Propaganda Enganosa

Propaganda Enganosa – Discurso Verde

Na corrida para associar suas marcas ao conceito de sustentabilidade, as empresas estão mais falando do que propriamente fazendo. Havendo uma distância entre o discurso verde e a ação efetiva, que pode ser observado no seguinte exemplo:

A distribuidora Ipiranga lançou em setembro de 2007 um cartão de crédito próprio.

Ao usar o cartão Ipiranga carbono zero para encher o tanque, o consumidor tem o compromisso da empresa de que árvores serão plantadas para neutralizar as emissões de gases de efeito estufa do veículo.

Embora a idéia seja boa, colocar em pratica essa estratégia para compensar o dano causado pelos consumidores finais de combustíveis, a iniciativa da campanha tem pontos negativos e um deles é que a empresa lançou o programa sem antes fazer um estudo para saber o quanto ela produz de gases de efeito estufa.

Com isso, há um grande apelo de marketing, afinal a campanha acaba funcionando como uma espécie de consumo de combustível, induzindo o cliente a crença de que o plantio de árvores vai resolver o problema do aquecimento global. Ocorrendo uma dissociação entre a mensagem e a realidade.

Propaganda enganosa – Black Friday no Brasil

A Black Friday nos Estados Unidos acontece na última sexta-feira de novembro após o feriado de Ação de Graças. É a data mais agitada do varejo no país, com filas quilométricas em muitas lojas. No dia do evento muitas lojas abrem bem cedo, algumas com até quatro horas de antecedência para atrair maior número de consumidores e oferecer os menores preços. A popularidade do evento é grande, muitos consumidores consideram os descontos oferecidos mais atrativos que os natalinos.

No Brasil, é conhecida como Black Fraude pois na maioria dos produtos, os maiores descontos são de 10 a 15% diferentemente nos Estados Unidos que o desconto na maioria dos produtos chega de 40% a 60%. Dias antes do “evento” ocorrer, os comerciantes do Brasil, aumentam o valor do produto para que no dia da Black Friday, eles possam voltar com o preço que já estava ou até ser um pouco mais caro. Exemplo: “Faz cerca de três meses que a bancária Ana Carol Toledo monitora o valor da 55F7500, uma smart TV da Samsung com tela Full HD de 55 polegadas. "Eu acompanho semanalmente porque quero comprar", disse ela ao Olhar Digital. Como Ana recebeu e-mails marketing do Submarino e da Americanas.com sobre a Black Friday, resolveu conferir novamente os valores e, para sua surpresa, eles haviam subido.

Usando o serviço de comparação Buscapé, ela percebeu que o preço na Americanas.com foi de R$ 5.849,10, no domingo, 24, para R$ 6.651,92, na quarta-feira, 27 - se o pagamento fosse a prazo, subiria de R$ 6.498,96 para R$ 7.559,00. No Submarino a diferença é ainda mais alta: de R$ 5.849,10 a R$ 7.039,12 (à vista), ou de R$ 6.498,96 a R$ 7.999 (a prazo).”

Um série de empresas já estão listadas no Procon e o que acontece é que grande parte dos consumidores perde a credibilidade nas empresas e vai um pouco mais além, perde a credibilidade no próprio país porque parece que as coisas não funcionam no Brasil, somente lá fora.