogos e desenvolvidas algumas atividades lúdicas para envolver os alunos que possuíam quaisquer deficiências com o resto da turma. E ainda, a melhoria do rendimento desses educandos após a realização dessas atividades.

1 UMA BREVE HISTÓRIA

Historicamente a inclusão prova que esta através passou por diferentes fases em várias épocas e culturas. Para Correia (1999), a Idade Antiga, na Grécia é considerada um período de grande exclusão social, pois crianças nascidas com alguma deficiência eram abandonadas ou mesmo eliminadas, sem chance ou direito ao convívio social.

Na Idade Média, pessoas com deficiência eram também marginalizadas, até por questões sobrenaturais, rotuladas como inválidas, eram perseguidas e mortas. Com isso, muitas das vezes as famílias escondiam privando-a da vida social e comunitária. Conforme Jannuzzi (2004), no Brasil por volta do século XVIII, o atendimento aos deficientes restringia-se aos sistemas de abrigos e à distribuição de alimentos, nas Santas Casas, salvo algumas exceções de crianças que até participavam de algumas instruções com outras crianças ditas normais.

2 O LÚDICO ATRAVÉS DE JOGOS

A inclusão com jogos de tabuleiros e atividades de leitura em textura é muito importante para educandos com algum tipo de deficiência. Valorizando o lúdico no desenvolvimento do raciocínio lógico e o gosto pela leitura e em gravura com texturas de produção de textos. Os estudos demonstram que através de brincadeiras os educandos exploram muito mais sua criatividade, melhoram a sua disciplina e seu interesse no processo de ensino - aprendizagem. De acordo com HAETINGER (2005, p. 82)

Desde os primeiros anos de vida, os jogos e brincadeiras são nossos mediadores na relação com as coisas do mundo. Do chocalho ao videogame, aprendemos a nos relacionar com o mundo através dos jogos e brincadeiras. Por este motivo o jogo tem um papel de destaque na educação, pois ele é a base do desenvolvimento cognitivo e afetivo do ser humano (HAETINGER, 2005, p. 82).

Os jogos e atividades de leituras incluem os educandos com qualquer tipo de deficiência na educação, atendendo uma necessidade, pois os jogos atuais e maioria das atividades de sala de aula dos professores excluem-os do processo de ensino aprendizado. Para KISHIMOTO ( 2003, p. 1)

(...) a variedade de jogos conhecidos como faz-de-conta, simbólicos, motores, sensório-motores, intelectuais ou cognitivos, de exterior, de interior, individuais ou coletivos, metafóricos, verbais, de palavras, políticos, de adultos, de animais, de salão e inúmeros outros mostra a multiplicidade de fenômenos incluídos na categoria jogo.

As pessoas com deficiência são como você: têm os mesmos direitos, sentimentos, sonhos e vontades. Ter uma deficiência não torna a pessoa melhor ou pior. “O portador de deficiência não é um anjo, nem um modelo de virtudes: é uma pessoa.” (Caderno TV Escola, Deficiência Visual).

3 EDUCAÇÃO PARA ESPECIAIS

Para ter uma sociedade inclusiva é importante que se tenha preocupação também com a linguagem que se utiliza. Pois é, através da linguagem que se expressar, voluntariamente ou involuntariamente, a discriminação, o respeito e preconceito em relação às pessoas ou grupos de pessoas, de acordo com suas características. Conforme Sassaki, (2005) se, desejamos falar ou escrever construtivamente, numa perspectiva inclusiva, sobre qualquer assunto de cunho humano, é imprescindível conhecer e usar corretamente os termos técnicos, pois a terminologia correta é especialmente importante quando abordamos assuntos tradicionalmente carregados de preconceitos, estigmas e estereótipos.

A LDB 9394/96, em seu Artigo 59, prevê que os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais, entre outros aspectos: currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos para atender às suas necessidades; terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências. Neste aparato legal, as categorias de deficiência se diluem no conceito de necessidades educacionais especiais, no qual a deficiência é entendida como mais uma expressão da diversidade.

A inclusão envolve todas as diferenças, de acordo com Amiralian (2009, p. 22),

A inclusão não é possibilitar às pessoas com deficiência, aos negros, aos homossexuais, aos judeus, ou seja, a todas as minorias, a convivência junto àquelas consideradas

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