O Papel Do Orientador Escolar Na Prevenção De Problemas

O PAPEL DO ORIENTADOR ESCOLAR NA PREVENÇÃO DE PROBLEMAS.

Acadêmicos ¹

Tutor Externo ²

RESUMO

No âmbito escolar existe a grande necessidade da observação, e da intervenção de um profissional da área da educação. Este deve ter um olhar sensível e atento, com o fim de dirimir ações de diferentes áreas problemáticas nas instituições escolares. Este é o papel do orientador educacional. Com isso em mente, entende-se que a formação deste profissional vem sendo atrelada aos grandes conflitos, desde os familiares até chegar à problemática escolar, e este deve atuar como um interventor destes conflitos, para o bem, tanto da instituição, quanto dos atores educacionais. Mediante essa afirmativa, convém-nos apresentar este tema, dentro da grande área de relações interpessoais, fazendo-o com o objetivo de compreender o papel do orientador escolar mediante problemas que ocorrem no ambiente escolar. Será feito através de pesquisas bibliográficas em teóricos acadêmicos, através de sites da internet e também através de uma entrevista com um profissional atuante na área da orientação escolar. Mediante tudo isso, a equipe prioriza o entendimento que as ações são tomadas de acordo com as circunstâncias, e por isso a importância do profissional ser qualificado.

Palavras-chave: Orientador Educacional; Observação; Intervenção.

1. INTRODUÇÃO

O relacionamento interpessoal é uma ligação ou conexão entre duas ou mais pessoas. Essas relações podem acontecer no convívio familiar, social, escolar, no trabalho, religioso ou amoroso. Faz parte do ser humano o querer se relacionar. Há uma troca de energia entre ambos ou entre todos.

Devido a isso, assim como ocorre essa troca de energia positiva, pode ocorrer também uma troca negativa e a partir daí, ocorrer algum tipo de conflito. Assim, faz-se muito necessário o papel de um mediador, alguém de natureza imparcial que possa prevenir ou conter conflitos nos ambientes co-relacionados.

É mediante isso que o presente artigo tratará do papel do orientador em ambiente escolar, como alguém de suma importância para prevenir problemas, pois a escola pode ser tanto um ambiente sadio, de aprendizagem, quanto um ambiente hostil, para aqueles considerados como minoria ou que são apartados por alguma peculiaridade.

Portanto, serão tratados alguns assuntos, tais como as relações interpessoais no ambiente escolar; as atribuições do orientador escolar mediante a existência de um ambiente heterogêneo e a utilização de meios legais em amparo às atribuições deste profissional.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

É muito comum nos ambientes escolares, perceberem-se alunos que formam grupos de amizades e brincadeiras. Isso é muito normal, pois desde a infância o ser humano busca ser acolhido e aceito junto a um grupo do qual ele quer fazer parte. Porém, muitas vezes ocorre que por questões de diferenças, disputas ou preconceitos, alguns grupos formam rixas contra outro grupo ou até mesmo por um único indivíduo.

É nesta questão que vem a importância do orientador educacional, pois ele representa o papel de observador, intercessor ou mediador para amenizar os conflitos.

O orientador educacional tem um papel muito importante na questão de firmar a relação entre a realidade escolar concomitante com a realidade da comunidade onde vivem os alunos, pois estes necessitam ter plena consciência sobre o meio em que vivem e seu papel nele. E cabe ao orientador, reconhecer que tudo que ocorre no âmbito familiar, influencia seu processo de relacionamento interpessoal e no seu processo de ensino-aprendizagem.

São muitas as atribuições do orientador escolar, pois a demanda é tamanha. Mediar os conflitos, tratar da indisciplina e auxiliar os professores a como tomar ações positivas de acordo com as limitações dos alunos, são algumas dessas atribuições.

Nessa perspectiva, o orientador buscará compreender todos os fatos envolvidos. Como mencionado anteriormente, a fim de exemplificar, há uma troca de energia nas relações humanas, e estas podem ser positivas ou negativas. Se esta vier de alguém próximo, como um colega ou um professor, que no momento pode estar passando por problemas, então poderá falar com rispidez, e isso poderá causar mágoa ou ressentimentos. Assim como também acontece também na família em algum momento. Esse comportamento trará uma reação que pode não ser das melhores, algo imprevisível que pode testar a paciência, exigindo do orientador que exercite sua inteligência emocional e relacional. Mas se o relacionamento for positivo, vai facilitar a resolução de pendências e a superação das crises com maior sabedoria e agilidade. O principal do dia-a-dia é a empatia, sentimento este que permite ao ser se colocar no lugar do outro e compreender melhor seus sentimentos e atitudes.

“O Orientador Educacional deve buscar os subsídios, a fundamentação teórica específica de sua área, bem como os conhecimentos necessários para entendimento desse novo tempo que vivemos na sociedade e, portanto, na sua própria Educação.” (GRINSPUN, 2010, p. 33)

A mudança de que a escola precisa é uma mudança paradigmática. Porém, para mudá-la, é preciso mudar o pensamento sobre ela. É preciso refletir sobre a vida que lá se vive, em uma atitude de diálogo com os problemas e as frustrações, os sucessos e os fracassos, mas também em diálogo com o pensamento próprio e o dos outros. (ALARCÃO, 2001, p. 15)

O envolvimento do orientador deve ser ainda mais amplo, além do pátio da escola. Ele pode e deve estar entre os alunos com periodicidade para conhecê-los e ajudá-los na formação de seu caráter ou na transformação do mesmo.

Art. 1º A Orientação Educacional se destina a assistir o educando individualmente ou em grupo, no âmbito das escolas e sistemas escolares de nível médio e primário, visando o desenvolvimento integral e harmonioso de sua personalidade, ordenando e integrando os elementos que exercem influência em sua formação e preparando-o para o exercício das opções básicas (BRASIL, 1968).

O trabalho do orientador é deveras amplo, pois incide desde aos cuidados de seu comportamento, quanto às atitudes de indisciplina, problemas sociais e familiares, transtornos e muitas vezes a dificuldade existente em socializar-se