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Profissionalização: um passo necessário para o mercado do entretenimento
Publicado em 11 de junho de 2012 às 19:04 | Autor: Artigo |
por Eduardo Murad
O Brasil é um país reconhecido internacionalmente por sua criatividade, pela diversidade cultural e capacidade de criar soluções alternativas para as mais diversas situações. Contudo, tal realidade, nos apresenta um paradoxo: alto potencial de crescimento do mercado de entretenimento e baixos índices de profissionalização.
O entretenimento é um setor da economia marcado pela diversidade. Fazem parte do mesmo guarda-chuva áreas como turismo, cinema, esporte, games, teatro, shows, museus, etc. São cadeias produtivas com estruturas e níveis de organização muito distintos e ainda assim com uma característica em comum: necessidade de organização enquanto indústria viável e independente economicamente.
Para que isso aconteça, em primeiro lugar, temos uma demanda crescente por cursos de graduação e pós-graduação (latu sensu e strito sensu) em cada uma das áreas da economia do entretenimento que possibilitem o desenvolvimento e a disseminação de ferramentas, metodologias e indicadores consistentes que modelem boas ideias em grandes negócios, que tenham mérito cultural e retorno de investimento atrativo.
Um segundo ponto é a necessidade do redesenho do modelo de negócios que permita uma menor dependência das leis de incentivo. Quando olhamos para a Disney, que desenvolve produtos transmidiáticos, que já nascem para serem usufruídos em diversos formatos (filmes, livros, games, parques, brinquedos, revistas, sites, DVDs…), com licenciamento de marcas e produtos, diversificando as fontes de receita, temos um paradigma diferente do mercado tradicional brasileiro. O mesmo será visto com a Pixar, o Circo de Soleil, os clubes de futebol europeus, a NBA ou mesmo os musicais da Broadway.
No Brasil vimos o crescimento do mercado teatral alavancado pelos musicais. As novas produções exigiram a busca por técnicos, profissionais de marketing, de comunicação, músicos, dançarinos, cantores, atores e produtores mais sofisticados e capazes de pensar seu fazer de forma crítica, criativa e instrumentalizada. É a decadência dos controladores de check-list e o surgimento dos gestores de projetos capazes de analisar caminhos críticos, recursos, custos, prazos e processos. Ainda assim, quando saímos do espetáculo ou do filme, somos conduzidos pela saída de incêndio, sendo quase expulsos no momento em que estamos mais sensíveis aos apelos de consumo derivados do produto cultural que acabamos de desfrutar.
A integração de cadeias produtivas é outro ponto que começamos a ver em debate. Mega eventos como a Rio+20 (2012), o Rock in Rio (2013), a Copa do Mundo (2014) e as Olimpíadas (2016) aportam questões que vão da infraestrutura pública, à disponibilidade de hotéis, restaurantes, museus, lojas com produtos regionais e até mesmo cursos de idiomas. Ainda como decorrência disso temos a entrada de empresas internacionais de entretenimento no mercado brasileiro que buscam profissionais criativos, experientes e com alto nível de formação acadêmica.
Outro exemplo pode ser visto com o carnaval. Os blocos de rua na cidade do Rio de Janeiro decresceram, multiplicaram e ficaram tecnicamente mais complexos levando os organizadores a repensar o modelo de negócios.
Temos ainda patrocinadores que já não se contentam com a simples presença de suas marcas nas peças de comunicação, ou na ambientação dos eventos. A ativação de marcas vem se tornando uma área complexa que leva, em alguns casos, ao redesenho do projeto para que a experiência de marca ocorra de forma natural, inusitada e significativa. O Rock in Rio 2011 é um exemplo recente de busca por novos formatos. Há ainda a necessidade de construção de métricas que vão além da visibilidade e do tamanho do público como indicadores do retorno sobre o investimento feito.
O que vemos é uma gradativa mudança de paradigma que vai de uma visão fragmentada a uma perspectiva sistêmica de cadeias produtivas integradas em rede.
Eduardo Murad é coordenador do curso de pós-graduação em Gestão do Entretenimento da ESPM-RJ
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