Recursos Hidricos
Ensaios: Recursos Hidricos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: marinaramos_ • 28/10/2014 • 1.461 Palavras (6 Páginas) • 325 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
Na agricultura para aumentar a produção um dos recursos é enriquecer a terra com fertilizantes químicos, pois isso contribui para melhorar o rendimento das terras cultivadas ou recuperar os solos empobrecidos pela constante utilização, e usam também agrotóxicos, que permitem controlar diversas pragas, facilitando o cultivo de monoculturas. No entanto, essas técnicas empregadas, como o uso de agrotóxicos e fertilizantes, podem trazer grandes estragos ambientais, principalmente quanto à poluição das águas. O uso indiscriminado de agrotóxicos pode comprometer a qualidade da água para abastecimento, o solo, os alimentos e a manutenção da vida aquática selvagem. Isso ocorre porque eles alcançam os recursos hídricos ao serem aplicados sobre superfícies inclinadas, pois, quando chove, as águas arrastam as partículas dos compostos dos agrotóxicos contidos nos solos tratados, poluindo rios, lagos e mares.
A ocupação e uso do solo pelas atividades agropecuárias alteram sensivelmente os processos biológicos, físicos e químicos dos sistemas naturais. Desta forma, o rio é um integralizador dos fenômenos ocorrentes nas vertentes da bacia, que pode ser avaliado pelos parâmetros de qualidade da água. O conceito de qualidade da água influenciado pelo uso e ocupação do solo das bacias vertentes. O potencial degradador da agricultura praticada na utilização de áreas ecologicamente frágeis, da agricultura intensiva e a produção de dejetos de confinamento animal. Algumas metodologias e técnicas também foram discutidas para o planejamento das atividades agropecuárias que apresentam riscos à contaminação do solo e da água. Existe um consenso geral que a atividade agropecuária rege uma importante função na contaminação dos mananciais, sendo uma atividade com alto potencial degradador, e que a qualidade da água é um reflexo do uso e manejo do solo.
2 CONTAMINCAÇÃO AGRICOLA
A pressão econômica sobre os agricultores leva-os a explorar intensivamente estas áreas, sendo que a contaminação da água é potencializada quando práticas agrícolas conflitivas são praticadas segundo o potencial de uso das terras, por exemplo, no caso de agricultores que cultivam solos em áreas declivosas e frágeis. Nestes casos, o processo de erosão hídrica é severo e a contaminação dos recursos hídricos se dá pela grande quantidade de sedimentos que chegam até os corpos de água. Com a erosão hídrica, também a qualidade do solo é alterada através da perda de carbono e nutrientes e, consequentemente, a capacidade produtiva dos solos é comprometida. Para compensar o desequilíbrio produtivo, os agricultores aumentam o aporte de agroquímicos, aumentando os níveis de degradação do solo e água. Quando usados de forma excessiva e mal planejados, podem levar à poluição das águas superficiais de rios, lagos e represas, causando prejuízo para o ecossistema. Isso ocorre porque, em geral, esses compostos são solúveis na agua e possuem alguns íons como nitrato (NO31-), nitrito (NO21-), amônio (NH41+), fosfato monoácido (HPO42-) e fosfato diácido (H2PO41-), que são nutrientes para as algas que constituem o fitoplancto.
No caso da contaminação subterrânea, os mecanismos que atuam são o fluxo de macro poros e a lixiviação. A contaminação da água via fluxo de macro poros ocorre, principalmente, quando as aplicações de agroquímicos são seguidas de chuvas de grande intensidade. Nessas condições, a água que infiltra via macro poros apresenta a capacidade de transportar poluentes para a zona saturada. Já os problemas de poluição causados pelo deflúvio superficial estão associados, principalmente, ao transporte de fósforo solúvel para os corpos de água uma vez que a fração solúvel predomina sobre a particulada nos solos submetidos a semeadura direta. Com isso, o risco de poluição é maior, já que a forma solúvel é prontamente utilizada pelas algas.
Com as enxurradas arrastando esses fertilizantes para os rios, lagos e represas, as algas se proliferam rapidamente, em uma proporção acima do normal. Isso dificulta a entrada de luz e a oxigenação da água. Essa situação se torna pior quando essas algas morrem, pois elas liberam um número muito grande de detritos que são decompostos por microrganismos aeróbios, ou seja, microrganismos que utilizam o restante de oxigênio da água, causando a morte de vários peixes e plantas aquáticas. Esse fenômeno é denominado de eutrofização.
3 CONTAMINAÇÃO PECUARIA
Outra fonte importante de contaminação das águas refere-se à poluição causada pelas atividades de pecuária em sistemas de confinamento, como a suinocultura, a pecuária de leite e a avicultura. Os problemas causados por essas atividades tendem a crescer no Brasil, devido, principalmente, ao crescimento do consumo interno e da exportação de carne de aves e suínos. Entre as atividades de pecuária, a que representa maior risco à contaminação das águas é a suinocultura, devido à grande produção de efluentes altamente poluentes produzidos e lançados ao solo e nos cursos de água sem tratamento prévio. O problema de poluição causada pela suinocultura está principalmente concentrado nos estados do sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná), uma vez que nesses estados concentram-se quase 70% do rebanho suíno do Brasil. O material produzido por sistemas de criação de suínos é rico em nitrogênio, fósforo e potássio, e seu material orgânico apresenta uma alta DBO5. São o fósforo e a alta DBO5 que causam grandes impactos ao ecossistema aquático de superfície, sendo o fósforo responsável pelo processo de eutrofização das águas e a DBO5 pela redução do oxigênio disponível.
Já o nitrogênio oferece mais risco de contaminação da água subterrânea quando lixiviado. A utilização de dejetos de suínos como fertilizantes orgânicos também pode contribuir para a contaminação dos recursos hídricos se as quantidades aplicadas forem superiores à capacidade do solo e das plantas absorverem os nutrientes
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