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Psicologia do ensino Howard Gardner

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Por:   •  24/8/2014  •  Artigo  •  1.013 Palavras (5 Páginas)  •  416 Visualizações

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Psicologia da Aprendizagem

Howard Gardner

Howard Gardner nasceu em Scranton, no estado norteamericano da Pensilvânia, em

1943, numa família de judeus alemães refugiados do nazismo. Ingressou na

Universidade Harvard em 1961 para estudar história e direito, mas acabou se

aproximando do psicanalista Erik Erikson (1902­1994) e redirecionou a carreira

acadêmica para os campos combinados de psicologia e educação. Na pós­graduação,

pesquisou o desenvolvimento dos sistemas simbólicos pela inteligência humana sob

orientação do célebre educador Jerome Bruner. Nessa época, Gardner integrou­se ao

Harvard Project Zero, destinado inicialmente às pesquisas sobre educação artística. Em

1971, tornou­se co­diretor do projeto, cargo que mantém até hoje. Foi lá que

desenvolveu as pesquisas sobre as inteligências múltiplas. Elas vieram a público em seu

sétimo livro, Frames of Mind, de 1983, que o projetou da noite para o dia nos Estados

Unidos. O assunto foi aprofundado em outro campeão de vendas, Inteligências Múltiplas:

Teoria na Prática, publicado em 1993. Nos escritos sobre educação que se seguiram,

enfatizou a importância de trabalhar a formação ética simultaneamente ao

desenvolvimento das inteligências. Hoje leciona neurologia na escola de medicina da

Universidade de Boston e é professor de cognição e pedagogia e de psicologia em

Harvard. Nos últimos anos, vem pesquisando e escrevendo sobre criadores e líderes

exemplares, tema de livros como Mentes Extraordinárias. Em 2005, foi eleito um dos 100

intelectuais mais influentes do mundo pelas revistas Foreign Policy e Prospect.

Formado no campo da psicologia e da neurologia, o cientista norte­americano Howard

Gardner causou forte impacto na área educacional com sua teoria das inteligências

múltiplas, divulgada no início da década de 1980. Seu interesse pelos processos de

aprendizado já estava presente nos primeiros estudos de pós­graduação, quando

pesquisou as descobertas do suíço Jean Piaget (1896­1980). Por outro lado, a dedicação

à música e às artes, que começou na infância, o levou a supor que as noções

consagradas a respeito das aptidões intelectuais humanas eram parciais e insuficientes.

Até ali, o padrão mais aceito para a avaliação de inteligência eram os testes de QI,

criados nos primeiros anos do século 20 pelo psicólogo francês Alfred Binet (1857­1911)

a pedido do ministro da Educação de seu país. O QI (quociente de inteligência) media,

basicamente, a capacidade de dominar o raciocínio que hoje se conhece como lógico-

matemático, mas durante muito tempo foi tomado como padrão para aferir se as crianças

correspondiam ao desempenho escolar esperado para a idade delas. “Como o

aprendizado dos símbolos e raciocínios matemáticos envolve maior dificuldade do que o

de palavras, Binet acreditou que seria um bom parâmetro para destacar alunos mais e

menos inteligentes”, diz Celso Antunes, coordenador­geral de ensino do Centro

Universitário Sant’ Anna, em São Paulo. “Mais tarde, Piaget também destacou essa

dificuldade e, dessa forma, cresceu exponencialmente a valorização da inteligência

Sob a influência do norte­americano Robert Sternberg, que estudou as variações dos

conceitos de inteligência em diferentes culturas, Gardner foi levado a conceituá­la como

o potencial para resolver problemas e para criar aquilo que é valorizado em determinado

contexto social e histórico. Na elaboração de sua teoria, ele partiu da observação do

trabalho dos gênios. “Ficou claro que a manifestação da genialidade humana é bem mais

específica que generalista, uma vez que bem poucos gênios o são em todas as áreas”,

afirma Antunes. Gardner foi buscar evidências também no estudo de pessoas com

lesões e disfunções cerebrais, que o ajudou a formular hipóteses sobre a relação entre

as habilidades individuais e determinadas regiões do órgão. Finalmente, o psicólogo se

valeu do mapeamento encefálico mediante técnicas surgidas nas décadas recentes.

Suas conclusões, como a maioria das que se referem ao funcionamento do cérebro, são

eminentemente empíricas. Ele

concluiu, a princípio, que há sete tipos de inteligência:

1. Lógico­matemática é a capacidade de realizar operações numéricas e de fazer

2. Lingüística é a habilidade de aprender idiomas e de usar a fala e a escrita para atingir

3. Espacial é a disposição para reconhecer e manipular situações

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