O contributo dos jogos para a educação e o desenvolvimento das crianças
Projeto de pesquisa: O contributo dos jogos para a educação e o desenvolvimento das crianças. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: jessicamh01 • 4/6/2014 • Projeto de pesquisa • 1.573 Palavras (7 Páginas) • 327 Visualizações
ETAPA 4 RELATÓRIO
A contribuição dos jogos na educação e desenvolvimento das crianças .
A ludicidade está intrínseca no ser humano desde a pré-história. O ato de brincar é a mais pura forma da criança se expressar, é brincando que ela expressa o que está sentindo e também interioriza o mundo ao seu redor. Porém, o ato de brincar vai muito além, é neste momento que os jogos começam a apresentar-se, e será através deles que a criança desenvolverá boa parte de suas habilidades motoras e cognitivas.
Na infância, o ser humano desenvolve várias habilidades motoras que serão aperfeiçoadas ao longo de sua vida, mas, para que isso ocorra, são necessários estímulos motores adequados à faixa etária. Jean Jacques Rosseau (apud ALMEIDA 2000) diz que a criança tem seu jeito próprio de pensar, sentir e ver, e que a criança só aprende de maneira ativa, executando as tarefas, e também exercitando os sentidos, pois eles são os instrumentos da inteligência.
Froebel (apud ALMEIDA 2000) acreditava nos métodos lúdicos da educação. Ele dizia que o educador faz do jogo um instrumento para promover a educação para crianças, e também é uma forma de conduzir a criança à atividade, auto-expressão e a socialização.
Um dos pensadores que adota a educação como prática de liberdade é Paulo Freire. Ele conceitua o jogo como trabalho, e que a criança só o realiza quando ela, no mínimo, tem satisfação para executá-lo (apud FREITAS e ASSIS 2006).
Os jogos infantis são provenientes de práticas abandonadas por adultos e foram transmitidos de geração em geração. Alguns desses jogos permanecem com sua estrutura inicial, já outros, se modificaram recebendo novos conteúdos.
No Brasil, os jogos infantis foram grandemente influenciados por portugueses, negros e índios, e fazem parte da cultura infantil na atualidade.O jogo é um ato espontâneo de toda criança. O jogar deve fazer parte da infância. Sobre jogo, Huizinga afirma que
.O jogo é um elemento de grande importância no cotidiano infantil. Além disso, podemos considerar que o jogo educa a criança e estimula a interação com o grupo, conversar e resoluções de problemas entre as crianças. Ele também ganha uma conotação educativa quando há intervenção do educador.O jogo expõe a criança a desafios e obstáculos. Ele deve ser elaborado para proporcionar vivência, pois a criança, quando joga, presencia e vivencia as influências que é atribuído ao jogo, como: alegrias, prazeres, entre outros.Por muito tempo, o jogo, tem sido usado nas escolas, dando uma função educativa a ele. Nota-se que com a utilização dos jogos e materiais pedagógicos adequados, as crianças desenvolvem o sentido de ordem, ritmo, forma, cor, tamanho, do movimento, da harmonia e do equilíbrio. Apesar disso, a utilização do jogo nas escolas foi, por muito tempo, criticada, mas é inegável sua contribuição para a aprendizagem de varias disciplinas como: matemática, geografia, historia, educação física, entre outras.Desta forma, torna-se claro que o jogo possui duas funções: uma lúdica; outra educativa. A primeira é quando uma atividade é prazerosa e alegre. Já a segunda é quando o jogo ensina algo, desenvolve o conhecimento infantil.Essas duas funções do jogo são dependente uma da outra, pois quando se perde a ludicidade, o jogo se transforma em um instrumento de trabalho e assim, deixa de ser jogo.A atividade lúdica só tem efeito quando desempenha as duas funções simultaneamente: função de distrair e de instruir.Nesse sentido, as brincadeiras, o jogo, participam da formação motora e cognitiva da criança, pois eles preparam a criança para a vida adulta, já que oferecem a elas experiências, que treinam destrezas necessárias para sua sobrevivência. Além, de estimular à criatividade, imaginação, cooperação, a expressividade e a sociabilidade.
Piaget (apud FREITAS e ASSIS 2006) dividiu o desenvolvimento cognitivo em fases, ou etapas. Cada fase define um momento em que as estruturas cognitivas da criança, são construídas. São elas:
⦁ Fase sensório-motora (de 0 a 2 anos);
⦁ Fase pré-operatório (de 2 a 7 anos);
⦁ Fase de operações concretas (de 7 a 11 anos);
⦁ Fase de operações formais (de 11 anos em diante).
A fase sensório-motora compreende do nascimento à aproximadamente dois anos. Nela a criança não tem a capacidade de pensar no futuro e nem passado, se restringe apenas ao presente.O bebê possui reflexos e capacidade inatos de adaptação e equilíbrio às inter-relações com o meio e utiliza-os para conhecer o que é novo e até mesmo para relacionar com outras crianças.É nesta fase, que a criança constrói a noção de “eu” sendo capaz de se diferenciar do seu meio, descobrindo o seu próprio corpo.Assim, com o passar do tempo ela já terá a capacidade de representar o futuro, aparecendo então à função simbólica, que caracteriza a próxima fase.A fase pré-operatório inicia aos dois anos e tem seu termino aos sete. Nela, a criança começa a representar situações proporcionadas pelo meio.Assim, quando uma criança pega uma boneca acreditando ser um bebê, a coloca no colo e age da mesma forma que sua mãe agiria consigo.O pensamento da criança é voltado somente a ela, não conseguindo ver as coisas colocando-se no lugar de outra pessoa.Esta fase é caracterizada pelo antropomorfismo, que corresponde a atribuições de formas humanas a animais e objetos. É nesta fase que se dá o aparecimento da linguagem.A fase das operações concretas se inicia por volta dos sete anos, ao ser comparado com a fase anterior, nota-se que ocorreram várias e significativas transformações.A criança, nesta fase, torna-se menos egocêntrica e ela, agora, consegue diferenciar o real do imaginário em sua percepção.O pensamento lógico torna-se mais preponderante e as ações interiorizadas ficam cada vez mais reversíveis, a criança começa a compreender que qualquer forma, ordem e posição podem voltar a sua forma, ordem e posição inicial.Nesta fase, as percepções são mais precisas, e a criança, aplica sabiamente, as interpretações dessas percepções.A brincadeira é usada pela criança, para compreender o mundo físico e social. Por isso, não é possível passar, por exemplo, da fase sensório-motora para a fase das operações formais. Essas fases não são reversíveis, a capacidade mental uma vez construída,
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