O PODER DA MUSICA NO CEREBRO
Por: Gabriel Wacholski • 5/4/2021 • Trabalho acadêmico • 1.975 Palavras (8 Páginas) • 149 Visualizações
DAVI FERRAZ DA SILVA (8099714)
ELESSANDRA SANTOS (8095261)
GABRIEL WACHOLSKI (8084295)
GUILHERME ANTÔNIO DOS SANTOS (8084369)
KELI CRISTINA CARVALHO DOS SANTOS (8079040)
Licenciatura em Música
TÍTULO DO PROJETO
O PODER DA MÚSICA NO CÉREBRO
Tutor: MARIANA GALON DA SILVA
(ENTREGAR ATÉ 01/12 A VERSÃO FINALIZADA)
Claretiano - Centro Universitário
CURITIBA
2020
TÍTULO DO ARTIGO
Resumo: É a apresentação concisa do texto, com destaque para seus aspectos mais relevantes. Elabore-o contendo entre 100 e 300 palavras (Times New Roman, corpo 12, parágrafo único e simples, justificado), seguido de três (03) a cinco (05) palavras-chave.
(ENTREGAR ATÉ 16/11)
- INTRODUÇÃO
A música faz parte do cotidiano social de todos, desde criança. Seja por contato em ambiente familiar, ou até mesmo na escola, onde a música tem papel fundamental nos processos de ensino/aprendizagem, em graus mais baixos, como músicas para memorizar o alfabeto, ou até músicas para decorar equações em cursos superiores. Godoi (2011), afirma que “[...] a música oferece grande apoio em todo o processo de aprendizagem por favorecer a ludicidade, a memória e a criatividade.” (GODOI, 2011, p.25).
Quando ouvimos uma música que fez parte da nossa infância, por exemplo, imediatamente acionamos memórias e emoções ligadas a ela. Podemos observar um exemplo popular dessa situação no filme Viva – A vida é uma festa (2017), em que o protagonista Miguel vive uma experiência em que sua avó não se lembra da canção que seu pai cantava quando pequena. A paixão pela música marca a história dessa família, fazendo com que a memória seja ressuscitada através da música “Lembre – se de mim”, possibilitando à avó com dificuldades de memória retomar informações importantes de sua vida.
A música tem claras relações com a memória, e tendo por base tal entendimento, o presente artigo busca explorar através de revisão bibliográfica, primeiro a relação entre a música e o cérebro, em um segundo momento, entender a relação da memória e a música, para a partir de então, entender o uso da música em processos de tratamentos para pessoas com Alzheimer.
O foco dessa pesquisa, é entender que música como fator cognitivo afeta de maneira fisiológica o cérebro humano. Muszkat (2012), afirma que o uso da música para processos terapêuticos não é algo moderno, mas com registros de tempos ancestrais (MUSZKAT, 2012, p. 69).
Os meios externos tendem a influenciar nossa maneira de ser, e no caso da música, essa relação traz transformações fisiológicas ao nosso cérebro, fruto desde uma simples escuta, até a prática musical. Como apresentado anteriormente já se faz uso da música em muitos processos de ensino como ferramenta, contudo, a formalização e o estudo da música como terapia tomaram a visão dos pesquisadores mais recentemente.
- DESENVOLVIMENTO
Permitir que a música desencadeie em nosso cérebro as mais variadas reações, é entender o quanto a música influencia em nossa memória. Desde quando estamos sendo formados no útero da nossa mãe, temos contato direto com a música. Isso nos leva a entender melhor o ser musal que possui diversas características marcantes em seu infinito universo da memória musical (BJORKVOLD 2014 ,p.22). A interpretação do mundo à sua volta ao longo da vida, tem a ver com a construção que ocorre enquanto o nascituro ainda não pronuncia nenhuma palavra. “Sons, movimento e ritmo: eis aqui os elementos fundamentais da inspiração impregnados no aparelho sensorial do nosso corpo bem antes do nascimento.” (BJORKVOLD 2014 ,p.19) . Podemos perceber aqui, a importância do envolvimento da mãe ao criar memórias musicais no feto, cantando canções de ninar, ouvindo músicas agradáveis, a ponto de criar sensações de conforto para seu bebê.
Entre a 28° e a 32° semanas de gravidez, as vias neurais do feto estão mais desenvolvidas. Nessa fase, o tronco cerebral está bastante amadurecido. Neurologicamente falando, eis aí os pré - requisitos para arquivar na memória de longo prazo as impressões sonoras, e a relação consciente do feto com o som vai crescendo. Acredita – se que ele estará em condições de lembrar – se das impressões sonoras desde pelo menos a oitava semana gestacional, talvez bem antes. ( VERNY, 1982, DECASPER, 1980, p.20).
Quando a criança nasce, ela já recebeu informações sonoras suficientes para reconhecer os sons que foram impregnados em sua memória. Com o decorrer doa anos, a música irá fazer parte de todo contexto de aprendizagem dessa criança.
Oliver Sacks, (1933) em seu livro : Alucinações musicais (2007) relata que a memória musical se forma por boa parte do que ouvimos nos nossos primeiros anos de vida. Isso ficará gravado em nossa memória por toda a nossa existência, e que nosso sistema auditivo e nosso sistema nervoso é sintonizado para a música.
A música pode criar sensações neurológicas que nos fazem associar cheiros, sabores, cores que despertam nossa memória e imaginação.
No livro Música, inteligência e personalidade do Dr. Minh Dung Nghiem, médico e escritor franco-vietnamita, nascido em 1935, em Hai Duong, Vietnã, foi buscar respostas na neurociência e musicoterapia. “Será correto afirmar que a música modifica a personalidade ou o Q.I. (quociente intelectual) de uma criança? Em outras palavras, que ela possa transformar toda uma civilização?” (NGHIEM, 2019, pág.13)
Constata-se Quem? que é possível controlar a aceitação do ouvinte, modificar seu humor, sua sensibilidade, condicionar alguns reflexos, e até mesmo alterar sua personalidade por meio de outros elementos da música, dentre os quais os ritmos, a melodia, a instrumentalização, e, sobretudo, a repetição da escuta, a obsessão de imagens e conceitos; os ouvintes se arriscam a acabar por se habituar a estes, e até mesmo a acha-los naturais ou agradáveis. O poder de persuasão das palavras cantadas é tão forte que nenhum movimento de revolta, nenhum dos regimes não democráticos ou antidemocráticos o descuidam, na esperança de forçar a consciência das pessoas para impor novas ideias, a despeito da resistência das antigas. Muitas pessoas buscaram derrubar governos, e mesmo mudar o mundo através da canção. Mesmo quando a escuta se dá de forma involuntária ou forçada, essa ação traiçoeira da música acabará sempre por modificar definitivamente o modo de escutar, logo, de compreender as mensagens do mundo exterior. Em uma palavra, esse meio de audição, agindo como um meio de educação, de desinformação, de fluxo congestivo de informações no crânio ou de lavagem cerebral, altera a personalidade da criança.
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