Prerrogativa da função
Resenha: Prerrogativa da função. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: aninhak • 7/9/2013 • Resenha • 358 Palavras (2 Páginas) • 368 Visualizações
2. Qual a diferença entre a prerrogativa prevista no art. 7º, inciso IV, EOAB e aquela prevista no inciso V do mesmo artigo?
Caso 2: Prerrogativa da função: Advogado é livre para usar expressões durante defesa
As expressões utilizadas por advogado no exercício da profissão não podem ser consideradas injúria ou difamação, pois
estão amparadas pela imunidade, prevista no artigo 7º da Lei. 8.906/94, do Estatuto da Advocacia. O entendimento é da 5ª
Turma do Superior Tribunal de Justiça. Os ministros, por maioria, concederam Habeas Corpus a um advogado para trancar a
ação penal em que ele foi acusado de crime contra a honra de um juiz. Apesar de reconhecer a imunidade do advogado
pelas expressões proferidas durante a defesa de um cliente, os ministros da 5ª Turma enfatizaram que ele pode responder
em caso de excesso. “Eventuais excessos no exercício da citada prerrogativa profissional estão, de acordo com o mesmo
dispositivo legal (Lei 8.906/94), sujeitos às sanções disciplinares pela Ordem dos Advogados do Brasil”, ressaltou o relator do
processo, ministro Arnaldo Esteves Lima. O juiz alegou que as ofensas foram feitas durante a defesa da tese em que o
advogado tentava comprovar a sua suspeição em um processo.
Segundo o relator, as palavras do o advogado “não denotam o dolo específico exigido para tipificação do delito de calúnia”,
no caso, de imputar o crime de abuso de autoridade ao magistrado, uma vez que foram expostas, de acordo com o
processo, com o claro propósito de corroborar a tese de suspeição do juiz. O ministro Arnaldo Esteves Lima destacou
precedentes do STJ no mesmo sentido do seu voto. Entre os julgados, ele citou um de relatoria do ministro Gilson Dipp,
segundo o qual, “a imunidade do advogado não é absoluta, restringindo-se aos atos cometidos no exercício da profissão, em
função de argumentação relacionada diretamente à causa”. “Considerando que, na hipótese em apreço, as palavras que
embasaram a propositura da ação penal privada foram proferidas por advogado no exercício de sua profissão, com o
objetivo de fundamentar a tese de suspeição do magistrado à determinação de prisão ilegal, inexiste justa causa para o
recebimento da queixa-crime”, finalizou o relator ao livrar o advogado de responder pelo crime de injúria e difamação.
(Revista Consultor Jurídico, 5 de março de 2008)
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