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Preços Argentina Congelam

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Por:   •  16/4/2013  •  1.281 Palavras (6 Páginas)  •  904 Visualizações

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“Grandes redes de supermercado da Argentina se comprometeram com o governo a prorrogar o congelamento de preços de cerca de 300 produtos de consumo básico até o fim de 2007. (...) O governo Kirchner decidiu adotar essa solução heterodoxa de controle de preços para combater a inflação, que subiu 12,3% em 2005.”

Com base na experiência inflacionária brasileira, explique e comente esse tipo de política de governo.

Esse tipo de política governamental é uma tentativa de estabelecer um controle do processo inflacionário, mantendo assim o poder de compra dos consumidores. Na história da inflação brasileira houve várias tentativas de reprimir aumentos de preços por meio de controles diretos. Um caso saliente foi o congelamento de preços durante o Plano Cruzado (em 1986); esperava-se, com essa medida, controlar o componente inercial da inflação e eliminar a cultura inflacionária brasileira. Todavia os resultados não foram os esperados, principalmente por que existiam outros fatores de pressão inflacionária, além do mecanismo inercial, especialmente do lado da demanda. Isso provocou, em vários mercados, um grande hiato entre a demanda e a oferta; essa escassez de bens (ao baixo preço estipulado) estimulou o desenvolvimento de mercados paralelos. Apesar de o congelamento ter-se mostrado eficiente no controle de preços no curto prazo (durante os sete meses em que vigorou), quando retirada sua obrigatoriedade houve uma explosão inflacionária (devido à expansão da demanda). Isso indica que um congelamento, por si só, é de eficiência duvidosa quanto ao combate à inflação.

No caso argentino, os contratos de congelamentos foram estabelecidos, também, em obediência a incentivos políticos, já que o congelamento será mantido até as eleições.

11. Com relação ao Plano Real:

a) Descreva os conceitos de “âncora monetária” e de “âncora cambial”.

Dois métodos fundamentais de controlar os componentes dos choques e das tendências foram a utilização das chamadas “âncora monetária” e “âncora cambial”. A âncora monetária visava controlar a demanda e a expansão monetária, o que limitaria a capacidade de os agentes repassarem elevações de custos de produção para os preços dos bens e serviços. Valia-se, principalmente, da elevação dos juros (havendo conseqüente decréscimo das operações de crédito) e da redução na emissão de moeda. Com relação à âncora cambial, pode-se afirmar o seguinte: a economia aberta e um volume significativo de reservas incentivou as importações, que se tornavam atrativas, também, em decorrência da apreciação cambial da moeda brasileira (com as moedas estrangeiras mais baratas, os produtos importados também ficavam mais baratos, tornando-se fortes concorrentes dos produtos nacionais). Isso teria influência favorável sobre os preços internos, reduzindo a possibilidade de propagação dos choques (repasse de preços e tentativas de elevação).

b) Qual foi a importância da manutenção de uma taxa de câmbio dissociada dos indicadores de inflação no período de implantação do Plano?

Antes do Plano Real, a taxa de câmbio era indexada (corrigida quase automaticamente segundo a evolução da inflação, de modo a manter constantes os valores reais). O valor do dólar em moeda nacional podia, assim, ser usado também como indexador. A manutenção dessa forma importante de indexação, após o Plano Real, poderia favorecer o retorno da inflação inercial. Portanto, a manutenção de uma taxa de câmbio dissociada dos indicadores de inflação é considerada um elemento importante do processo de eliminação da inércia inflacionária.

12. PROVÃO (1999 – nº 6)

QUESTÃO DISCURSIVA - HISTÓRIA ECONÔMICA

O Plano Real, ao pretender controlar a inflação e fortalecer a moeda nacional, provocou também um desequilíbrio externo, expresso no déficit em conta de Transações Correntes do Balanço de Pagamentos.

Discuta as causas desse desequilíbrio externo, destacando o papel do déficit público interno e da defasagem cambial nesse processo.

Com o Plano Real, verificou-se um desequilíbrio externo, evidenciado por um déficit em transações correntes. Tanto a abertura econômica quanto a defasagem cambial, ao valorizar o real, desestimularam as exportações e promoveram aumento considerável das importações. O déficit público interno, por sua vez, contribuiu para a elevação da demanda agregada, provocando também aumento das importações. Isso provocou um déficit nas Transações Correntes, ao acrescer ao déficit da Balança de Serviços e Rendas o déficit da Balança Comercial. Os superávits comerciais observados até 1994 transformaram-se em um déficit crescente a partir de então. Em conseqüência, tornaram-se muito mais elevadas as necessidades de financiamento do setor externo. Isso tornou a economia brasileira mais dependente dos fluxos externos de capital e forçou a manutenção de altas taxas de juros internas (o que atraía investimentos, por um lado, e, por outro contraía a atividade econômica e dificultava investimentos internos).

13. (Enade 2009, nº 38) Os diferentes planos de

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