Recursos Hidricos
Trabalho Universitário: Recursos Hidricos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 986432 • 7/11/2014 • 1.610 Palavras (7 Páginas) • 342 Visualizações
CONCERVAÇÃO AMBIENTAL
RECURSOS HÍDRICOS:
O desenvolvimento urbano, agrícola e industrial brasileiro tem produzido grandes impactos sobre os mananciais superficiais e subterrâneos. Os impactos são do tipo quantitativo, quando o rebaixamento do nível d’água dos aquíferos ocorre em face da super exploração do manancial e qualitativo quando o manancial é contaminado por poluentes.
Os mananciais superficiais estão extremamente comprometidos pela ação antrópica e existe uma forte pressão sobre o controle dos efluentes que poluem estes mananciais superficiais. Em face disto, uma das alternativas tem sido despejar parte destes efluentes no subsolo, utilizando o mesmo como filtro ou tratamento.
Geralmente, esses impactos ocorrem em áreas onde parte da população retira água desses mananciais subterrâneos poluídos para seu uso, gerando riscos e impactos para a saúde.
O homem vem aprendendo desde a pré-história, a praticar a agricultura de uma maneira mais produtiva com a finalidade de assegurar o seu sustento. No entanto ele convive com o problema das pragas que destroem as plantas, as colheitas e os alimentos armazenados, geralmente em grandes quantidades. O combate às pragas é antigo. Os chineses há cerca de 1.000 anos atrás, já utilizavam compostos de arsênio, como o sulfeto de arsênio.
Com objetivo de proteger a sua colheita, o homem desenvolveu os agroquímicos também denominados pesticidas, praguicidas ou defensivos agrícolas, etc. Estes produtos químicos, ou mistura destes, são destinados ao uso, armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção das florestas e outros ecossistemas urbanos, hídricos e industriais, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos, também empregados como substâncias e produtos desfolhantes, dessecantes, estimuladores, inibidores do crescimento e fertilizantes para as plantas.
Sua aplicação indiscriminada acarreta inúmeros problemas, tanto para saúde dos aplicadores e dos consumidores, como para o Meio Ambiente, contaminando o solo, a água, levando à morte plantas e animais.
A agricultura brasileira cada vez mais tem feito uso desses insumos químicos, principalmente de agrotóxicos, e isso acarreta numa serie de problemas ecológicos.
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De acordo com Ferrari (1985, p.111) a contaminação de alimentos, poluição de rios, erosão de solos e desertificação, intoxicação e morte de agricultores e extinção de espécies animais, são algumas das mais graves consequências da agricultura química industrial e do uso indiscriminado de agrotóxicos largamente estimulados nos últimos 25 anos.
Devido à contaminação ambiental e aos resíduos de agrotóxicos nos alimentos, podemos também estimar que as populações residentes próximas a áreas de cultivo e os moradores urbanos também estão significativamente expostos aos efeitos nocivos destes agentes químicos (CARVALHO et al, 2005, p 223).
O consumo de agrotóxicos gera um círculo vicioso: quanto mais se usa, maiores são os desequilíbrios provocado e maior a necessidade de uso, em doses mais intensas, de formulações cada vez mais tóxicas.
A fauna e a flora também são amplamente afetadas com o uso de insumos químicos indiscriminados. De acordo com Ferrari (1985, p.112), as terras carregadas pelas águas das chuvas levam para os rios, lagoas e barragens, os resíduos de agrotóxicos, comprometendo a fauna e a flora aquática, além de comprometer as águas captadas com a finalidade de abastecimento.
Podem também provocar o aumento das pragas ao invés de combatê-las, pois na medida em que se usam insumos químicos as pragas tornam-se mais resistentes, necessitando de agrotóxico cada vez mais forte, desse modo, agredindo ainda mais o ambiente dizimando até os próprios predadores naturais das pragas.
Agricultura Industrial, rotulada de moderna e avançada, fundamentada na economia e nos imediatos resultados à proteção das plantas cultivadas contra a ação das pragas, patógenos e ervas daninhas invasoras, tem falhado constantemente.
Para a Agricultura Industrial, o objetivo é meramente a produtividade, deixando de lado o equilíbrio ecológico, tais como: a estabilidade dos sistemas agrícolas: a conservação dos recursos naturais (água, solo e ar) e a qualidade dos alimentos.
O excesso de água aplicada na irrigação retorna aos rios, por meio do escoamento superficial e subsuperficial ou vai para os depósitos subterrâneos, por percolação profunda, arrastando consigo resíduos de fertilizantes, de defensivos, de herbicidas e de outros elementos tóxicos, denominados de sais solúveis. Os recursos hídricos assim contaminados requerem tratamento apropriado quando destinados ao suprimento de água potável.
A contaminação das águas superficiais, notadamente de rios e córregos é rápida e acontece imediatamente após a irrigação. Tem-se verificado sérios problemas decorrentes da aplicação de herbicidas na irrigação por inundação; na irrigação por sulco, a água aplicada carreia, além de herbicidas, fertilizantes, defensivos e sedimentos. Também pode ocorrer de forma mais lenta, por meio do lençol freático subsuperficial, que recebe fertilizantes, defensivos e herbicidas dissolvidos na água aplicada. Essa contaminação pode ser agravada se houver sais solúveis no solo, pois, ao se infiltrar, a água já contendo os sais aplicados na lavoura, ainda dissolverá os sais do solo, tornando-se mais prejudicial.
A gestão de recursos hídricos, através de bacia hidrográfica, tem papel fundamental na gestão ambiental porque a água é um indicador que se presta a modelagens de simulação. É possível reproduzir o funcionamento hidráulico e ambiental a partir de uma base técnica: informação sobre apropriação (uso e poluição) da água e características fisiográficas da bacia e do corpo d'água em si.
A base técnica permite, por outro lado, acrescentar ao cenário futuro os interesses dos diversos atores envolvidos em determinada bacia. Consequentemente, avaliam-se quem ganha e quem perde nesses cenários extrapolados. Trata-se de uma base econômico-financeira que permitirá quantificar os investimentos necessários, bem como o valor a ser cobrado para sua cobertura. A disposição do usuário em pagar advém, principalmente, da certeza de que a gestão lhe dê quanto à necessidade do investimento para seu negócio. Quanto melhor a qualidade da gestão, menor o caráter impositivo da cobrança.
A água é um recurso determinante para a vida sobre a terra. Frequentemente o Brasil é associado a fator clima e ecossistemas
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