RESUMO DO LIVRO APRENDER ANTROPOLOGIA INTRODUÇÃO E CAPÍTULO
Por: MARALANE NASCIMENTO DE FIGUEIREDO • 30/5/2022 • Resenha • 1.508 Palavras (7 Páginas) • 251 Visualizações
PROJETO ANTROPOLÓGICO
O Campo e a Abordagem Antropológicos
Os pensamentos do homem nunca cessaram sobre a indagação de diferentes coisas, como a interação do homem com a sociedade. Contudo, a adição da ciência nesse questionamento teve início no final do século XVIII, tomando o ser humano como objeto científico e não a natureza e suas suposições, projetando os métodos de outras áreas para uma maior eficácia. Isso dá início a uma etapa marcante na história do conhecimento do homem sobre o homem, que deixa muitas consequências ainda não descobertas e demonstra uma nova visão dos pensamentos anteriores explicados pela filosofia, pela mitologia, pelo artístico e pelo teológico. Com isso, o projeto de ciência do homem, ou antropologia, se fortalece nesse período, tendo o surgimento de um local para explorar a sociedade e o homem: a Europa.
O desenvolvimento desse projeto só será possível na segunda metade do século XIX, as sociedades serão conhecidas como exteriores às áreas de civilização europeias ou norte-americanas. A ciência, conhecida na época, enfrenta uma dualidade entre o observador e o objeto, e uma separação do sujeito observador e o objeto observado, essencial para o experimento, obtida pela diferença da natureza, pelo tempo que separa o historiador da sociedade.
A antropologia seleciona um objeto de estudo, que não pertence ao estudo ocidental. Para coletar diretamente as informações e observações será necessário mais tempo, mas quando determina o objeto empírico de estudo, a antropologia percebe que ele já está ultrapassado, pois o mundo muda com a evolução social. Uma crise de identidade é iniciada, desencadeando o fim do primitivo, deixando no passado o povo “selvagem”.
O estudo do homem inteiro
Uma abordagem integrativa antropológica é levar em consideração as diversas dimensões humanas em sociedade. O desenvolvimento das técnicas de investigação proporcionam a especialização do saber, porém deve-se relacionar os campos de investigação. A antropologia integra o estudo das cinco áreas do conhecimento, que deve-se levar em consideração o ser humano integralmente em sociedade. As áreas do conhecimento são divididas em cinco, são elas: biológica, pré-histórica, linguística, psicológica, cultural e social. Ninguém conseguiu dominar completamente essas áreas, mas todas são inter relacionadas.
Diante disso, a antropologia biológica estuda o corpo humano e sua interação com o meio ambiente, bem como as alterações biológicas, ou seja, evolução durante o decorrer dos anos. Em contrapartida, a antropologia pré-histórica é o estudo sobre os achados arqueológicos que podem permitir descobrir como nossos antepassados viveram em sociedade, as técnicas e as culturas. Por outro lado, a antropologia linguística permite compreender a maneira de viver e sentir do homem, é um meio de comunicação que expressa o universo e o social. Além disso, a antropologia psicológica é indissociável no campo do estudo do ser humano, pois somente através da análise do comportamento, consciente e inconsciente, podemos entender a totalidade do homem. Já a antropologia social e cultural diz respeito ao geral da sociedade, seja econômica, política e jurídica.
O estudo do homem em sua totalidade
O estudo da antropologia investiga diversidades históricas e geográficas e procura armazenar os conhecimentos da sociedade em diferentes áreas, por meio da observação direta. Com a interação entre culturas diferentes podemos ver a sociedade de forma ampla e não restringida ao somente conhecido, e sim entender e correlacionar o desconhecido com o já conhecido. Essa interação leva-nos a conseguir imaginar e entender o que antes não era possível e entender nada é natural, pois podemos ser os únicos com nossa cultura, mas não somos os únicos que possuímos uma cultura. Nessa ótica, o que chamamos de inato é a aptidão à variação cultural, a capacidade de diferenciar uns dos outros, desenvolver costumes, línguas, jogos e etc.
DIFICULDADES
Quando os estudiosos antropológicos passam a perceber que o objeto de sua pesquisa é constituído de pessoas que vivem ao seu redor, as dificuldades aparecem. Tais conflitos aparecem nos estudos e deixam um impasse como o uso da palavra por meio da etnologia ou antropologia, a maneira certa de expressar a antropologia; a relação da cientificidade com a antropologia, qual o grau de ciência pode ser atribuído à antropologia e se o homem pode estudar cientificamente o homem; a ambiguidade entre a antropologia e história, serão separadas entre si no século XX, mas ambas precisam da outra para existir; a oscilação da prática desde seu surgimento, o cotidiano, a cultura e a sociedade mudam e evoluem. A antropologia deve ser imparcial, pois não deve ajudar para transformar a sociedade estudada, o envolvimento do antropólogo é uma consequência e não a profissão. Há várias urgências que devem ser confrontadas no trabalho dos antropólogos que impedem o progresso do trabalho, como a dificuldades de transcrição dos arquivos orais e visuais, e sobretudo a retribuição aos habitantes locais, pois para a captação de informações é necessário uma troca, a reciprocidade. Junto a isso, a análise de mudanças rápidas na sociedade, já que a cultura muda extremamente rápido com o desenvolvimento industrial, econômico, urbano e etc. Outra dificuldade é a natureza da obra que vai apresentar, diante do campo de pesquisa imenso com desenvolvimento em campos especializados.
EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE HOMEM
O Século XVIII: a invenção do conceito de homem
A existência múltipla do homem foi indagada depois da exploração de diversos continentes durante o Renascimento. Para conhecer o homem pelo projeto científico de forma positiva deve esperar o século XVIII, enquanto no século XVI permite saber sobre a pré-história da antropologia, já no século
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