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O PAPEL DO SUPERIOR/ORIENTADOR ESCOLAR NO PROCESSO DO APRENDIZADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL POR MEIO DA LUDICIDADE.

Por:   •  5/12/2017  •  Artigo  •  3.918 Palavras (16 Páginas)  •  620 Visualizações

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UCAM – UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

O PAPEL DO SUPERVIOR/ORIENTADOR ESCOLAR NO PROCESSO DO APRENDIZADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL POR MEIO DA LUDICIDADE.

OLIVEIRA. Maria das Graças de1

CHUPIL, Henrique2

Resumo

O presente artigo tem como finalidade principal retratar a importância supervisor/orientador nas atividades educacionais; conhecer os métodos das práticas Educacionais da Educação Infantil e analisar o papel do Supervisor Escolar junto aos docentes, tais como um planejamento para promover a confiança e o conhecimento mútuo, favorecendo o estabelecimento de vínculos afetivos entre as crianças, a famílias e os educadores.  

A criança se expressa, assimila conhecimentos e constrói a sua realidade quando está praticando alguma atividade. A Educação Infantil é a fase em que a criança desenvolve inicialmente o brincar e as primeiras amizades e a oportunidade de conviver com crianças e adultos que não constituem a sua família. Ressalta também a importância da brincadeira no contexto educacional e realizar ações que combinem a brincadeira sendo associada no processo ensino aprendizagem, tornando-se também fundamental compreender o universo lúdico, onde a criança comunica-se consigo mesma e com o mundo, aceita a existência dos outros, estabelece relações sociais, constrói conhecimentos, desenvolvendo-se integralmente. Objetiva também mostrar os benefícios que o brincar de forma orientada proporciona no ensino-aprendizagem infantil, a brincadeira pode ser vista como ponto essencial que auxilia o professor, dando maiores estímulos e possibilidades na sala de aula.

Palavras-chave: Brincar, aprendizagem e desenvolvimento infantil, educação infantil.

  1. INTRODUÇÃO

A brincadeira encontra-se presente em diferentes tempos e lugares, cada brincadeira tem um grande significado no contexto social e histórico que a criança vive. Sendo assim o que faz um supervisor escolar ou pedagógico ou coordenador pedagógico nas escolas de educação básica? Primordialmente a supervisão escolar tinha como principal função, verificar as atividades docentes. Hoje, o papel do supervisor na escola é o de articular os campos administrativos sendo ele a direção da escola e secretária de educação com a comunidade escolar (alunos, professores, pais e moradores das proximidades),  Respondendo entao a pergunta inicial o supervisor tem como função mediar à relação professor/aluno no processo de ensinoaprendizagem. O supervisor, a escola e o educador atuam em parceria a fim de direcionar as atividades com o intuito de diferenciar como, por exemplo, a brincadeira de uma idéia livre e introduzi-la em um aspecto pedagógico, não esquecendo que o brincar assemelha a uma forma de reproduzir o dia-a-dia das vivências de cada indivíduo. A maneira como as crianças brincam associa-se ao processo de aprendizagem da criança, pois facilita a construção da reflexão, da autonomia e da criatividade, estabelecendo, desta forma, uma associação entre jogo e aprendizagem.

Torna-se necessário orientar, conscientizar e sensibilizar os pais, educadores e toda sociedade, pois o foco da atenção do supervisor no trabalho de formação é tanto individual quanto coletivo, sobre a ludicidade que deve estar sendo vivenciado na infância, desenvolver o lúdico no contexto escolar exige que o educador tenha uma fundamentação teórica bem estruturada, manejo e atenção para entender cada criança, ou seja, a ação supervisora está fundamentada em acolher o professor na sua realidade, criticar e instigar os acontecimentos, e tambem incentivar a compreensão própria da participação do professor. O educador deve se conscientizar de que o brincar faz parte de uma aprendizagem prazerosa, a brincadeira não pode ser interpretada como tempo perdido, somente lazer, mas sim, uma aprendizagem. O ser humano depende de situações importantes que aparentemente são apenas brincadeiras para a construção de seu desenvolvimento integral. O educador não deve e não pode desestimular a criança em momentos de criatividade na qual ela desenvolve sua capacidade, bem como entender que o repertório de atividades deve estar adequado as situações de modo que estimulem a interação social entre as crianças e desenvolva habilidades que facilite o seu percurso escolar.

  1. DESENVOLVIMENTO

2.1 UNIVERSO LÚDICO (JOGOS, BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS)

Entre movimentos simbólicos, reais e imaginários a infância é marcada pelo “brincar” a muitas gerações, o ato de brincar influencia no processo de humanização, no qual a criança aprende a conciliar a brincadeira de forma efetiva, criando vínculos mais duradouros. neste sentido, Carvalho (1992, p.14) afirma que:

(...) desde muito cedo o jogo na vida da criança é de fundamental importância, pois quando ela brinca, explora e manuseia tudo aquilo que está a sua volta, através de esforços físicos se mentais e sem se sentir coagida pelo adulto, começa a ter sentimentos de liberdade, portanto, real valor e atenção as atividades vivenciadas naquele instante.  

Carvalho (1992, p.28) acrescenta, mais adiante:

(...) o ensino absorvido de maneira lúdica, passa a adquirir um aspecto significativo e afetivo no curso do desenvolvimento da inteligência da criança, já que ela se modifica de ato puramente transmissor a ato transformador em ludicidade, denotando-se, portanto em jogo.

O jogo é um canalizador de energias, no sentido de um esforço total para a busca de seu objetivo, uma necessidade interior, pois o ser humano apresenta uma tendência lúdica, um impulso natural da criança. O prazer e o esforço espontâneo São elementos que caracterizam o jogo. O prazer é a capacidade de atrair o jogador de forma total e intensa, criando um clima de euforia e entusiasmo o que torna o jogo uma atividade excitante, porém de esforço voluntário.

Segundo Vygotsky (1998) o jogo simbólico é como uma atividade típica da infância e essencial ao desenvolvimento infantil, ocorrendo a partir da aquisição da representação simbólica, impulsionada pela imitação. O mundo imaginário da criança abre portas regidas por regras semelhantes a vida  adulta real. Assim, a criança experimenta papéis e funções sociais diferenciados a partir da observação do mundo dos adultos.

Santos (2002, p. 90) relata que “(...) os jogos simbólicos, são jogos através dos quais a criança expressa capacidade de representar dramaticamente.”

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