TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Relaxamento De Prisão

Pesquisas Acadêmicas: Relaxamento De Prisão. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  7/9/2013  •  573 Palavras (3 Páginas)  •  541 Visualizações

Página 1 de 3

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE RECIFE - PERNAMBUCO

(10 LINHAS)

Proc. n° ...

HAROLDINO, já qualificado nos autos em epigrafe, por conduto do seu patrono que esta subscreve, vem, à presença de V. Exa., requerer RELAXAMENTO DE PRISÃO, com fulcro no art. 5, LXV da Constituição Federal e 310 do Código de Processo penal, pelo que a seguir aduz:

DOS FATOS

O requerente foi preso em flagrante delito por suposta infração ao art. 121 do Código Penal.

Manejando o art. 310 do CPP, o Juízo de plantão apenas homologou o auto de prisão em flagrante, abrindo vistas ao órgão Ministerial.

DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS DO PEDIDO

Ocorre que, por ora, dúvidas não há de que o relaxamento da aludida privação é a medida mais acertada.

Inicialmente, urge aclarar a inexistência, no caso em tela, das hipóteses de admissibilidade da medida pré-cautelar efetivada pelos prepostos policiais.

Frise-se que três são as espécies de flagrante prescritas no art. 302 do CPP, flagrante próprio ou propriamente dito, impróprio ou quase-flagrante e presumido.

As duas últimas hipóteses acima mencionadas têm como elementar a incidência de um ínfimo (mas existente) requisito temporal. Entretanto, o flagrante prescrito nos I e II, do art. 302 prevê uma imediatidade entre a suposta prática do delito e a prisão.

Afinal, o flagrante próprio ou verdadeiro é a hipótese flagrancial por excelência, que demonstra a existência de uma ardência capaz de consignar a própria certeza do fato e sua respectiva autoria.

Na hipótese, a suposta autoria do delito foi ventilada pela vítima, sendo que a prisão do suplicante ocorreu em sua própria residência, e não no local em que a ofendida foi encontrada.

Não há situação de flagrância, afinal, o requerente também não foi perseguido pelos policiais ou encontrado com o hipotético instrumento do crime, conforme mencionaram o condutor e testemunhas, contribuindo, com suas declarações, para afastar, de igual sorte, o flagrante impróprio e o presumido.

Por fim, revela-se que além de todos os vícios consignados, a ilegalidade da presente custódia foi intensificada pelo excesso de prazo na conclusão das investigações.

Sabe-se que o prazo de conclusão do inquérito policial, estando o indiciado preso na esfera estadual é de 10 dias, improrrogáveis, conforme determina o art. 10 do CPP.

E, em que pese superados 10 dias de privação da liberdade do imputado, custodiado desde o dia 21 de julho de 2013, os autos do procedimento inquisitório ainda não foram encaminhados a esse Douto Juízo, prazo, portanto, expirado em 30 de julho de 2013.

Por fim, cumpre salientar que o suplicante é primário, tem bons antecedentes, trabalho e residência fixa, ou seja, todas as circunstâncias pessoais são favoráveis e, se a prisão não for relaxada, a liberdade provisória é medida que se impera, com fulcro no art. 310, III do CPP.

Frise-se que os requisitos da prisão preventiva não se fazem presentes na hipótese em tela, pois não há qualquer elemento capaz de revelar

...

Baixar como (para membros premium)  txt (3.8 Kb)  
Continuar por mais 2 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com