O livro “A bagaceira”, publicado em 1928
Por: rayanesan • 30/10/2016 • Projeto de pesquisa • 2.588 Palavras (11 Páginas) • 1.517 Visualizações
EEEP Ícaro de Sousa Moreira
Disciplina: Português
Professor: Amadeu de Melo Monteiro Junior
A bagaceira
[pic 1]
Fortaleza – CE, 03 de novembro de 2016.
Sumário
Introdução ....................................................................................................03
Momento Histórico .............................................................................03
Desenvolvimento ..........................................................................................04
Biografia do autor ..............................................................................04
Principais Obras.................................................................................04
Resumo da obra ................................................................................05
Personagens......................................................................................06
- Protagonistas...........................................................................06
- Antagonistas............................................................................06
- Personagens Planos................................................................07
- Outros......................................................................................07
Tempo...........................................................................................................07
Espaço..........................................................................................................08
Foco Narrativo...............................................................................................08
Estilo da Obra................................................................................................09
Verossimilhança.............................................................................................09
Movimento Literário.......................................................................................10
Conclusão......................................................................................................11
Referências Bibliográficas..............................................................................12
Anexos...........................................................................................................13
Introdução
O livro “A bagaceira”, publicado em 1928, é a obra introdutora do romance regionalista no país. O enredo do romance trata das questões do êxodo, os horrores gerados pela seca, além da visão brutal e autoritária do senhor de engenho, representando a velha oligarquia. O devido trabalho tem o comprometimento de apresentar o marco inicial do romance regionalista do Modernismo brasileiro juntamente com a principal obra de José de Américo Almeida, o romance procura confrontar em termos de relações humanas e de contrastes sociais, o homem do sertão e o homem do brejo (dos engenhos). Aproximando o sertanejo do brejeiro, na paisagem nordestina, incluindo os elementos dramáticos aos ciclos periódicos da seca, os quais delimitam a própria existência do sertanejo.
Momento Histórico
O marco inicial da segunda fase do Modernismo brasileiro é considerado o lançamento do romance “A bagaceira”, de José Américo de Almeida, em 1928. Diante da crise de 29 e sob o governo do presidente Washington Luís que despontava a Revolução de 1930 os literatos brasileiros do momento apresentam uma nova estética, pautada nos temas humanos, psicológicos e, sobretudo sociais do país. Vale lembrar que a linguagem do romance de 30 abriga a linguagem coloquial, popular e regionalista.
Desenvolvimento
Biografia do autor
José Américo de Almeida nasceu no engenho Olho d'Água, município de Areia, Paraíba, no dia 10 de janeiro de 1887, filho do casal Inácio Augusto Almeida e Josefa Leopoldina Leal de Almeida. Passou a primeira infância em contato direto com a vida no interior, do brejo no sertão, nas propriedades familiares, porém com o falecimento do pai, aos 11 anos, passou a residir em Areia, com o tio paterno Odilon Benvindo. Estudou no Liceu Paraibano. Mudou-se para o Recife, onde ingressou na Faculdade de Direito, concluindo o curso em 1908. Exerceu a magistratura, foi promotor da comarca do Recife e da comarca de Sousa, na Paraíba. Com a vitória da Revolução de 1930 assumiu, de 1930 a 1934, o Ministério da Viação e Obras Públicas. Em 1934 Getúlio Vargas o nomeou para o cargo de Embaixador do Brasil junto à Santa Sé, que não chegou a exercer. Eleito Senador em 1935, foi depois, designado Ministro do Tribunal de Contas da União. Em 1937 foi apresentado como candidato dos partidos governistas à presidência da República, mas o golpe de Estado de 10 de novembro desse ano suprimiu a campanha eleitoral. O Congresso Nacional foi dissolvido e implantado, no país, o Estado Novo. Em fevereiro de 1945, com uma entrevista ao matutino carioca "Correio da Manhã" José Américo contribuiu decisivamente para pôr fim à ditadura implantada por Getúlio Vargas em 10 de novembro de 1937. Nas eleições de 2 de dezembro de 1945, José Américo foi eleito Senador pelo seu Estado natal. Voltando a ocupar a pasta ministerial da Viação e Obras Públicas em 1951, cargo em que se conservou até o suicídio do Presidente Vargas em de 24 de agosto de 1954. É o quinto ocupante da Cadeira 38, eleito em 27 de outubro de 1966, na sucessão de Maurício de Medeiros e recebido pelo Acadêmico Alceu Amoroso Lima em 28 de junho de 1967. Recebeu o Acadêmico João Cabral de Melo Neto. Em 10 de março de 1980 aos 93 anos, faleceu no seu retiro de Tambaú, sendo sepultado com honras de ministro de Estado.
Principais Obras:
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Resumo da Obra
O romance se passa entre 1898 e 1915. O título desse romance denomina o local que se juntam, no engenho, os bagaços da cana. Figuradamente, pode indicar um objeto sem importância, ou ainda, gente miserável. Devido ao sol implacável, Valentim Pereira, sua filha Soledade e o filho adotivo Pirunga abandonam a fazenda do Bondó, na zona de sertão. Encaminham-se para as regiões dos engenhos, no rejo, onde encontram acolhida no Engenho Marzagão, de propriedade de Dagoberto Marçau, cuja mulher falecera por ocasião do nascimento do único filho, Lúcio, este sendo mandado para a cidade para estudar direito. Passando as férias no engenho, conhece Soledade, e brota um forte afeto, mas o rapaz hesita em dar plena sequência ao flerte por não ter convicção de que seria capaz de amá-la no contexto urbano e intelectualizado, no qual ele vivia. Retorna para a academia e quando volta, em férias, à companhia do pai, toma conhecimento de que Valentim Pereira se encontra preso por ter assassinado o feitor da fazenda Manuel Broca, suposto sedutor de Soledade. Lúcio, já advogado, resolve defender Valentim e informa o pai do seu propósito: casar-se com Soledade. Dagoberto não aceita a decisão do filho e não vê outra saída se não contar a verdade para o filho, que tinha sido o autor da desonra de Soledade. Pirunga, tomando conhecimento dos fatos, comunica a Valentim e este lhe pede, sob juramento, velar pelo senhor do engenho, até que ele possa executar o seu dever, matar o verdadeiro sedutor de sua filha. Em seguida, Soledade e Dagoberto, acompanhados por Pirunga, deixam o engenho e se dirigem para a fazenda do Bondó. Cavalgando pelos tabuleiros da fazenda, Pirunga provoca a morte do senhor de engenho. Marzagão é herdado por Lúcio, com a morte do pai. Em 1915, por outro período da seca, Soledade já com a beleza destruída pelo tempo, vai ao encontro de Lúcio para lhe entregar o filho dela com seu pai, ou seja, o irmão de Lúcio.
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