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Questão social no Brasil

Por:   •  7/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.400 Palavras (10 Páginas)  •  175 Visualizações

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Sistema de Ensino Presencial Conectado

SERVIÇO SOCIAL

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..................................................................................................01

DESENVOLVIMENTO......................................................................................02

CONCLUSÃO...................................................................................................03

REFERENCIA BIBLIOGRAFICA.....................................................................04

        


  1. INTRODUÇÃO

“Não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência”.

-Karl Marx

Partindo de tal afirmação do nosso grande e tão respeitado pensador, filósofo e fervoroso revolucionário de nossa historia Karl Marx, podemos dar inicio a uma analise de cunho bastante humanístico, onde se pode de fato entender alguns dos males que estão enraizados em nossa sociedade desde nossos primórdios. Problemas que estão ligados à essência das classes menos providas de direitos e igualdades, ainda que a constituição de nossos pais tenha em seu pilar a defesa desses direitos, tidos como básicos e comuns a todo cidadão de nosso país.

De posse da observação feita por Marx, podemos concluir de forma lógica que nós enquanto cidadãos somos os provedores dos descasos sociais que afetam os nossos próximos, afinal uma solução para tais mazelas sempre acaba pousando em nossas mãos, e que por falta de coragem ou certo comodismo em deixar as “coisas” como estão em seus devidos lugares, acabamos por não estender a mão ao nosso semelhante. Entretanto, com o passar do tempo e da degradação de nossa sociedade, podemos notar que nossa consciência acaba sendo atingidas de forma direta, afinal as mazelas não escolhem um determinado estereotipo de cidadão para afetar, basta que o mesmo esteja a mercê de suas garras afiadas e devastadoras.

Entre os grandes percalços que insistem em obstruir o crescimento, ou melhoria no padrão de vida das classes menos providas de recursos e conhecimentos de seus direitos, estão: a falta de acesso à educação de boa qualidade – tida como o principal pilar na formação de caráter e esclarecedora de direitos e deveres de um cidadão, o acesso à politicas publicas de saúde, habitacional, social, que juntas formam um manto que assegura a dignidade do individuo em nosso meio social, tão injusto e seletivo. A proposta de observação e análise do Filme Ônibus 174, é bastante enriquecedora e bem polemica, o que o torna uma fonte de questionamentos para toda a sociedade civil, haja vista que no decorrer do filme temas de grande impacto e relevância são abordados de forma bastante crua, sem retoques ou diminuição de seus reflexos para nossa sociedade, que cotidianamente está submissa aos efeitos nocivos gerados por tais descasos, que em grande parte são frutos da falta de consciência cidadã de cada um de nós enquanto membro detentor de direitos e deveres sociais, situação que coloca o problema das questões sociais e seus reflexos ao nosso alcance, pois o cidadão em si é o grande vetor dessa devastadora barbárie que se faz presente em nosso cotidiano, sob a égide do capitalismo.


  1. DESENVOLVIMENTO

De posse de um senso critico mais aguçado podemos delinear de forma mais objetiva a raiz dos problemas expostos pelo filme “Ônibus 174”, onde é mostrada a historia de um jovem cidadão brasileiro que tem seus direitos ceifados desde seu nascimento, onde o mesmo é obrigado a conviver de forma sub-humana num cenário onde os contrastes sociais são nítidos e devastadores, pois de um lado está o cenário das classes burguesas, onde há o predomínio da alta classe social, contrastando com as favelas, os mendigos, o tráfico de drogas, as milícias, enfim realidades sociais comuns à nossa realidade urbana.

Diferentes estágios capitalistas produzem distintas expressões da questão social (PASTORINI, 2004, p. 97, grifo nosso). As suas expressões são: o desemprego, o analfabetismo, a fome, a favela, a violência, as problemáticas raciais e da mulher, a exploração do trabalho infantil e da violência contra crianças e adolescentes, meio ambiente e a falta de leito nos hospitais. Porém não podem em si mesmas ser tomadas como questão social, pois elas se tornam questão social a partir do momento em que são reconhecidas, percebidas, tomadas conscientes e assumidas por um dos setores da sociedade, com o objetivo de enfrentá-las, torná-las públicas e transformá-las em demanda política.

Segundo Telles (1996, p.85): [...] não basta reconhecê-la enquanto realidade bruta da pobreza e da miséria é preciso ser problematizada em seus dilemas, mas no cenário da crise do nosso Estado de bem–estar, da justiça social, do papel do estado e do sentido da responsabilidade pública. A questão social brasileira ainda se apresenta de maneira bem preocupante devido a sua gravidade, uma vez que sua intensidade no atingimento não se dá de maneira setorial, mas de maneira geral (todos os setores e classes sociais são atingidos de alguma maneira). A família, por exemplo, acaba de uma forma ou de outra, sendo afetada pelas questões sociais, pelas contradições e desigualdades do sistema vigente.

 A primeira abordagem que podemos fazer sobre o caso estudado do Sandro é de uma realidade conhecida todos os dias quando nos deparamos com moradores de ruas. A pergunta que sempre faço em minha cabeça é porque que essas pessoas estão nessas condições. Embora eu sinta vontade de ajudar eu não consigo abraçar o mundo sozinho. Boa parte dessa população moradora de rua tiveram motivos conturbados em família que as levaram a tal situação. No caso de Sandro ele presenciou os maus tratos do padrasto com sua mãe até que a viu sendo degolada. Cansado dos maus tratos foi em busca de algo na rua que pudesse lhe trazer benefícios. Dentre esses benefícios seria roubar, usar drogas, que na cabeça dele estava melhor, mesmo que o medo o cercasse diante da dificuldade de se enforcar a infância em troca da sobrevivência.

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