Relatório Sala De Recurso Multifuncional - AEE
Monografias: Relatório Sala De Recurso Multifuncional - AEE. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: nira23 • 24/10/2014 • 2.230 Palavras (9 Páginas) • 12.170 Visualizações
RELATÓRIO REFERENTE AOS ATENDIMENTOS EDUCACIONAIS ESPECIALIZADOS – AEE – DA SALA DE RECURSO MULTIFUNCIONAL NOS MESE DE ABRIL A JUNHO DE 2011
Em atendimento à solicitação da SEMED – Secretaria Municipal da Educação, apresento relatório dos atendimentos na Sala de Recurso Multifuncional (SRM), da Escola de Ensino Fundamental Prof. Hermógenes Roberto Nogueira, nos meses de abril a junho de 2011.
DOS ATENDIMENTOS
Foram realizados durante os meses de abril a junho atendimentos de quinze (15) alunos variando entre um a dois atendimentos semanais.
1 - INTRODUÇÃO
Ao iniciarmos o trabalho com o Atendimento Educacional Especializado neste núcleo escolar observamos que, o maior número de alunos designa à deficiência intelectual ou dificuldade extrema na aprendizagem. Também, temos alunos com baixa visão, deficiências múltiplas, deficiência física, pessoa com surdez, entre outros.
Nesse quadro de atendimento, temos alunos que varia desde o primeiro ano até ao quinto, como alguns requerem atendimento diferenciado e específico, conforme necessidades e limitações de cada um redimensionamos os atendimentos de acordo com a necessidade e desenvolvimento. Muito alunos não possuem conhecimentos básicos da matemática e de oralidade, ou seja, não consegue se reportar a um assunto ou situação vivida de forma eloquente, precisa de ajuda para organizar fatos e sequenciação.
Os objetivos que foram desenvolvidos referem-se a:
Geral:
• Desenvolver a comunicação e a linguagem, aspectos sociais que promovam suas habilidades acadêmicas, num contexto de promoção de habilidades e conceitos próprios numa visão desenvolvimentista e adaptativa.
Específicos:
• Promover momentos para as habilidades sociais, na comunidade escolar, familiar e social;
• Incentivar a importância da leitura e da escrita, da matemática, através de jogos, brincadeiras e a inclusão digital desses alunos, já que é comum que nunca terem tido acesso a um computador.
• Promover junto a família e ao corpo discente atividades e reuniões que leve a um panorama de diálogo na busca de soluções práticas e conscientização.
2 – REFERENCIAL TEÓRICO
Para compreendermos como as ações do atendimento educacional especializado – AEE - podem favorecer o processo de aprendizagem dos alunos com deficiência faz-se importante discutir aspectos referentes a construção da inteligência nesses alunos, assim como, tentar esclarecer quem é o aluno que se classifica como deficiente. Segundo a Organização Mundial da Saúde/OMS a deficiência mental pode ser compreendida como o funcionamento intelectual geral significativamente abaixo da média, oriundo do período de desenvolvimento, concomitante com limitações associadas a duas ou mais áreas da conduta adaptativa ou da capacidade do indivíduo em responder adequadamente às demandas da sociedade, nos seguintes aspectos: comunicação, cuidados pessoais, habilidades sociais, desempenho na família e na comunidade, independência na locomoção, saúde e segurança, desempenho escolar, lazer e trabalho. Vemos então que esse conceito de DM/DI, que é atualmente utilizado para a realização do diagnóstico da deficiência, considera aspectos centrais tais como:
• o funcionamento intelectual abaixo da média;
• a dificuldade nos comportamentos auto-regulares ou condutas adaptativas.
Consideramos importante esclarecer que esses aspectos são aqueles que clinicamente atestam a existência ou não da deficiência mental e, portanto, entendemos que como profissionais da educação, muito mais do que procurarmos pelo diagnóstico ou não da deficiência, precisamos ser capazes de compreender os processos mentais percorridos por essas pessoas na construção da sua aprendizagem.
Assim, ao longo do seu processo de desenvolvimento o sujeito com deficiência deve ser estimulado a construir seu conteúdo mental, a partir da substituição dos objetos, das pessoas, das situações, dos eventos do mundo real, entre outros. Essa capacidade de lidar com representações que substituem o próprio real (que encontra defasagens) é que vai possibilitar a esse sujeito libertar-se do espaço e do tempo presentes, fazer relações mentais na ausência das próprias coisas, imaginar, fazer planos, ter intenções. (Kohl, 2005).
Nessa perspectiva, ao pensarmos na organização do AEE para alunos com deficiência, tendo como ponto de partida as características de seu processo de apropriação do mundo, devemos prever atividades que (MEC/SEESP, 2006)1:
• Estimulem o desenvolvimento dos processos mentais: atenção, percepção, memória, raciocínio, imaginação, criatividade, linguagem, oportunizando atividades que permitam a descoberta, inventividade e criatividade, entre outros.
• Fortaleçam a autonomia dos alunos para decidir, opinar, escolher e tomar iniciativas, a partir de suas necessidades e motivações. Dessa forma, promover a saída de uma posição passiva e automatizada diante da aprendizagem para o acesso e apropriação ativa do próprio saber.
• Compreendam que a criança sem deficiência mental consegue espontaneamente retirar informações do objeto e construir conceitos, progressivamente. Já a criança com deficiência mental precisa exercitar sua atividade cognitiva, de modo que consiga o mesmo, ou uma aproximação do mesmo.
Partindo desses pressupostos, ao olharmos para a inclusão escolar de alunos com deficiência, entendemos que é preciso a reavaliação de nossa estrutura educacional, social e a revisão de concepções e práticas em relação às pessoas com necessidades. Quanto ao olhar destinado à esses alunos buscar em primeiro lugar conhecê-los como sujeitos de aprendizagem, capazes de desenvolvimento de processos mentais superiores, as práticas desenvolvidas poderão então incentivar o alcance consciente e voluntário de seus comportamentos no grupos sociais em que se desenvolve.
3 - METODOLOGIAS
Os alunos a que se destina esse plano receberam atendimento individual na sala de recursos AEE na escola Prof. Hermógenes R. Nogueira de com uma (01) hora semanal que foi organizado no contra-turno.
A implementação dos recursos foi organizada inicialmente pela escola com a ajuda do governo
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