Recursos Multifuncionais na Construção do Processo de Inclusão
Por: rosanaagueda • 26/5/2016 • Artigo • 3.474 Palavras (14 Páginas) • 405 Visualizações
RESUMO
A proposta do presente trabalho é buscar analisar e compreender a importância das salas de recursos multifuncionais diante das propostas do processo de inclusão no espaço escolar, bem como apropriar-se dos conceitos, das concepções, dos desafios e possibilidades da educação inclusiva . Posto que, a inclusão escolar é um desafio a ser enfrentados por todos no contexto escolar. A educação inclusiva pressupõe uma nova forma de pensar, de reestruturar currículos e estratégias que oportunizem condições efetivas de aprendizagem, e possibilitem o acesso e a permanência do aluno. A inclusão é uma realidade que ganha cada dia mais força não apenas no cenário educacional, mas em toda sociedade, que vive um processo de reconhecer e valorizar as diferenças. Para atender aos objetivos o estudo, compreenderá uma pesquisa bibliográfica de caráter exploratório em que se utilizará métodos de levantamento bibliográfico, pois de acordo com Cervo e Bervian (2002, p. 65), a pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir das referências teóricas publicadas. Verificou-se que implantação de salas de recursos multifuncionais nas escolas públicas de ensino regular vem de encontro aos objetivos de uma prática educacional inclusiva, disponibilizando recursos e para desenvolver o potencial de todos os alunos, a sua participação e aprendizagem.
Palavras chaves: Inclusão escolar; Educação Inclusiva; Salas de recursos multifuncionais.
INTRODUÇÃO
O contexto educacional da educação no Brasil nos mostra, que em todos seus níveis, durante muito tempo privilegiou poucos e excluiu muitos. O real sentido da inclusão, tem sido distorcido e polemizado, pelos mais diferentes segmentos educacionais e sociais. No entanto, ao inserir alunos com déficits temporários ou permanentes, mais graves ou menos severos no ensino regular nada mais é do que garantir um direito, explicitado na Constituição Federal de 1988 e reafirmado na Lei de Diretrizes e Bases(LDB 9394/96).
A escola na atualidade precisa ser vista como um espaço de todos e para todos, buscando alternativas que garantam o acesso e a permanência de todas as crianças e adolescentes no seu interior. Para que a escola seja inclusiva, precisa ser mais democrática, deixando apenas de cumprir normas estabelecidas e transformando-se num espaço de decisão, ajustando-se ao seu contexto real e respondendo aos desafios que se apresentam. Nessa proposta, a escola comum torna-se inclusiva no momento que reconhece as diferenças dos alunos diante do processo educativo e busca a participação e o progresso de todos, adotando novas práticas pedagógicas.
Neste sentido problematizamos a seguinte questão: Até que ponto as escolas como um todo estão preparadas para a inclusão de alunos com deficiências ou necessidades educacionais especiais? Os recursos ofertados e os profissionais da sala de recursos multifuncionais são ferramentas que contribuem para a prática de um fazer pedagógico que favoreça a aprendizagem, a autonomia e o desenvolvimento dos alunos com deficiência ou necessidades educacionais especiais?
Dessa forma o objetivo do presente estudo é buscar analisar e compreender a importância das salas de recursos multifuncionais diante das propostas do processo de inclusão no espaço escolar, em como apropriar-se dos conceitos, das concepções, dos desafios e possibilidades da educação inclusiva . Para atender aos objetivos e responder aos questionamentos, a metodologia adotada é a pesquisa bibliográfica, pois de acordo com Cervo e Bervian (2002, p. 65), a pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir das referências teóricas publicadas em documentos que buscam conhecer e analisar as contribuições culturais ou cientificas do passado existentes sobre um determinado assunto, tema ou problema.
Entende-se que a escola inclusiva é aquela que oferece igualdade de oportunidades de aprendizagem a todos os seus alunos, tenham eles alguma deficiência ou não. A escola inclusiva neste contexto é um desafio e uma meta a ser perseguida por todos aqueles comprometidos com o fortalecimento de uma sociedade democrática mais justa e solidária. Para atender a todos e atender bem, a escola atual tem de mudar, e essa tarefa exige trabalho em muitas frentes.
Desse modo, pontuamos que a escolha do tema para a pesquisa torna-se relevante, no sentido que poderá fornecer subsídios, para que se possa ter ações e atitudes coerentes, diante de questões que se torna cada dia mais essencial, pois existe uma clara tendência de que a legislação seja cada vez mais atuante na garantia do direito de todos a uma educação de qualidade.
Pautamos a justificativa do presente estudo sob três pontos de vista. Do ponto de vista acadêmico é uma oportunidade para adquirir maiores conhecimento e aprofundar sobre um tema novo que tem despertado o interesse de muitos, visto que a inclusão tem sido amplamente divulgada, tanto no âmbito escolar como na sociedade. Do ponto de vista profissional de aperfeiçoar –me de modo a unir o conhecimento teórico a minha experiência cotidiana e atuante na sala de recursos multifuncional. Do ponto de vista de ser humano, a sensibilidade de enxergar as potencialidades humanas, mesmo nas adversidades e limitações do individuo.
A escola na atualidade precisa ser vista como um espaço de todos e para todos, buscando alternativas que garantam o acesso e a permanência de todas as crianças e adolescentes no seu interior. Para que a escola seja inclusiva, precisa ser mais democrática, deixando apenas de cumprir normas estabelecidas e transformando-se num espaço de decisão, ajustando-se ao seu contexto real e respondendo aos desafios que se apresentam.
2- INCLUSÃO ESCOLAR E OS ASPECTOS LEGAIS
Falar de inclusão é falar de democratizar os diferentes espaços para aqueles que não possuem acesso direto a eles. Na atualidade a inclusão é um movimento social que vem ocorrendo em diferentes partes do mundo, abrangendo todos os segmentos da sociedade moderna, evidenciando, assim, a sua amplitude (AMIRALIAN, 2005).
O panorama brasileiro é retratado em um estudo, realizado por Mazzotta (1999), no qual o pesquisador reúne dados e exemplos de experiências educacionais voltadas para as pessoas com deficiência, ao longo do tempo, e evidencia a omissão do poder público no decorrer do último século. E ainda segundo o mesmo autor (1999,p.16) “O conceito de diferenças individuais não era compreendido ou avaliado. As noções de democracia
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