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Reestruturação Produtiva

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Por:   •  10/11/2014  •  2.397 Palavras (10 Páginas)  •  292 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

A proposta desse trabalho é fazer algumas reflexões sobre as reestruturações produtivas, as mudanças e os impactos que provocam no mercado de trabalho. Assim como Karl Marx, Max Weber e Emile Durkheim, com seus métodos de analise procuram explicações para as modificações estruturais ocorridas na sociedade moderna. A divisão social do trabalho com a especialização de funções especifica as relações familiares e os novos arranjos da atualidade, sua constituição e as modificações que as famílias vem passando. A participação da mulher no mercado de trabalho, em sua dupla jornada é reflexo no contexto familiar, as desigualdades raciais e de gênero, que apesar da evolução crescente da mulher no mercado de trabalho persiste a discriminação.

2 DESENVOLVIMENTO:

A reestruturação produtiva refere-se aos sucessivos processos

De transformação nas empresas e indústrias caracterizadas pela desregulamentação e flexibilização do trabalho, fruto da Acumulação Flexível e das novas tecnologias da terceira revolução industrial. A reestruturação produtiva emergiu a partir da década de 1970, em função da grande crise do capitalismo e da derrocada do paradigma fordismo, taylorismo em meio ao processo de produção e acumulação industrial.

Soja afirma que:

A reestruturação não é um processo mecânico ou automático, nem tão pouco seus resultados e possibilidades potencias são predeterminadas. Em sua hierarquia de manifestações, a reestruturação deve ser considerada originária de e reativa a graves choques nas situações e praticas sociais preexistentes, desencadeadora de uma intensificação de lutas competitivas pelo controle de forças que configuram a vida material. Assim ela implica fluxo e transição, posturas ofensivas e defensivas, e uma mescla complexa e irresoluta de continuidade e mudança. Como tal, a reestruturação se enquadra entre a reforma parcial e a transformação revolucionária, entre a situação de perfeita normalidade e algo completamente diferente (Soja 1993, p 194).

Segundo Montali (1995) o resultado de sua pesquisa realizada no inicio dos anos 80 confirmam o relativo sucesso da família como amortecedora da crise econômica então vivida, apesar do aumento do desemprego e da redução dos rendimentos familiares. Sua pesquisa prolongou-se ate o final dos anos 90. A ausência de políticas de proteção social, afeta o empobrecimento das famílias. A falta de oportunidade de trabalho, associada ao crescente desemprego dos principais mantenedores da família, novos alinhos familiares de inserção no mercado de trabalho foram estabelecidos para garantir a estabilidade. Marx em O Capital (1982), diz que a divisão social do trabalho “Diz respeito ao caráter especifico do trabalho humano”.

Segundo Marx, a divisão social do trabalho segue todo o arranjo de tal forma que sempre haja classes dominantes e classes dominadas e que necessariamente essas classes vivem em conflito entre si. Marx entende que as instituições das sociedades são criadas e estabelecidas pelas classes dominantes que se legitimam dessa forma.

Conforme afirma Marx (1993: 72).

As ideias da classe dominante são em cada época; as ideias dominantes; isto é, a classe que é a força espiritual dominante. A classe que tem a sua disposição os meios de produção material dispõe, ao mesmo tempo, dos meios de produção espiritual, o que faz com que ela seja submetida, ao mesmo tempo e em média, as ideias daqueles aos quais faltam os meios de produção espiritual. As ideias dominantes nada mais são do que a expressão ideal das relações materiais dominantes, as relações dominantes concebidas como ideias; portanto, a expressão das relações que tomam a classe dominante; portanto a ideia de sua dominação.

A divisão social do trabalho é para Marx “a totalidade das formas heterogêneas de trabalho útil que diferem em ordem, gênero e espécie e variedade (Capital I, cap. I)”.

Pode-se dizer que a divisão social ao trabalho é um termo que começou a ser usado por Karl Marx e outros autores. No dicionário do pensamento Marxista de Tom Bottomore (p. 112) encontramos a seguinte definição para a divisão do trabalho:

Primeiro, há a divisão social do trabalho entendido como o sistema complexo de todas as formas uteis de trabalho que são levadas a cabo independente umas das outras por produtores privados, ou seja, no caso do capitalismo, uma divisão do trabalho que se dá na troca entre capitalistas individuais e independentes que competem uns com os outros. Em segundo lugar a divisão do trabalho entre trabalhadores, cada um dos quais executa uma operação parcial de um conjunto de operações que são todas executadas simultaneamente e cujo resultado é o produto social do trabalhador coletivo. Esta é uma divisão de trabalho que se dá na produção, entre o capital e o trabalho em seu confronto dentro do processo de produção. Embora essa divisão do trabalho na produção e a divisão de trabalho na troca estejam mutuamente relacionadas, suas origens e seu desenvolvimento são de todo diferentes.

Para Weber, a sociedade era composta de partes cuja constituição depende fundamentalmente do individuo. As relações entre esses indivíduos seguiriam sua quatro formas de ação social (racional orientada a fins, racional orientada a valores, afetiva, tradicional).

Para Durkheim, a sociedade era um organismo constituído de partes identificáveis e com relações bem definidas entre essas partes, a divisão social do trabalho significava o funcionamento, a principio harmônico desse organismo.

Segundo Durkheim, a sociedade moderna se encontra em um estado doentio, porque deixou de exercer de freio moral sobre os indivíduos. Como Durkheim demonstra prefacio a segunda edição de sua obra.

“Da divisão do trabalho social”.

É a classe estado de anomia que devem ser atribuídas, como mostraremos os conflitos incessantemente renascentes e as desordens de todo tipo que o mundo econômico nos dá o triste espetáculo. Porque, como nada contem as forças em presença e não lhes atribui limites que sejam obrigados a respeitar elas tendem a se desenvolver sem termos e acabem se entrechocando, para se reprimirem mutuamente. (...) As paixões humanas só se detém diante de uma

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