Os Seres humanos e as espécies de Brucella
Por: LeandraPinheiro • 30/8/2015 • Trabalho acadêmico • 2.632 Palavras (11 Páginas) • 418 Visualizações
Brucella
Brucelose
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Universidade Estadual de Goiás
Curso: Tecnologia em Gastronomia
Data: 17 de março de 2015
Disciplina: Boas Praticas
Professora: Patrícia Rios
Acadêmicas: Leandra Pinheiro e Louis
Sumário
Definição ............................................................................................... 1
Transmissão .......................................................................................... 2
Sinais e sintomas .................................................................................. 3
Riscos de exposição ............................................................................. 4
Diagnostico ............................................................................................ 5
Tratamento ............................................................................................. 6
Prevenção .............................................................................................. 7
Os seres humanos e as espécies de Brucella ....................................... 8
Introdução
Neste trabalho falaremos sobre Brucella, que é um gênero de bactérias gram-negativas. São cocobacilos pequenos (0.5 a 0.7 por 0.6 a 1.5 µm), formando colónias muito pequenas, lisas, com tom esbranquiçado e não-hemolíticas. São imóveis, não capsulados, não esporuladas e são facultativos, realizando metabolismo oxidativo. São catalase, oxidase e urease positivas. Reduzem nitratos a nitritos e são nutricionalmente exigentes.
O nome Brucella foi atribuído ao agente da febre de Malta (brucelose, febre mediterrânea), inicialmente designado Microccus melitensis, em homenagem ao médico inglês David Bruce que, em 1887, isolou a primeira bactéria pertencente a este género.
1. Definição
A brucelose é uma doença crônica espalhada por todas as partes do mundo, causada por bactérias do gênero Brucella, cujas espécies principais, com transmissão ao homem, são a Brucella melitensis, encontrada em cabras, ovelhas e camelos; a Brucella abortus de bovinos, a Brucella suis, de suínos, a Brucella ovis de ovelhas e a Brucella canis, de cães. Todas elas são capazes de transmitir a doença ao homem. A via comum de transmissão se dá pelo contato direto com animais infectados ou pelo consumo de produtos animais contaminados com a bactéria, como carne e leite e seus derivados não pasteurizado. Esses cocobacilos têm predileção pelo trato reprodutivo, articulações e sistema retículo-endotelial.
- Características morfológicas e fisiológicas
Brucella é uma bactéria Gram-negativa que pertence à família Brucellaceae. As células têm a forma de bastonetes curtos e ovais (bacilos/cocobacilos) imóveis, aparecendo normalmente isoladas ou, com menor frequência, aos pares ou em cadeias curtas.
As condições que permitem o seu crescimento e sobrevivência são as seguintes:
- Temperatura
Brucella consegue crescer em ambientes com temperaturas entre 20 e 40°C e tem uma temperatura óptima de crescimento (temperatura à qual a taxa específica de crescimento é máxima) de 37°C. É destruída a 63ºC durante 7-10 min.
- pH
Brucella spp. consegue crescer em ambientes com valores de pH entre 5,8 e 8,7 e apresenta uma taxa específica de crescimento máxima em ambientes com valores de pH entre 6,6 e 7,4, a 37ºC. Alguns autores apresentam valores ligeiramente diferentes o que poderá ser atribuído aos diferentes meios e acidulantes utilizados experimentalmente.
Em produtos lácteos, a gordura protege as células de Brucella do efeito do pH, pelo que o seu crescimento pode ocorrer a valores ligeiramente inferiores aos mencionados anteriormente.
- Atividade de água
B. suis e B. melitensis não crescem em meios sintéticos com concentrações de cloreto de sódio superiores a 3 e 4%, respectivamente. Concentrações superiores a 4% de cloreto de sódio são letais.
A sobrevivência de Brucella foi observada durante 45 dias numa salmoura (27% NaCl), utilizada na produção de leite de cabra (ICMSF, 1996).
- Relação com o oxigénio
As espécies de Brucella têm metabolismo facultativo.
2. Transmissão
Os seres humanos são geralmente infectados com brucelose em uma de três maneiras:
• A forma mais comum de ser infectado é por comer ou beber produtos lácteos não pasteurizados/ crus. Quando ovelhas, cabras, vacas, ou camelos estão infectados, o leite torna-se contaminado com a bactéria. Se o leite de animais infectados não é pasteurizado, a infecção vai ser transmitida para as pessoas que consomem o leite e / ou derivados.
• Inspirando a bactéria que causa a brucelose também pode levar à infecção. Este risco é geralmente maior para as pessoas em laboratórios que trabalham com as bactérias. Além disso, funcionários de matadouros e frigoríficos também podem ser expostos a bactéria e infectar-se.
• As bactérias também podem entrar por feridas na pele e mucosas pelo contato com animais infectados.
Isso representa um problema para os trabalhadores que têm contato próximo com os animais ou dejetos dos animais (animais recém-nascidos, fetos, e excreções que pode resultar de nascimento). Esses trabalhadores podem incluir:
Trabalhadores dos matadouros
Funcionários de frigoríficos
Veterinários
As pessoas que caçam animais também podem estar em risco. Quando eles estão em contato com animais infectados, a exposição à bactéria pode ocorrer através de:
Feridas cutâneas
Acidentalmente ingerir carne mal cozida
Inalar a bactéria enquanto caçam
Animais comumente infectados são: bisões, alces, renas e javalis (porcos selvagens).
A disseminação pessoa-a-pessoa da brucelose é extremamente rara. Mães infectadas que estejam amamentando podem transmitir a infecção para seus bebês. A transmissão sexual raramente tem sido relatada. Embora incomum, a transmissão também pode ocorrer através de transplante de tecidos ou transfusões de sangue.
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