O PROJETO CATAVENTOS DA TERRA FIRME

CATAVENTOS DA TERRA FIRME

Anteprojeto de educação ambiental visando

os estudantes de ensino médio de S. José, SC

Carla Gregol

Cícero Franco

Florianópolis 2010

PROJETO CATAVENTOS DA TERRA FIRME

 Qual a proposta principal?

* Qual o âmbito territorial do projeto?

* Quem propõe?

* A quem beneficia?

* Quem executa?

* Quem supervisiona detalhamento e execução?

* De onde vem o recurso?

* Qual o tempo de duração do projeto?

* Qual a natureza dos benefícios gerados para cada envolvido no projeto como proponente, participante, apoiador, financiador?

* Existe efeito residual positivo provocado pelo projeto? Qual? Para quem?

* Como será a divulgação sugerida?

PROPOSTA

O projeto objetiva a conscientização dos estudantes do ensino médio da cidade de S. José, SC e, conseqüentemente toda a população, para a viabilidade do uso de energias alternativas como forma de obter-se a sustentabilidade do planeta a partir de ações locais.  A proposta do projeto é mostrar aos estudantes a questão das energias alternativas e as repercussões desta forma de geração para a cidade.

A Avenida Beira Mar de S. José apresenta um amplo terreno plano, com uma costa de cerca de 1.200 metros na Baía Sul, entre o continente e a ilha de Santa Catarina. Esta costa está voltada para o sul, de onde vem um dos ventos predominantes da região. Pela disponibilidade de espaço e de ventos com velocidades razoáveis no local, surge a idéia de um projeto de educação ambiental envolvendo geradores eólicos. Ou seja, devido às características locais, determina-se qual a melhor fonte de energia. [pic 1]

Propomos organizar um concurso entre as escolas de ensino médio do município de S. José, sejam públicas ou privadas, onde cada grupo construiria um gerador eólico de modo artesanal, sendo dado como vencedor o projeto mais eficiente, ou seja, o que gerar maior potência e, conseqüentemente, mais energia ao longo do tempo com mais eficiência e menor custo. Para tanto serão avaliadas a velocidade do vento, a potência gerada sob aquelas condições, a acumulação da energia gerada e a sua aplicação, bem como os custos do material empregado. Não serão aceitos geradores comerciais ou kits disponíveis no mercado, podendo haver uma categoria de geradores construídos com material novo e outra de geradores construídos a partir de sucata.

Os geradores eólicos poderão funcionar por um período de tempo de até um mês,  podendo ser aproveitado o período de férias escolares em julho. O parque estará aberto à visitação pública e a utilização desta energia aproveitada de algum modo pela população, podendo ser iluminação pública, carros elétricos abastecidos pelos geradores, estação de rádio, palco para eventos, com sonorização e iluminação, danceteria, restaurante com funcionamento elétrico, câmara frigorífica, lan-house ou o que for. Importa aqui que a energia gerada e acumulada seja aproveitada de alguma forma. Também será levado em consideração o custo da construção de cada aerogerador.

Um primeiro passo é definir quantos geradores caberão na faixa disponibilizada, sendo suficiente uns 10 metros de frente por unidade, que seria o diâmetro máximo de giro das hélices de cada aerogerador.  Também tem-se que levantar a quantidade de escolas de ensino médio existentes no município. Deste modo pode-se determinar se cada escola terá um ou mais representantes no projeto. O comprimento da área disponibilizada para cada grupo será determinado pelo terreno cedido para tal. Como o comprimento da parte principal da Beira Mar, no trecho compreendido entre a foz do rio Araújo até as proximidades do Supermercado Bistek, é de cerca de 1200 metros, podemos ter em torno de 120 participantes.

A existência destes nichos, com atividades variadas, poderá se transformar num verdadeiro festival de inverno, com diversas atividades ao ar livre, ou em tendas, onde o principal será o desempenho dos aerogeradores construídos pela comunidade josefense, por intermédio dos estudantes de ensino médio.

ORGANIZAÇÃO DO EVENTO

A organização do evento ficará a cargo da ECOZÉ (nome fictício), uma ong local devidamente registrada nos órgãos competentes. Esta ong será responsável pelo bom andamento do projeto, tendo como tarefas montar uma equipe executora do projeto e supervisioná-lo em todo o seu decorrer.

A equipe executora será remunerada em seu trabalho e terá que, além de viabilizar financeiramente o projeto, buscar patrocinadores para seu funcionamento junto a empresas locais interessadas em juntar seu nome ao desenvolvimento urbano sustentável. Estas empresas terão seu logo presente no material de divulgação e no próprio evento.

Para tanto, a equipe executora terá que fazer um plano operacional, levantamento de custos e de entidades envolvidas no evento.

A equipe terá como tarefa contatar todas as escolas de ensino médio da cidade, a prefeitura municipal e os seus órgãos pertinentes, como as secretarias de educação e segurança, guarda municipal, etc. Além disto, determinará como será o evento, quantos grupos, como eles se distribuirão ao longo da Beira Mar, qual a infraestrutura necessária, como será o julgamento, quem serão os jurados, quais os prêmios conferidos e como eles serão distribuídos.

Cabe também à equipe executora, buscar autorizações da prefeitura e da segurança publica   para a utilização do espaço  para o evento e garantir a segurança local no período de construção dos aerogeradores e de avaliação dos mesmos.

ENTIDADES ENVOLVIDAS

Serão envolvidos neste evento, além da ECOZÉ, organizadora do evento, as escolas públicas e particulares de São José, a Prefeitura e suas secretarias, o Conselho de Engenharia (CREA) e as empresas financiadoras do projeto bem como as instituições que comporão a comissão julgadora. Os benefícios auferidos por cada parte são evidentes. As escolas em termos de ter um evento que garanta aos seus alunos conhecer de modo prático, os meandros da geração de energia limpa, em pesquisa e em construção dos próprios geradores, propiciando que os alunos já entrem em contato com o mundo da pesquisa e do trabalho. Às empresas será dada a oportunidade de ligarem seu nome à sustentabilidade urbana. Isto poderá significar inclusive o despertar do mundo empresarial para formas mais sustentáveis de lidar com o ambiente, seja por adoção da própria tecnologia aventada no projeto, seja de outras. Por que não uma empresa que esteja localizada próxima ao local do evento colocar aerogeradores para complementar o seu próprio consumo de energia elétrica, ou outra, que possui um grande telhado, colocar coletores solares ou captar água da chuva? Ou seja, despertará a sustentabilidade junto ao empresariado local. À Prefeitura caberá os louros de incentivar um evento que tem relação direta com todos os eventos que estão ocorrendo no mundo, o que significará um ganho político importante. Poderá também adotar iniciativas sustentáveis em seus próprios prédios, pois muitos deles estão justamente na Avenida Beira Mar. Às instituições da comissão julgadora, ou seja, empresas de energia e universidades, estarão frente a frente com futuros quadros que, ainda jovens, estão sendo despertados para o mundo profissional sob uma ótica sustentável.[pic 2]