Politica Nacional De Assistencia Social
Trabalho Escolar: Politica Nacional De Assistencia Social. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: jessfst • 28/5/2014 • 5.205 Palavras (21 Páginas) • 531 Visualizações
A presentação
A decisão do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS, por
intermédio da Secretaria Nacional de Assistência Social – SNAS e do Conselho Nacional
de Assistência Social – CNAS, de elaborar, aprovar e tornar pública a presente Política
Nacional de Assistência Social – PNAS, demonstra a intenção de construir coletivamente o
redesenho desta política, na perspectiva de implementação do Sistema Único de Assistência
Social – SUAS. Esta iniciativa, decididamente, traduz o cumprimento das deliberações
da IV Conferência Nacional de Assistência Social, realizada em Brasília, em dezembro de
2003, e denota o compromisso do MDS/SNAS e do CNAS em materializar as diretrizes da
Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS.
A versão preliminar foi apresentada ao CNAS, em 23 de junho de 2004, pelo MDS/
SNAS, tendo sido amplamente divulgada e discutida em todos os Estados brasileiros nos
diversos encontros, seminários, reuniões, oficinas e palestras que garantiram o caráter
democrático e descentralizado do debate envolvendo um grande contingente de pessoas
em cada Estado deste País. Este processo culminou com um amplo debate na Reunião
Descentralizada e Participativa do CNAS realizada entre os dias 20 e 22 de setembro de
2004, onde foi aprovada, por unanimidade, por aquele colegiado.
Ressalta-se a riqueza desse processo, com inúmeras contribuições recebidas dos
Conselhos de Assistência Social, do Fórum Nacional de Secretários de Assistência Social
– FONSEAS, do Colegiado de Gestores Nacional, Estaduais e Municipais de Assistência
Social, Associações de Municípios, Fóruns Estaduais, Regionais, Governamentais e Não-
governamentais, Secretarias Estaduais, do Distrito Federal e Municipais de Assistência
Social, Universidades e Núcleos de Estudos, entidades de assistência social, estudantes de
Escolas de Serviço Social, Escola de gestores da assistência social, além de pesquisadores,
estudiosos da área e demais sujeitos anônimos.
Tal conquista, em tão breve tempo, leva a uma rápida constatação: a
disponibilidade e o anseio dos atores sociais em efetivá-la como política pública de
Estado, definida em Lei. Muitos, às vezes e ainda, confundem a assistência social com
clientelismo, assistencialismo, caridade ou ações pontuais, que nada têm a ver com
políticas públicas e com o compromisso do Estado com a sociedade. O MDS/SNAS e
o CNAS estão muito empenhados em estabelecer políticas permanentes e agora com
a perspectiva prioritária de implantar o SUAS, para integrar o Governo Federal com
os Estados, Distrito Federal e Municípios em uma ação conjunta. Com isso, busca-
se impedir políticas de protecionismo, garantindo aquelas estabelecidas por meio de
normas jurídicas universais. Este é o compromisso do MDS, que integra três frentes
de atuação na defesa do direito à renda, à segurança alimentar e à assistência social,
compromisso também do CNAS.
A Política Nacional de Assistência Social ora aprovada expressa exatamente a
materialidade do conteúdo da Assistência Social como um pilar do Sistema de Proteção
Social Brasileiro no âmbito da Seguridade Social.
Este é um momento histórico e assim devemos concebê-lo, ensejando todos os
esforços na operacionalização desta política. Trata-se, portanto, de transformar em ações
diretas os pressupostos da Constituição Federal de 1988 e da LOAS, por meio de definições,
11de princípios e de diretrizes que nortearão sua implementação, cumprindo uma urgente,
necessária e nova agenda para a cidadania no Brasil.
PATRUS ANANIAS DE SOUSA
Ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
MÁRCIA HELENA CARVALHO LOPES
Secretária Nacional de Assistência Social
MARCIA MARIA BIONDI PINHEIRO
Presidente do Conselho Nacional de Assistência Social
12I ntrodução
Ao se considerar as condições políticas e institucionais, reunidas nestes quase
onze anos de LOAS, cabe relembrar os avanços conquistados pela sociedade brasileira
na construção da política de assistência social, decorrência de seu reconhecimento como
direito do cidadão e de responsabilidade do Estado.
A última década significou a ampliação do reconhecimento pelo Estado, no esteio
da luta da sociedade brasileira, dos direitos de crianças, adolescentes, idosos e pessoas
com deficiência. Hoje, o Benefício de Prestação Continuada – BPC caminha para a sua
universalização, com impactos relevantes na redução da pobreza no País. Observa-
se um crescimento progressivo dos gastos públicos, nas três esferas de governo, no
campo da assistência social. A alta capilaridade institucional descentralizada, alcançada
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